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DANÇAS E RITMOS AFRICANOS

DANÇAS E RITMOS AFRICANOS. Professora: Ana Paula de Souza Formighieri. HISTÓRICO. Desde a Pré-História a Dança é tradição e força cultural do povo africano.

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DANÇAS E RITMOS AFRICANOS

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Presentation Transcript


  1. DANÇAS E RITMOS AFRICANOS Professora: Ana Paula de Souza Formighieri

  2. HISTÓRICO • Desde a Pré-História a Dança é tradição e força cultural do povo africano. • Força de Expressão dos rituais: passada de pai para filho, demonstra o cotidiano das aldeias e estava presente em todas as celebrações e cerimônias.

  3. DANÇA TRIBAL • Assim são chamadas as primeiras forma de dança africana estudadas, pois eram executadas ao som dos Tambores, tendo o Batuque como instrumento principal.

  4. Hoje essa manifestação cultural pode também ser considerada como uma das diversas formas de representações de arte pré-histórica. • Dançava-se por qualquer motivo: pedido aos deuses, celebrações, cerimônias, caças, natureza, a fertilidade, a puberdade feminina. A dança fazia parte da rotina das aldeias. • Eram dançadas em roda, em linhas, em diagonais, em duplas; o que resultava coreografias muito bem executadas.

  5. Principais Formações na Dança Tribal • FORMAÇÃO EM RODA: primeira formação em dança, os praticantes dão-se as mãos, os cotovelos ou os polegares para representar união no trabalho, fusão da religião ou práticas de exorcismo. A dança circular é um patrimônio cultural da mais longínqua antiguidade e está espalhada pelo globo inteiro

  6. FISSURA NA RODA: deixa-se uma pequena abertura no círculo para os bons espíritos penetrarem na corrente e ao mesmo tempo para os maus espíritos poderem fugir. • SOLISTA NO CENTRO: geralmente o líder, o chefe da tribo possuidor da mais alta potência emotiva e de força imaginativa pois era capazes de “afugentar espíritos maus, desviar uma desgraça coletiva, sarar os enfermos, assegurar a vitória guerreira” pela força mágica da sua dança solo.

  7. DANÇA EM CADEIA: quando o círculo é insuficiente para cobrir toda a região da aldeia, dão-se as mãos em fileiras e percorre-se toda a extensão do local expulsando os espíritos através de serpenteamentos ondulantes. • DANÇA EM CADEIA HOMEM/MULHER: quando as tribos começam a evoluir, e discriminam as tarefas algumas danças passam a ser para mulheres como as LUNARES (agricultura) e outras masculinas como as SOLARES (guerreiras)

  8. CIRCULOS CONCÊNTRICOS: mulheres dentro do círculo e homens fora para protegê-las. • PROCESSIONAL OU DESFILE: formação em pares como num desfile. • DUAS LINHAS FRENTE A FRENTE: uma fila de homens e outras de mulheres, enfileirados um de frente para o outro.

  9. PARES INDEPENDETES: a dança em pares é a forma mais importante da dança desde a cultura primitiva, pois simboliza a fertilidade, o crescimento da tribo.

  10. A partir da invasão dos colonizadores no século XIV, tudo sofreu influências, desde os nomes usados até à organização social e com a dança e música não poderia ser diferente. • No que toca a dança, houve uma fusão entre os ritmos tradicionais com a forma de dançar em pares importada da sociedade européia, em que este tipo de dança era praticada nas cortes, nos salões nobres e da burguesia como por exemplo na contradança, valsa, mazurca, polca, levadas não só pelos senhores como pelos seus criados e até por alguns escravos.

  11. DANÇA EM PARES Corte Européia Africano com influências

  12. A DANÇA E A MÚSICA EM ALGUNS PAÍSES AFRICANOS

  13. A Dança no Egito“Hbij” • O Egito praticou amplamente a dança, na forma de dança sagrada, depois de dança litúrgica (principalmente liturgia funerária) e enfim a dança recreação. • Nos túmulos, qualquer que fosse a condição do seu proprietário vê-se dançarinos e dançarinas aparentemente especializados acompanhando o cortejo.

  14. As classes superiores não dançavam, esta era uma função para os escravos, servos ou sacerdotisas. • Segundo Maribel Portinari pode-se observar que a dança sagrada possivelmente se originou de BES (deus anão), porém HATHOR a deusa-mãe é quem é considerada a patrona da dança. As duas figuras são vistas no interior da pirâmide associadas a pala HBIJ que significa “dançar e estar contente”.

  15. BES HATHOR

  16. Tipos de Danças Egípcias • Dança Bailatória / Dancística: movimentos de graça e flexibilidade. • Dança Mímica: espetáculo mímico, representando ação dramática. • Dança Ritual: dançada pelos sacerdotes em torno do altar para reproduzir na dança os doze signos do zodíaco. • Dança Processional: forma de desfile

  17. A Dança em Angola • Em Angola, a dança distingue diversos gêneros, significados, formas e contextos, equilibrando a vertente recreativa com a sua condição de veículo de comunicação religiosa, curativa, ritual e mesmo de intervenção social • A presença constante da dança no cotidiano, é produto de um contexto cultural apelativo para a interiorização de estruturas rítmicas desde cedo.

  18. A dança se revela determinante enquanto fator de integração e preservação da identidade e do sentimento comunitário. • Angola destaca-ser por possuir um vasto repertório musical e dancistíco, isso ocorreu em razão da fusão entre os ritmos locais e a influência cultural dos colonizadores. Destaca-ser os seguintes gêneros: Kizomba, Kuduro, Kazukuta, Rebita, Semba e Kabetula.

  19. Kizomba é uma terminologia Angolana que significa"festa". Anteriormente chamada de"Umbigada"ou danças do "umbigo“ que sofria influências de uma dança portuguesa que se chama "Lundum”, mas que foi proibida por ser considerada como dança erótica.

  20. Estilo de música e dança angolano. • Dança recreativa de apresentação individual ou em grupo onde há fusão de música eletrônica com batidas tipicamente africanas. • Dançada geralmente em festas e discotecas

  21. Kazukuta – dança que é de sapateado lento, seguido de oscilações corporais, sendo que o bailarino executam transferência de peso apoiando-se ora na ponta dos pés ora nos calcanhares.

  22. Rebita - dança de salão angolana que demonstra a vaidade dos cavalheiros e o adorno das damas. Dançada em pares em coreografias coordenadas pelo chefe da roda, executam gestos de generosidades gesticulando a leveza das suas damas

  23. Semba - É uma dança de salão angolana urbana. Dançada a pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente largos onde o malabarismo dos cavalheiros conta muito a nível de improvisação. O Semba não é uma dança ritual nem guerreira, mas sim dança de divertimento principalmente em festas, dançada ao som do Semba.

  24. Kabetula - dança carnavalesca da região do Bengo, exibida em saracoteios bastante rápidos seguidos de alguns saltos acrobáticos, os bailarinos apresentam-se vestidos de camisolas, utilizam também um apito para a marcação da cadência rítmica do “comandante"

  25. A Dança em Cabo Verde • A Dança cabo-verdiana, está bastante ligada aos ritmos musicais mais populares, como a Morna, Coladera, Funaná, Contradança, Mazurka, Kola San Jon. • Os ritmos traduzem toda a idiossincrasia deste povo e constituem, antes de mais, verdadeiras crônicas vivas e expressivas da sua vida, como companheiros de trabalho, exprimindo a alegria, a nostalgia, a esperança, o amor, a jocosidade, o apego à terra, os problemas existenciais bem como a própria natureza.

  26. Morna - Dança-se em dois estilos essenciais, que são estilo lento, e estilo mais virtuoso, ou seja " talvez mais vivo e dinâmico" a que se chamara de “estrimbolca", à base de contratempos. A Coladera terá surgido neste andamento, mas também pode ser em estilo lento onde as marcações são feitas em compasso quaternário.

  27. Funaná - Estilo de música e dança cabo-verdiana, característico da ilha de Santiago que tradicionalmente animava as festas dos camponeses. É a mais frenética e rápida das danças de pares

  28. Kola San Jon - Jogo dos tambores e dos apitos no dias de São João, ligado ao ritual da fertilidade da terra no solstício de verão. Os pares batem-se cadencialmente entre si. Também conhecida como dança da Umbigada.

  29. São Tomé e Princípe Os ritmos de maior destaque são: • Ússua Dança de salão, de grande elegância (uma espécie de mazurca africana), em que os pares são conduzidos por um mestre-de-cerimônias, ao ritmo lento do tambor, do pito daxi (flauta) e da corneta. Todos os dançarinos envergam trajes tradicionais: as mulheres de saia e quimono, xale ou pano de manta; os homens trazem chapéus de palhinha e usam no braço uma toalha bordada (que serve para limpar o suor do rosto).

  30. DexaTípica da ilha do Príncipe de raízes angolanas. Ao ritmo de um tambor e de uma corneta, diversos pares executam elegantes danças de roda. As letras são quase sempre humorísticas, ou mesmo de escárnio, e implicam uma réplica da parte do visado. A dexa é dançada durante horas inteiras, apenas com ligeiras modificações no andamento musical.

  31. Puita ou SembaRitmo de raízes Angolanas, é uma dança fortemente erótica, em que o tambor avança de forma frenética, obsessiva, sensual, pela noite dentro. Homens e mulheres formam filas indianas e, à mistura com alguns semi rodopios, fazem movimentos de forma sexualmente explícita. Quando um parente deixa este mundo é da praxe executar-se, em dias de nozado, uma puita em sua homenagem. A falta de cumprimento a este ritual pode ocasionar desventuras na família. Mas a puíta é tocada em muitas outras ocasiões, sendo uma das formas de música mais populares em S. Tomé.

  32. Bligá (ou jogo do cacete)É um misto de dança e jogo lúdico, em que a destreza e o vigor físico do jogo do pau transmontano, aliam-se a uma sofisticada corporalidade e gestual idade que fazem por vezes lembrar certas artes marciais orientais. O bligá (que significa brigar) foi certamente, tal uma das danças que deu origem a capoeira. Este estilo era usado pelos escravos, que usavam como uma arte de autodefesa sem que as autoridades se apercebessem, os gestos são, a maior parte das vezes, mimados (transformando assim a acção em representação) em vez de serem executados explicitamente.

  33. BRINCADEIRAS MÚSICAS E DANÇAS DE RODA

  34. “Os brinquedos cantados surgem na espontaneidade da cultura popular. Geralmente são cantigas anônimas acompanhadas de movimentos expressivos, saltitantes e ou dramatizados. Nestes brinquedos em geral, as crianças imitam o mundo do adulto vivenciando emoções, sensações e conflitos como veículos de elaboração e amadurecimento”. (GUERRA,2009)

  35. “Uma, duas angolinhas” brincadeira cantada tipo parlenda em roda, com as crianças sentadas, e um solista ao meio dando beliscos nas mãos de cada colega enquanto cantam: Uma, duas angolinhas finca o pé na pampulhinha O rapaz que faz o jogo, faz o jogo de capão Capão sobre capão fica aí mané João Aquele que tirar a mão por último vai levar um beliscão

  36. Além do beliscão refletindo a idéia da galinha d’angola beliscando as mãos de cada participante, a protagonista da música, uma ave, é um dos mais importantes mitos iorubanos sobre a origem da criação do mundo; conta Lopes (2004) que “a galinha d’angola ciscou sobre as águas iniciais uma porção de terra e a espalhou por todas as direções fazendo nascer terra firme”. Por este mito e outras razões ela também é considerada a primeira iaô e é o animal mais importante dentro da tradição dos orixás.

  37. Saci Pererê No divertido brinquedo cantado “O Saci Pererê”, as crianças em pé na roda, devem cantar e imitar as habilidades do saci mostradas na música: O Saci Pererê, pula numa perna só, Ele toca o tambor, toca como ele só. O Saci Pererê, pula numa perna só, Ele toca o pandeiro, toca como ele só.

  38. Esta brincadeira é aberta a improvisações na letra, onde se podem colocar quantos instrumentos quiser para o Saci tocar e consequentemente para as crianças imitarem. O Saci Pererê, elemento tradicional no nosso folclore, aproxima-se de várias figuras da mítica iorubana como: Exu (em suas traquinagens); Arôni (duende iorubano de uma perna só, ligado a Ossãim, e que vive nas matas)

  39. Samba Lelê O samba é apresentado em brincadeira muito conhecida no sudeste brasileiro, onde as crianças finalizam a música sambando conjuntamente na roda - como fazem os adultos. Samba Lelê ta doente, Tá com a cabeça quebrada, Samba Lelê precisava, É de umas boas lambadas, Samba, samba, samba ô Lelê, Samba, samba, samba ô Lalá. (bis)

  40. Nosso velho conhecido samba não poderia ficar de fora das brincadeiras das crianças. Samba é um nome genérico para várias danças brasileiras e para a própria música; contudo, foi registrado em Angola o verbo samba querendo dizer “cabriolar, brincar, divertir-se”; é remetido também a palavra semba de origem Bantu significando o mesmo que umbigada. A propósito, “Lê” é o nome do menor dos três atabaques da orquestra ritual dos candomblés jeje-nagô (LOPES, 2004).

  41. As crianças se divertem aprendendo e ensinando a dança do samba umas às outras. Este parece ser o maior objetivo dos brinquedos cantados: transmitir a cultura pela oralidade e pela corporeidade, favorecendo a vivência, a elaboração e o desenvolvimento da criança.

  42. Referências • GUERRA, D. REVISTA AFRICA E AFRICANIDADES, CORPO:SOM E MOVIMENTO REDESCOBRINDOBRINQUEDOS CANTADOS NA AFRICANIDADE BRASILEIRA. 2009. • PAIXÃO, M. L. B. DANÇA NEGRA BRASILEIRA NA CONTEMPORANEIDADE: ANÁLISE DAS CRIAÇÕES COREOGRÁFICAS DO BALÉ FOLCÓRICO DA BAHIA E DO GRUPO GRIAL DE DANÇA. BAHIA, 2009.

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