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EDITORIAL E CRÔNICA NARRATIVA

EDITORIAL E CRÔNICA NARRATIVA. Profa: Soninha. www.profasoninha.weebly.com. Editorial: Lixo sem destino. Os municípios do litoral norte do Estado de São Paulo têm sido onerados com encargos cada vez maiores para encontrar um destino adequado ao lixo produzido por seus moradores e turistas.

kamil
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EDITORIAL E CRÔNICA NARRATIVA

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Presentation Transcript


  1. EDITORIAL E CRÔNICA NARRATIVA Profa: Soninha www.profasoninha.weebly.com

  2. Editorial: Lixo sem destino Os municípios do litoral norte do Estado de São Paulo têm sido onerados com encargos cada vez maiores para encontrar um destino adequado ao lixo produzido por seus moradores e turistas. Sem um plano eficaz de gestão dos resíduos sólidos, as prefeituras de Caraguatatuba, Ubatuba, São Sebastião e Ilhabela são obrigadas a exportar os refugos para um aterro em Tremembé (SP), no alto da serra. O custo dessa operação é alto. Em média, essas cidades despendem 10% de seus recursos com lixo, item que consome apenas 2% do orçamento paulistano. A situação se agravou desde o fechamento de todos os aterros do litoral norte, entre 2004 e 2008, por falta de condições ambientais. E pode piorar quando o aterro de Tremembé ficar saturado. APRESENTAÇÃO DO TEMA FATO QUE LEVOU AO EDITORIAL

  3. Apesar das dificuldades e das exigências legais, as prefeituras têm feito muito pouco. Mesmo antes da aprovação, em 2010, da Política Nacional de Resíduos Sólidos --que prevê o fim dos lixões até 2014--, a Lei de Saneamento Básico de 2007 já exigia que o manejo do lixo fosse feito de forma adequada à proteção do meio ambiente. Cinco anos e duas eleições municipais depois, pouco mudou --e não só no litoral norte. Levantamento realizado no ano passado pela Confederação Nacional dos Municípios estimava que só 9% das administrações locais haviam concluído os planos de gestão de resíduos sólidos no prazo. Entre as demais prefeituras, apenas 42% tinham estudos em andamento. É certo que muitas cidades não dispõem de pessoal qualificado para elaborar essas diretrizes, mas também não têm procurado auxílio externo para atender as exigências legais. Na realidade, diversos políticos não consideram o lixo uma prioridade e só reagem quando ele começa a pesar nas contas. 1º páragrafo: Dados para comprovar o posicionamento defendido 2º páragrafo: Dados para comprovar o posicionamento defendido 3º páragrafo: argumento do jornal

  4. A implantação ou o aperfeiçoamento dos programas de coleta seletiva teriam, por si só, um impacto notável sobre essas despesas: no caso do litoral norte, apenas 2% do lixo é reciclado, de acordo com a estimativa do Instituto Pólis. Só isso, contudo, não será suficiente. Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, 51% dos resíduos sólidos urbanos produzidos no país --62 milhões de toneladas em 2011-- são compostos por matérias orgânicas. Já existem projetos para instalar usinas capazes de incinerar esse lixo. Mas o tempo para adotar as providências está se esgotando. Folha de São Paulo – 15/01/2013 Posicionamento do jornal ancorado em dados e opinião de especialista. Convite a reflexão

  5. Crônica: contexto de produção, propósito e interlocução • A crônica é fruto da notícia ou da reportagem, portanto é sempre veiculada no meio jornalístico. • O cronista, ao fazer uma leitura muito particular do fato cotidiano em questão, busca levar o leitor a uma REFLEXÃO acerca do comportamento humano (de modo singelo, humorístico, filosófico) • A linguagem da crônica precisa ser leve, simples para ser entendida pelo vasto público do jornal. • Pode ser narrada em 1ª ou 3ª pessoas • Utiliza-se o discurso direto, indireto ou indireto livre.

  6. Atenção, mulheres, está demonstrado pela ciência: chorar é golpe baixo. As lágrimas femininas liberam substâncias, descobriram os cientistas, que abaixam na hora o nível de testosterona do homem que estiver por perto, deixando o sujeito menos agressivo. Os cientistas queriam ter certeza de que isso acontece em função de alguma molécula liberada -e não, digamos, pela cara de sofrimento feminina, com sua reputação de derrubar até o mais insensível dos durões. Por isso, evitaram que os homens pudessem ver as mulheres chorando. Os cientistas molharam pequenos pedaços de papel em lágrimas de mulher e deixaram que fossem cheirados pelos homens. O contato com as lágrimas fez a concentração da testosterona deles cair quase 15%, em certo sentido deixando-os menos machões. (Ciência, 7 de janeiro de 2011)

  7. Lágrimas e testosterona Ele vivia furioso com a mulher. Por, achava ele, boas razões. Ela era relaxada com a casa, deixava faltar comida na geladeira, não cuidava bem das crianças, gastava demais. Cada vez, porém, que queria repreendê-la por uma dessas coisas, ela começava a chorar. E aí, pronto: ele simplesmente perdia o ânimo, derretia. Acabava desistindo da briga, o que o deixava furioso: afinal, se ele não chamasse a mulher à razão, quem o faria? Mais que isso, não entendia o seu próprio comportamento. Considerava-se um cara durão, detestava gente chorona. Por que o pranto da mulher o comovia tanto? E comovia-o à distância, inclusive. Muitas vezes ela se trancava no quarto para chorar sozinha, longe dele. E mesmo assim ele se comovia de uma maneira absurda. Foi então que leu sobre a relação entre lágrimas de mulher e a testosterona, o hormônio masculino. Foi uma verdadeira revelação. Finalmente tinha uma explicação lógica, científica, sobre o que estava acontecendo. As lágrimas diminuíam a testosterona em seu organismo, privando-o da natural agressividade do sexo masculino, transformando-o num cordeirinho.

  8. Uma ideia lhe ocorreu: e se tomasse injeções de testosterona? Era o que o seu irmão mais velho fazia, mas por carência do hormônio. Com ele conseguiu duas ampolas do hormônio. Seu plano era muito simples: fazer a injeção, esperar alguns dias para que o nível da substância aumentasse em seu organismo e então chamar a esposa à razão. Decidido, foi à farmácia e pediu ao encarregado que lhe aplicasse a testosterona, mentindo que depois traria a receita. Enquanto isso era feito, ele, de repente, caiu no choro, um choro tão convulso que o homem se assustou: alguma coisa estava acontecendo? É que eu tenho medo de injeção, ele disse, entre soluços. Pediu desculpas e saiu precipitadamente. Estava voltando para casa. Para a esposa e suas lágrimas. Moacyr Scliar (1937-2011)

  9. Laços de Família Que olhos grandes você tem, meu neto! – São para te olhar, vovó. O olhar de um neto sobre sua avó é sempre significativo. No rosto enrugado ele lê a história de sua família, ele lê a sua própria história. Ele compreende que foi precedido, neste mundo, por gente que lutou e sofreu para que ele pudesse viver. Gente que o alimentou, que o embalou para dormir, gente que cuidou dele quando estava enfermo. E também gente que o maltratou, não é, vovó? Enfim: o rosto de todas estas pessoas se condensa, por assim dizer, na face da vovó, a face que o neto contempla com ambivalente melancolia. – Hum. Não sei se compreendi, mas você fala bonito, é bom de escutar. A propósito, meu neto, que orelhas grandes você tem. – São para te ouvir, vovó. Para um neto, as palavras de sua avó são música, às vezes dissonante, a celebrar os mistérios da existência. Ouvindo sua vovó o neto aprende a viver. É claro que vovós em geral são velhinhas e frequentemente falam baixinho; de modo que as orelhas crescem, se expandem para capturar todos os sons mesmo os mais débeis.

  10. – Hum. E que nariz grande você tem, meu neto! – É para te cheirar, vovó. O teu odor me leva de volta à infância; quando entravas em meu quarto era a primeira coisa que eu sentia, esse teu tão característico cheiro. Até hoje me causa engulhos, você sabe? Até hoje. O tempo passou, e muitos outros odores entraram em minhas narinas, inclusive o perfume de belas mulheres, mas o seu cheiro está sempre em minha memória. Que coisa, não é? – É... A propósito, que mãos grandes você tem, meu netinho! – São para te agarrar, vovó. Como você me agarrava quando era pequeno, em geral para me surrar. Você me deu surras homéricas, vovó. Talvez eu as tenha merecido, não sei. O fato é que o ressentimento ficou dentro de mim, um ressentimento que jamais consegui vencer. Cresci olhando minhas mãos, ansiando que elas ficassem fortes o suficiente para mostrar a todos principalmente a você que já não sou um garotinho indefeso. Minhas mãos hoje são instrumento de vingança, querida vovó. – É mesmo? Escute, meu neto, não estou gostando desta conversa. Vamos mudar de assunto? Vamos falar deste quarto. Que janela grande tem este quarto, meu netinho! Por que uma janela tão grande? – Você já vai ver, vovó. (Um grito de anciã. Depois, um baque surdo. E o silêncio, mais ensurdecedor que uma batucada de carnaval.) (Moacyr Scliar)

  11. O crime de amarLembro-me como se fosse ontem a nossa história.Era uma sexta-feira a tarde e eu estava no aeroporto de Chicago a espera da minha amada, Socorro. Naquela época estávamos juntos há quase dois anos,mas nunca tínhamos nos encontrado pessoalmente.O namoro era virtual e trocávamos mensagens e e-mails todos os dias. Com isso,ansiosa para me ver Socorro, logo que desembarcou,ficou à minha procura.- Cheguei Guilherme!Já está no aeroporto?-dizia a mensagem que ela me enviou e logo respondi:- Estou sim no aeroporto, minha lindinha.Onde posso te encontrar? P.s:trouxe um presente para você!Tinha levado uma rosa para ela e quando Socorro me disse que estava no portão de desembarque fui correndo encontrá-la. Chegando lá, a primeira coisa que vi foi uma linda mulher sentada olhando para as próprias mãos,sabia que era ela e não me contendo gritei o mais forte que pude:- Socooooooooooooorrooooooooooo!!

  12. Ela levantou a cabeça e sorriu e veio ao meu encontro. Meu coração estava saltando do peito e quando nossos lábios iam se tocar o policial chegou e a algemou. Impaciente disse a ele:- Solte-a seu imundo,ela é minha namorada!O policial não me deu ouvidos e quando percebi que iam levando Socorro,quis antes entregar a flor. Quando ia tirando-na de meu casaco um policial gritou:- Ele está armado.Peguem-no!No final,hoje estamos presos e choro todos os dias depois que soube que na cadeia não há conexão wi-fi. Agora estou tentando me adaptar a escrever cartas.(Karina Gombrade Teles)

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