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Relações entre mídia e poder na sociedade da informação

Relações entre mídia e poder na sociedade da informação. Alon Feuerwerker 07.04.2008. A história da imprensa é a história da luta das idéias e de sua difusão. O desejável é que a imprensa reflita a pluralidade de idéias na sociedade. Isso é uma utopia. Portanto irrealizável.

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Presentation Transcript

  1. Relações entre mídia e poder na sociedade da informação Alon Feuerwerker 07.04.2008

  2. A históriadaimprensa é a históriadaluta das idéias e de suadifusão.

  3. O desejável é que a imprensareflita a pluralidade de idéiasnasociedade.

  4. Isso é uma utopia.Portanto irrealizável.

  5. Masdeve ser buscada. A tentativa de obter a pluralidadeconfunde-se com a própriapluralidade.

  6. A busca da pluralidade se dá em ambiente de conflito.

  7. Porquê?Porque a imprensa,pormeiodaluta de idéias,reflete a lutapelariqueza e pelopoder. Numa dada formação social.

  8. Como travar com eficáciaa luta de idéias?Emqualquersociedadeela é inseparável do exercício do poder.Numasociedadedemocrática, aindamais.

  9. Na sociedadecontemporânea, de informaçãoabundante e disponível, as idéiasbuscamlegitimidadecadavezmaisnaâncora dos fatos.

  10. Boas estratégiascontemporâneasde comunicaçãoprocuramfugir do conflitoaberto, emque a opiniãoaparececomoopinião.

  11. Boas idéias e boas opiniõesnascem “naturalmente” dos fatos.

  12. Boas estratégias de comunicaçãoprocuramsedimentar “naturalmente” grandesquantidades de fatos “positivos”.

  13. E sempre responder aosfatos “negativos” com outros “positivos”.Sempreexplicar. Sempreesclarecer.

  14. O eixo das relações do poder com a imprensa é bemdescritoporumafrase de Luizinácio Lula da Silva:“notícia é o que a gentenãoquerverpublicado”

  15. O exercício das relações entre o poder e a imprensa é um exercíciodiário de busca e ocultação. E a forma maiseficaz de ocultação é colocaroutranotícia, “positiva”, no lugar.

  16. Na guerra entre a imprensa e o poder, a regra de ouro é nãobrigar com osfatos. Para osdoislados.

  17. A configuração contemporânea não é tão contemporânea assim.

  18. Algunsgrandesveículos e umainfinidade de pequenosqueopinam e fiscalizam.

  19. Era assim, por exemplo, no Império.

  20. Masumacoisamudou.Teoricamente, o jornalismofiscalizador-opinativoadquiriu o alcancedagrandeimprensa.Teoricamente.

  21. Sóteoricamente, porquerêmorasnãotêm o poder de tubarões.A relação é de comensalismo.http://en.wikipedia.org/wiki/remora http://en.wikipedia.org/wiki/commensalism

  22. Os grandesjornais e revistastêm um espaço de “objetividade” e “credibilidade” quepodem defender.Têm capital paraisso.

  23. A tarefa é complexa, especialmentenuma era emque, graças à Internet, governosdistribuemmaisfácil e amplamentesuaprópriaproduçãojornalística.

  24. Uma era em que os formadores de opinião se multiplicaram.

  25. Elesfiscalizam, em tempo próximo do real, o governo e osveículos de comunicação.

  26. Porisso, voltando, a necessidade de ancorar-se solidamentenosfatos e nainformação.

  27. É nesseterrenoque se dá a guerra. Outrosmecanismosenfraquecem-se cadavezmais.

  28. Perguntas?

  29. Fim.

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