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TROVADORISMO

TROVADORISMO. Escolas Literárias. BRASIL Era Colonial (Clássica) Escritos de Formação* (séc. XVI) (Quinhentismo*) Escritos de Informação* (séc. XVI) Barroco (séc. XVII) Neoclassicismo-Arcadismo (séc. XVIII) Era Nacional (Romântica) Romantismo (séc. XIX - 1ª metade)

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TROVADORISMO

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Presentation Transcript


  1. TROVADORISMO

  2. Escolas Literárias • BRASIL • Era Colonial (Clássica) • Escritos de Formação* (séc. XVI) (Quinhentismo*) • Escritos de Informação* (séc. XVI) • Barroco (séc. XVII) • Neoclassicismo-Arcadismo (séc. XVIII) • Era Nacional (Romântica) • Romantismo (séc. XIX - 1ª metade) • Realismo/Naturalismo/Parnasianismo/ • Simbolismo (séc. XIX - 2ª metade) • Pré-Modernismo* (início do séc. XX) • Modernismo (séc. XX) • - 1ª Geração (1922 - 1930) • - 2ª Geração (1930 - 1945) • - 3ª Geração (1945 - ?) PORTUGAL Era Medieval Trovadorismo (séc. XII ao XIV) Humanismo (séc. XV e início do XVI) Era CLássica Classicismo (séc. XVI) Barroco (séc. XVII) Neoclassicismo-Arcadismo (séc. XVIII) Era Moderna (Romântica) Romantismo (séc. XIX - 1ª metade) Realismo/Naturalismo/Parnasianismo/ Simbolismo (séc. XIX - 2ª metade) Modernismo (séc. XX)

  3. PAINEL DA ÉPOCA • Cristianismo  • Cruzadas rumo ao Oriente  • Luta contra os mouros   • Teocentrismo:  • poder espiritual e cultural da Igreja  • Feudalismo  • Consolidação de Portugal

  4. CARACTÉRISTICAS GERAIS DA POESIA MEDIEVAL PORTUGUESA • SUBJETIVIDADE: • predomina a função emotiva da linguagem, com palavras na 1ª pessoa (verbos, pronomes), interjeições, exclamações; • TEOCENTRISMO: • religiosidade extrema (palavra Deus - sempre presente) • CONVENCIONALISMO: • pronomes e verbos na 2ª pessoa do plural e pronomes de tratamento : senhor, senhora, dom, dona, amigo, etc. • SUPERIORIDADE FEMININA NO AMOR: • o homem finge-se inferior, submisso à mulher (VASSALAGEM)ela é cultuada divina, ao contrário do que acontece na realidade; • PATRIARCALISMO: • marcado no desabafo que o eu-lírico feminino faz nas cantigas de amigo a outra mulher, à natureza ou a Deus.

  5. A poesia no período trovadoresco       Chamamos de poesia trovadoresca a produção poética, em galego-português, do final do século XII ao século XIV. Seu apogeu ocorre no reinado de Afonso III, em meados do século XIII. Os cancioneiros    Só tardiamente (a partir do final do século XIII) as cantigas foram copiadas em manuscritos chamados cancioneiros. Três desses livros, contendo aproximadamente 1 680 cantigas, chegaram até nós. • Cancioneiro da Ajuda • Cancioneiro da Vaticana • Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa Os autores       Os autores das cantigas são chamados trovadores. Eram pessoas cultas, quase sempre nobres, contando-se entre eles alguns reis, como D. Sancho I, D. Afonso X, de Castela, e D. Dinis. Nos cancioneiros que conhecemos, estão reunidos as cantigas de 153 trovadores. Os intérpretes       As cantigas compostas pelos trovadores eram musicadas einterpretadas pelo jogral, pelo segrel e pelo menestrel, artistas agregados às cortes ou perambulavam pelas cidades e feiras. Muitas vezes o jogral também compunha cantigas.

  6. Características das cantigas • Língua galego-português • Tradição oral e coletiva • Poesia cantada e acompanhada por instrumentos musicais colecionada em cancioneiros (melopeia) • Autores trovadores • Intérpretes: jograis, segréis e menestréis. • Gêneros: lírico (cantigas de amigo, cantigas de amor) e satírico (cantigas de escárnio, cantigas de maldizer).

  7. Os gêneros As cantigas podem ser classificadas em: • gênero lírico: cantigas de amor, cantigas de amigo • gênero satírico: cantigas de escárnio e de maldizer

  8. Cantigas de Amor • Eu lírico masculino acometido de coita, ou seja, sofrimento amoroso; • Ambientação palaciana (corte);mulher idealizada; • Vassalagem amorosa. O eu-lírico assume uma atitude submissa, de vassalo em relação à amada, ele é servo da mulher amada (dame sans merci); • O nome da mulher amada está sempre oculto (mesura - ponderação), por ser casada; • Composição masculina.

  9. Perguntar-vos quero por DeusSenhora formosa, que vos fezequilibrada e de ponderada,que pecados foram os meusque nunca quisestes, sequer     de nunca me fazerdes bem.Porém sempre vos soube amar,desde aquele dia em que vos vi,mais que soube amar meus próprios olhos,Assim o quis Deus dispor,que nunca quisestes, sequer     de nunca me fazerdes bem.Desde que vos vi, sempre o maiorbem que vos podia querervos quis, com toda minha força,Porém, quis Nosso Senhorque nunca quisestes, sequer     de nunca me fazerdes bem.Mas, senhora, ainda com bemse pagaria o bem com o bem. Perguntar-vos quero por DeusSenhor fremosa, que vos fezmesurada e de bon prez,que pecados foron os meus     que nunca tevestes por ben     de nunca mi fazerdes ben.Pero sempre vos soub'amardes aquel dia que vos vi,mays que os meus olhos en mi,e assy o quis Deus guisar,     que nunca tevestes por ben     de nunca mi fazerdes ben.Des que vos vi, sempr'o maiorben que vos podia querervos quigi, a todo meu poder,e pero quis Nostro Senhor     que nunca tevestes por ben     de nunca mi fazerdes ben.Mays, senhor, ainda con bense cobraria ben por ben.

  10. Quero à moda provençal fazer agora um cantar de amor, e quererei muito aí louvar minha senhora  a quem honra nem formosura não faltam nem bondade; e mais vos direi sobre ela: Deus a fez tão cheia de qualidades que ela mais que todas do mundo. • Pois Deus quis fazer minha senhora de tal modo quando a fez, que a fez conhecedora de todo bem e de muito grande valor, e além de tudo isto é muito sociável quando deve; também deu-lhe bom senso, e desde então lhe fez pouco bem impedindo que nenhuma outra fosse igual a ela • Porque em minha senhora nunca Deus pôs mal, mas pôs nela honra e beleza e mérito e capacidade de falar bem, e de rir melhor que outra mulher também é muito leal e por isto não sei hoje quem possa cabalmente falar no seu próprio bem pois não há outro bem, para além do seu.  Quer’eu em maneira de proença! fazer agora um cantar d’amor e querrei muit’i loar lmia senhor a que prez nem fremosura nom fal, nem bondade; e mais vos direi ém: tanto a fez Deus comprida de bem que mais que todas las do mundo val. Ca mia senhor quizo Deus fazer tal, quando a faz, que a fez sabedord e todo bem e de mui gram valor, e com tod’est[o] é mui comunal ali u deve; er deu-lhi bom sém, e desi nom lhi fez pouco de bem quando nom quis lh’outra  foss’igual Ca mia senhor nunca Deus pôs mal, mais pôs i prez e beldad’e loor e falar mui bem, e riir melhor que outra molher; desi é leal muit’, e por esto nom sei oj’eu quem possa compridamente no seu bem falar, ca nom á, tra-lo seu bem, al. El-Rei D. Dinis, CV 123, CBN 485

  11. Cantigas de Amor Dama que eu sirvo e que muito adoro mostrai-ma, ai Deus! Pois que vos imploro, Senão, dai-me a morte. Essa que é a luz dos olhos meus por quem sempre choram, mostrai-me, ai Deus! Senão, dai-me a morte. Essa que entre todas fizestes formosa, mostrai-ma, ai Deus! Onde vê-la eu possa, Senão, dai-me a morte. A que me fizesse amar mais do que tudo, Mostrai-ma e onde posso com ela falar, Senão, dai-me a morte. (Bernardo Bonaval) A dona que eu am’e tenho por senhoramostráde-mh-a Deus, se vos en prazer for,se non, dade-mi a morte. A que tenh’eu por lume destes olhos meuse por que choran sempr’, amostráde-mh-a, Deus,se non, dáde-mi a morte. Essa que vós fezestes melhor parecerde quantas sei, ai Deus!, fazéde-mh-a veer,se non, dáde-mh a morte. Ay Deus, que mi-a fezestes mais ca min amar,mostráde-mh-a u possa con ela falar,se non, dade-mh a morte Bernardo Bonaval

  12. Cantigas de Amigo • Eu lírico feminino; • Ambiente popular (campo, vilas, praia etc.); • Tema a) separação do namorado, que parte em alguma expedição militar e a espera de seu retorno; (b) a romaria a lugares santos, onde a donzela busca uma conquista amorosa, através da dança; (c) as bailadas, que versam exclusivamente o tema da dança; (d) as marinhas ou barcarolas, à beira do mar; (e) o tema das tecedeiras, no interior dos lares; (f) e o tema das chamadas cantigas de fonte, onde as donzelas iam lavar os cabelos ou mesmo a roupa, encontrando-se então com os namorados. • Amor real (saudades de quem o eu lírico teve); • Paralelismo (repetições parciais) • Refrão (repetições integrais) • Sentimentos de saudade do "amigo"; • Composições com diálogo; • Presença das forças da natureza; • Composição masculina.

  13. Cantigas de Amigo * Dinis, grande incentivador da cultura, fundou a Universidade de Lisboa (1291), posteriormente transferida para Coimbra (1308). Foi chamado o rei-trovador, com 138 cantigas conhecidas . 1. Ai flores, ai flores do verde pino, 2. se sabedes novas do meu amigo! 3. Ai Deus, e u é? 4. Ai flores, ai flores do verde ramo, 5. se sabedes novas do meu amado! 6. Ai Deus, e u é? 7. Se sabedes novas do meu amigo, 8. aquel que mentiu do que pôs comigo! 9. Ai Deus, e u é? 10. Se sabedes novas do meu amado, 11. aquel que mentiu do que mh á jurado! 12. Ai Deus, e u é? 13. Vós me preguntades polo voss'amigo, 14. e eu ben vos digo que é san' e vivo: 15. Ai Deus, e u é 16. Vós me preguntades polo voss'amado, 17. e eu ben vos digo que é viv' e sano: 18. Ai Deus, e u é? 19. E eu bem vos digo que é san' e vivo 20. e seerá vosc' ant' o prazo sa'ido: 21. Ai Deus, e u é? 22. E eu ben vos digo que é viv' e sano 23. e seerá vosc' ant' o prazo passado: 24. Ai Deus, e u é? D. Dinis

  14. Cantigas de Amigo Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo? E ai Deus, se verra cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado? E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro? E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amado, por que ei gran coitado? E ai Deus, se verra cedo! Martim Codax • Ondas do mar de Vigo, acaso vistes meu amigo? Queira Deus que ele venha cedo! (digam que virá cedo) • Ondas do mar agitado, acaso vistes meu amado? Queira Deus que ele venha cedo! • Acaso vistes meu amigo aquele por quem suspiro? Queira Deus que ele venha cedo! • Acaso vistes meu amado, por quem tenho grande cuidado (preocupado) ? Queira Deus que ele venha cedo

  15. Cantigas de Escárnio • Sátiras indiretas por meio das quais critica-se, de forma irônica e velada, pessoas sem citar nomes; • Sutis e bem-humoradas.

  16. Cantigas de Escárnio Sobre vós, senhora, eu quero dizer verdade e não já sobre o amor que tenho por vós: senhora, bem maior é vossa estupidez do que a de quantas outras conheço no mundo tanto na feiúra quanto na maldade não vos vence hoje senão a filha de um rei Eu não vos amo nem me perderei de saudade por vós, quando não vos vir Pero Larouco De vós, senhor, quer’eu dizer verdade e nom ja sobr’[o] amor que vos ei: senhor, bem [moor] é vossa torpicidade de quantas outras eno mundo sei; assi de fea come de maldade nom vos vence oje senom filha dum rei [Eu] nom vos amo nem me perderei, u vos nom vir, por vós de soidade[...]  Pero Larouco

  17. Cantigas de Escárnio Ai, dona feia, foste-vos queixar  que nunca vos louvo em meu cantar; mas agora quero fazer um cantar em que vos louvares de qualquer modo; e vede como quero vos louvar dona feia, velha e maluca! Dona feia, que Deus me perdoe, pois tendes tão grande desejo de que eu vos louve, por este motivo quero vos louvar já de qualquer modo; e vede qual será a louvação: dona feia, velha e maluca! Dona feia, eu nunca vos louvei em meu trovar, embora tenha trovado muito; mas agora já farei um bom cantar; em que vos louvarei de qualquer modo;  e vos direi como vos louvarei:  dona feia, velha e maluca! Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar; mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a]tam gram coraçom que vos eu loe, em esta razom vos quero ja loar toda via; e vedes qual sera a loaçom: dona fea, velha e sandia! Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora ja um bom cantrar farei, em que vos loarei toda via; e direi-vos como vos loarei: dona fea, velha e sandia! João Garcia de Ghilhade

  18. Cantigas de Maldizer • Sátiras diretas por meio das quais falava-se mal das pessoas conhecidas; • Cita-se o nome; • Vocabulário de baixo calão; • Grosseiras com a intenção de ofender

  19. Cantigas de Maldizer DomBernaldo (Bernaldo de Bonaval), umfamosos trovador (poeta nobre, pois o pronome Dom antecedendo seu nome indica isso), vulgarizado pelo autor da cantiga ao ser chamado de jogral (poeta plebeu): afinal, um poeta que anda com a pior prostituta que conhece só pode ser como ela, que “ se vende” (lembrando o ditado “dize-me com quem andas e te direi quem és” ). "Dom Bernaldo, pois trazeis convosco uma tal mulher, a pior que conheceis que se o alguazil souber, açoitá-la quererá. A prostituta queixar-se-á e vós, assanhar-vos-ei Vós que tão bem entendeis o que um bom jogral entende, por que demônio viveis com uma mulher que se vende ? E depois, o que fareis se alguém a El-rei contar a mulher com quem viveis e ele a quiser justiçar? Se nem Deus lhe valerá, muito vos molestará, pois valer-lhe não podeis“ (Pero da Ponte)

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