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EPIGENÉTICA E CÂNCER

EPIGENÉTICA E CÂNCER. Profa. Dra. Ana Elizabete Silva. O QUE SÃO FENÔMENOS EPIGENÉTICOS?. São alterações herdáveis na expressão gênica sem modificações na seqüência de bases do DNA. ONDE OS PROCESSOS EPIGENÉTICOS OCORREM?. DNA METILAÇÃO Promotor Silenciamento Gene ACETILAÇÃO HISTONAS

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EPIGENÉTICA E CÂNCER

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Presentation Transcript


  1. EPIGENÉTICA E CÂNCER Profa. Dra. Ana Elizabete Silva

  2. O QUE SÃO FENÔMENOS EPIGENÉTICOS? • São alterações herdáveis na expressão gênica sem modificações na seqüência de bases do DNA.

  3. ONDE OS PROCESSOS EPIGENÉTICOS OCORREM? • DNAMETILAÇÃO Promotor Silenciamento Gene ACETILAÇÃO • HISTONAS METILAÇÃO Compactação da Cromatina

  4. Interação metilação do DNA, modificação das histonas e remodelamento dos nucleossomos  estão intimamente ligados  alterações nesses processos resultam no silenciamento de genes relevantes ao câncer

  5. METILAÇÃO DO DNA - Dinucleotídeos 5’-CpG-3’: união de uma citosina a uma guanina por uma ligação fosfodiéster na mesma fita de DNA  ilhas CpG  regiões promotoras dos genes • Metilação do DNA: ocorre normalmente em cerca de 70 a 80% dos sítios CpG, sendo que essa porcentagem aumenta com o envelhecimento.

  6. METILAÇÃO DO DNA Como ocorre: - Adição covalente de um grupo metil no carbono 5´ da citosina na molécula de DNA  5-metilcitosina - Doador: S-adenosilmetionina - Catalisador: DNA-metiltransferases DNMTs (vários tipos e isoformas)

  7. METILAÇÃO DO DNA O resultado da metilação do DNA: silenciamento dos genes através da inibição direta ou indireta da ligação dos fatores de transcrição devido ao processo de metilação

  8. METILAÇÃO DO DNA Função: - É essencial para o desenvolvimento normal - Tem ação : 1. no controle da expressão gênica 2. na integridade cromossômica 3. nos eventos de recombinação.

  9. METILAÇÃO DO DNA • A metilação pode ocorrer em duas regiões ricas em dinucleotídeos CpG distintas: • Ilhas CpG: região promotora • Regiões intergênicas (regiões não codificadoras) • -heterocromatina pericentromérica – condensada e inativa

  10. HIPOMETILAÇÃO X HIPERMETILAÇÃO A função normal da célula depende de um equilíbrio entre os dois eventos: Ilhas CpG: hipometiladas Regiões intergênicas: hipermetiladas

  11. METILAÇÃO DO DNA E CARCINOGÊNESE • Levam a uma variedade de cânceres por alterar a expressão de genes críticos. • Dois padrões de metilação distintos: • - hipometilação generalizada do genoma  frequente em sequências do DNA repetidas (DNA satélite, LINE e SINE), retrotransposons e genes cópia única • - hipermetilação que se apresenta em áreas localizadas dentro da região promotora de genes supressores de tumor, fatores de transcrição; genes de controle do ciclo celular, genes anti-apoptóticos e genes de reparo do DNA • Inativação gênica epigenética: tão comum quanto a mutação no desenvolvimento do câncer • Alterações epigenéticas estão envolvidas na iniciação e progressão do câncer

  12. METILAÇÃO DO DNA E CÂNCER

  13. METILAÇÃO DO DNA E CARCINOGÊNESE • Hipermetilação de ilhas CpG: silenciamento de genes supressores tumorais e genes de reparo • Hipótese de Dois Eventos Mutacionais: • -1o. Mutação herdada ou somática • -2o. Deleção ou perda de heterozigosidade • ou • Inativação epigenética do gene (hipermetilação) • no 1o. ou 2o. Evento

  14. Centenas de genes podem ser inativados pela metilação do promotor em um único câncer S8 NATURE CLINICAL PRACTICE ONCOLOGY -BAYLIN DECEMBER 2005 VOL 2 SUPPLEMENT 1

  15. Alterações epigenéticas podem participar nas etapas precoces da iniciação do câncer Silenciamento anormal de genes podem levar a uma expansão clonal de células aberrantes  fornecendo substrato para outras alterações genéticas ou epigenéticas subsequentes  Progressão Tumoral

  16. Padrões aberrantes de metilação e câncer: • São específicos ao tecido e tumor  biomarcador do câncer • tumores derivados de diferentes tecidos mostram padrão único de alterações de metilação do DNA • Amostras de DNA derivadas do tumor  obtidas de biópsias, plasma, saliva, sêmen, fluídos gastrintestinal e broncoalveolar, urina e fezes

  17. ESTRATÉGIAS PARA DETECÇÃO DE BIOMARCADORES DE METILAÇÃO • genes candidatos: seleção de genes supressores de tumor associados ao câncer • Triagem do genoma-global sequenciamento de fragmentos de DNA com padrão alterado Câncer de próstata:hipermetilação nos genes: GSTP1distingue lesão benigna de maligna RAR  estágio mais avançado Câncer de bexiga: urina Hipermetilação de RB, P16, P14, APC, RASSF1A Câncer de pulmão: hipermetilação dos genes: MGMT, P16, RASSF1A, DAPK, RAR (soro dos pacientes)  marcador de câncer com sensibilidade de 51% Perfil de metilação do DNA: Triagem populacional p/detecção precoce de câncer especifico  testes não invasivos Câncer endometrial:secreção vaginal  hipermetilação CDH12, HSPA2, MLH1, RASSF1A, SOCS2

  18. HIPERMETILAÇÃO DAS ILHAS CpG • Causas da metilação aumentada (durante envelhecimento e carcinogênese): • Processo casual que resulta de erros durante a duplicação do DNA. • Erros de pareamento, reconhecidos pelas DNA metiltransferases que provem a hipermetilação. • - Exposição a agentes como: radiação, fumo, níquel e outros agentes químicos diversos.

  19. HIPOMETILAÇÃO DO DNA E CARCINOGÊNESE Hipometilação global: instabilidade genômica e hipometilação de proto-oncogenes  ativação de oncogenes

  20. PONTOS QUENTES DE MUTAÇÃO Ocorre a desaminação espontânea da 5-metilcitosina em timina mutação de ponto (C-G para T-A), podendo alterar a função dos oncogenes e dos genes supressores tumorais. Podem ocorrer devido aos padrões de metilações alterados que afetam indiretamente a atividade gênica.

  21. CONSEQÜÊNCIAS DOS PROCESSOS EPIGENÉTICOS • O silenciamento dos genes através de fenômenos epigenéticos nem sempre acarreta problemas. • Exemplos de eventos em que isso ocorre: • 1. Regulação da expressão gênica: • - Inativação do X • - Imprinting genômico • 2. Proteção do genoma contra invasão de seqüências de fora do organismo, por exemplo DNA viral (inativado por adição de metila)

  22. IMPRINTING GENÔMICO • Assegura a expressão transcricional herdada paternalmente ou maternalmente • Somente um dos 2 alelos parentais herdados é • normalmente expresso e o outro alelo é reprimido • Expressão monoalélica devido a padrão de metilação • Processo natural

  23. Imprinting Gênomico • 1991 • Igf2r • H19 • Igf2 (ativo só se herdado do pai) • 2001 • Mais de 40 genes com efeito de imprinting • mecdin • UBE3A • p53 (gene de supressão tumoral envolvido no neuroblastoma) • peg3 • igf2 . Ativos só se herdados da mãe Prader-Willi e Angelman syndromes Afectam o desenvolvimento embrionário

  24. IMPRINTING GENÔMICO Imprinting confirmado: Materno: 7, 14 e 15 Paterno: 6, 11, 14 e 15

  25. Imprinting Genômico • Metilação está habitualmente envolvida quer ativando ou inativando os genes • Genes “imprinted” estão presentes em clusters • Ex: • H19/Igf2 (11p15.5) • DKK1/GTL2 (14q32) • PWS/AS (15q13) • Um dos genes origina 1 proteína, o outro RNA não traduzido (cerca de 25% dos genes imprinted não originam proteínas)

  26. HISTONAS • Determinam grau de condensação da cromatina  • reprime a transcrição • Interação entre elas grupamentos adicionados • Eventos epigenéticos: • -Acetilação • -Metilação • -Fosforilação • -Ubiquitinação • -Ribosilação

  27. ACETILAÇÃO DAS HISTONAS • DNMTs: recrutam HDACs e outras proteínas de ligação a cromatina no sítio promotor do gene para a desacetilação das histonas • Controlada pelas acetiltransferases (HATs) e desacetilases (HDACs) • Desacetilação (HDACs): condensa a cromatina → impede a transcrição • Acetilação (HATs): abre a cromatina → ativa transcrição. Ativação de vários genes inibitórios do crescimento tumoral

  28. METILAÇÃO DAS HISTONAS • Efeito depende da histona e do aminoácido metilados: • -metilação da H3 na lisina 9  facilita a metilação • do DNA e o silenciamento do gene. • -metilação da H3 na lisina 4  abre a cromatina → • ativando a transcrição.

  29. Papel da Metilação/Desacetilação na Repressão do Genoma Ilhas CpG não metiladas genes transcricionalmente ativos  nucleossomos em configuração aberta  cromatina descondensada  acesso aos fatores de transcrição

  30. Papel da Metilação/Desacetilação na Repressão do Genoma Ilhas CpG hipermetiladas regiões de heterocromatina  inativação gênica  nucleossomos mais compactados  cromatina condensada  inibe acesso de proteínas reguladoras que promovem a transcrição

  31. Processos Epigenéticos

  32. INIBIDORES DE HDACs • Usados para o aumento da expressão de genes • Silenciados de forma alterada • Provocam acúmulo de histonas acetiladas • Diminuem proliferação celular maligna (parada do ciclo em G1 ou G2),e/ou • Aumentam grau de diferenciação,e/ou • Aumentam apoptose de células malignas

  33. MS - PCR • DNA isolado de carcinoma prostático (C) e hiperplasia • benigna prostática (B) • Gene GSTP1-hipermetilação em mais de 90% dos • CA prostáticos • Ausência de metilação em tumores • benignos -Azul:metilado -Verde:desmetilado

  34. http://www.prodottigianni.com/RICERCA/Sezioni/SezMetilazione/protocollo_01.asphttp://www.prodottigianni.com/RICERCA/Sezioni/SezMetilazione/protocollo_01.asp

  35. IMPLICAÇÕES CLÍNICAS • Todo processo epigenético tem potencial de ser revertido  a sequência de DNA do gene metilado permanece inalterada • Marcador molecular para diagnóstico precoce do câncer • Desenvolvimento de novos agentes terapêuticos: • -inibidor de metilação: leucemias • -5-azacitidina e 2’-desoxi-5azacitidina(decitabine)  uso experimental, efeito citotóxico e mutagênico • -após conversão é incorporada no DNA no lugar da citosina  DNMTs inativadas  inibição da metilação Podem desreprimir genes supressores de tumor silenciados e restaurar sua função normal

  36. O efeito do tratamento não é estável o estado de hipermetilação e silenciamento gênico recorre após cessação de tratamento  manutenção da terapia S8 NATURE CLINICAL PRACTICE ONCOLOGY -BAYLIN DECEMBER 2005 VOL 2 SUPPLEMENT 1

  37. IMPLICAÇÕES CLÍNICAS • Desenvolvimento de novos agentes terapêuticos: • -inibidores da DNA-metiltransferase: • -menos tóxicos em modelos pré-clínicos • -sinérgicos aos desacetilantes de histonas • -porém não específicos • -efeitos colaterais:trombo e neutropenia • -inibidores de HDAC (desacetilação de histonas): • -usado em combinação com inibidores de metilação (efeito aditivo ou sinergístico) • -Ex.: tricostatina, derivados do ácido hidroxâmico, derivados de benzamida • Combinação de drogas novas com as convencionais

  38. IMPLICAÇÕES CLÍNICAS Desvantagens IMPLICAÇÕES CLÍNICAS • Não são específicas  reativação indiscriminada de genes, apesar que atuam apenas em células em divisão  assim células normais sem divisão não são afetadas • Mas as drogas atuam preferencialmente em genes que tornaram-se anormalmente silenciados no câncer  provavelmente devido mudanças do estado de compactação da cromatina em genes silenciados patologicamente como no câncer

  39. IMPLICAÇÕES CLÍNICAS • Drogas já utilizadas para outros fins revertem metilação • Ácido valpróico (anticonvulsivante) • Vitamina B3 • Inibem algumas HDACs

  40. IMPLICAÇÕES CLÍNICAS Dieta • Deficiência de folato e vitamina B12: induz metilação • Dieta pode causar acúmulo de fênomenos epigenéticos • Importante na terapêutica, quando associada a drogas

  41. CONCLUSÃO “A estratégia epigenética, acordando genes silenciados, é uma das maneiras para proporcionar às células malignas uma chance de se regenerarem, se diferenciarem, se tornarem maduras e pertencerem novamente à comunidade do organismo saudável”

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