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Laboratório de Engenharia Ecológica

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS LABORÁTÓRIO DE ENGENHARIA ECOLÓGICA E INFORMÁTICA APLICADA. Laboratório de Engenharia Ecológica.

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Laboratório de Engenharia Ecológica

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Presentation Transcript


  1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS LABORÁTÓRIO DE ENGENHARIA ECOLÓGICA E INFORMÁTICA APLICADA Laboratório de Engenharia Ecológica ESTUDO DA SUSTENTABILIDADE DE UM PROJETO DE MICRODESTILARIA DE ÁLCOOL COMBUSTÍVEL JUNTO A UM GRUPO DE AGRICULTORES ASSENTADOS DO PONTAL DO PARANAPANEMA Alexandre Monteiro Souza Orientador: Enrique Ortega Rodríguez

  2. Introdução • Estoque mundial de petróleo está se esgotando • extração e combustão de energia fóssil causam problemas ambientais graves (poluição, mudanças climáticas, etc.)

  3. Introdução • a energia de biomassa vem sendo anunciada como principal solução, substituindo os combustíveis fósseis. • No Brasil, uma das principais alternativas é o etanol, como substituto da gasolina.

  4. Introdução • A cana-de-açúcar no Brasil:

  5. Introdução Microdestilaria de álcool combustível • Produção de etanol em pequena escala 50 a 400 litros/dia; • Sistema composto por uma moenda, dornas de fermentação, coluna de destilação, tanque de estocagem e uma caldeira; • Existem algumas experiências de microdestilarias implantadas nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, entre outros;

  6. Introdução

  7. Introdução

  8. Introdução Sistema Integrado de Produção de Alimentos Energia e Serviços ambientais (SIPAES) • Permitem um processo democratizante através da descentralização da produção, renda, tecnologia e conseqüentemente poder. • Atende aos quesitos sociais, ambientais e econômicos, pois é capaz de gerar renda, postos de trabalho, inclusão social sem causar grandes impactos ao ecossistema.

  9. Introdução • Ferramenta útil na para recuperação de agricultores fragilizados • Muitos dos agricultores fragilizados se encontram em assentamentos rurais de reforma agrária • Assentamentos são aptos para a instalação de sistemas integrados de produção como política de recuperação.

  10. Introdução Assentamentos • Áreas estabelecidas através de políticas públicas com a finalidade de modificar o uso da terra em benefício de trabalhadores rurais sem terra ou em minifundios. • A maior parte dessas áreas estas áreas foram criadas mediante pressão de movimentos sociais de trabalhadores rurais sem terra e não por vontade política dos governos.

  11. Introdução Sucesso ou insucesso dos assentamentos • Fertilidade do solo; • Políticas publicas específicas. • A maioria dos assentamentos paulistas está em solos com baixa fertilidade • O suporte governamental é deficiente e aplicado de forma incorreta. Portanto para aos assentados e para o movimento de reforma agrária é importante avaliar as potencialidades da microdestilaria para conhecer sua potencialidade e promover seu uso em políticas públicas de cunho social e ambiental.

  12. Hipótese Pergunta geradora Implantar a microdestilaria de forma integrada, formando um Sistema Integrado para a Produção de Alimentos, Energia e Serviços Ambientais (SIPAES), pode ajudar a melhorar a situação social, ambiental e econômica do grupo estudado? Hipótese A implantação da microdestilaria e sua integração com as lavouras e gado leiteiro podem ajudar o sistema composto pelo grupo de assentados interessados a melhorar o desempenho ambiental, a produtividade, gerar mais renda para as famílias e criar postos de trabalho no local.

  13. Objetivo Geral Analisar as possibilidades da incorporação de uma microdestilaria de etanol junto a um grupo de agricultores do assentamento Gleba XV de Novembro mediante o do cálculo dos possíveis impactos sociais, ambientais e econômicos.

  14. Objetivos Específicos • Conhecer a realidade dos agricultores do assentamento da Gleba XV e a dinâmica deste sistema mediante ferramentas participativas; • Analisar o desempenho sistêmico de uma microdestilaria instalada no assentamento Gleba XV de Novembro utilizando a Metodologia Emergética, considerando vários cenários. • Calcular a viabilidade econômica do projeto de uma microdestilaria para um grupo de agricultores do assentamento Gleba XV de Novembro.

  15. Antecedentes e justificativas • Agricultoras do assentamento Gleba XV de Novembro em uma apresentação sobre microdestilarias em congresso em Botucatu • Nos assentamentos de reforma agrária existe preocupação com a expansão da monocultura da cana no estado de São Paulo

  16. Metodologia • Elaboração de Cenários • Metodologia Emergética • Análise Econômica de projeto • Ferramentas Participativas As metodologias serão descritas separadamente, no entanto a pesquisa se apoiou na união das respostas de cada metodologia

  17. Metodologia Local de Estudo • Assentamento de reforma agrária “Gleba XV de Novembro”; • Localizado nos municípios de Euclides da Cunha Paulista e Rosana, extremo oeste do estado de São Paulo, região chamada Pontal do Paranapanema

  18. Metodologia Histórico • Construção de barragens e usinas nos rios Paraná e Paranapanema e desemprego com o fim das obras; • Perda da terra por inúmeros posseiros e pequenos agricultores, pois suas propriedades seriam encobertas pelas águas das barragens; • Ocupação das fazendas Tucano e Rosanela (em Teodoro Sampaio) por cerca de 800 trabalhadores rurais sem terra no dia 15 de Novembro de 1983; • Deixaram a fazenda e ficaram acampados na beira da rodovia e depois em área provisória cedida pela Companhia Energética de São Paulo (CESP); • Finalmente, o assentamento foi criado pelo governo do estado (foram assentadas 500 famílias sem o processo de seleção, diferente de como acontece hoje em dia).

  19. Metodologia • Outro condicionante histórico importante: o processo de grilagem das terras do pontal. • Começou na metade do século XIX com a formação do grilo Fazenda Pirapó - Santo Anastácio, uma área de 238 mil alqueires (575 mil hectares) no total. • A grilagem continuou por muitos anos e só começou a mudar com o inicio das ocupações do MST

  20. Metodologia Dados utilizados • A maioria são dados secundários de agências governamentais (ITESP, INCRA, IAC, etc.), artigos científicos, dissertações, teses, entre outros; • A maioria dos dados não são recentes mas foram utilizados devido a inexistências de outros; • Todavia, acredita-se que por se tratar, principalmente, de uma comparação de cenários, os quais foram elaborados baseados na mesma base de dados, o presente estudo mantém sua importância. • Viagens de campo com a finalidade de conhecer diferentes experiências de microdestilarias (Fazenda Jardim, prefeitura municipal de Angatuba-SP e COOPERBIO no Rio Grande do Sul.

  21. Metodologia Definindo o sistema • Limite: implantação de um projeto de microdestilaria dentro de um grupo de agricultores; • O modelo de microdestilaria foi escolhido a partir de uma visita a COOPERBIO; • Microdestilariacom capacidade produtiva de 24 l/h(USI biorefinarias) • A microdestilaria da Gleba XV de Novembro produziria álcool 8 h/dia (um turno de trabalho diário) • 7 hectares de cana-de-açúcar

  22. Metodologia

  23. Metodologia • Cada família (lote) = 1 ha de cana-de-açúcar para produzir etanol + 0,5 ha para a produção de rapadura (ou açúcar mascavo); • Área de cada lote = 23 hectares. • Área total do grupo de agricultores = 161 hectares

  24. Metodologia Cenários • A melhor maneira de se prever uma situação futura é criá-la de forma virtual; • A metodologia emergética, a análise econômica e algumas ferramentas participativas foram aplicadas a situação atual e aos cenários SPAE e SIPAES para avaliar os impactos ambientais, econômicos e sociais em cada um. • A comparação entre o resultado da metodologia emergética dos cenários Atual, SPAE e SIPAES com os outros dois cenários permitirá saber se a implantação da microdestilaria causa diferença no impacto ambiental e qual a maneira de inserção que causa menor impacto.

  25. Metodologia Cenário Atual • Elaborado baseado no livro “Pontal Verde: Plano de Recuperação Ambiental dos Assentamentos do Pontal do Paranapanema” (ITESP, 1999); “Retrato da Terra 97/98: Perfil Socioeconômico e Balanço da Produção Agropecuária dos Assentamentos do Estado de São Paulo” (ITESP, 1998); “Instruções Agrícolas para as Principais Culturas Econômicas” (IAC, 1998)

  26. Metodologia Cenário SPAE • Redução da área de pastagem ; • A área das plantações não foi alterada, nem a produção e o uso de insumos;

  27. Metodologia Cenário SIPAES • Recuperação de área de floresta para 20% da área total; • Metade da perda de solo e o uso de agrotóxicos e fertilizantes químicos praticamente nulo (uso de técnicas que seguem os princípios da agroecologia) • A produção de leite duas vezes maior que a atual e a do cenário SPAE (maior densidade de animais na pastagem)

  28. Metodologia Ferramentas Participativas • Os saberes cotidianos, fundamentais a sobrevivência dos seres humanos, não são privilégio de alguns, uma vez que todos os possuímos seja o agricultor familiar, o assentado de reforma agrária ou as pessoas na cidade. • Quando se utiliza questionários, é bem provável que isso adquira uma natureza autoritária. Na concepção participativa as atividades ocorrem entre pessoas que pensam, decidem e atuam. • As ferramentas participativas utilizadas nesta pesquisa foram: Observação participante e Chuva de idéias.

  29. Metodologia Observação participante • Objetivo: perceber a realidade da comunidade. Observar e participar das atividades da comunidade é importante para entender as ações e escolhas do grupo. • Consistiu em nada mais do que "andar com os olhos abertos” e o uso de um caderno de campo para anotar as principais observações. • A observação participante foi realizada no assentamento Gleba XV durante o período de dois anos. Foram realizadas algumas visitas onde se teve contato com os agricultores e sua rotina diária.

  30. Metodologia Chuva de idéias • É utilizada para obter informação pertinente, de forma rápida, trabalhando em reuniões com um grupo reduzido buscando a percepção das pessoas. • Encontro com o grupo de mulheres da Gleba XV. O tema abordado foi o do desenvolvimento sustentável e o objetivo foi o de aproveitar uma reunião e conhecer a percepção deste grupo sobre o tema. • Através do grupo de mulheres pode ser possível saber um pouco mais sobre o que pode vir a ser a opinião das outras pessoas do local. • Algumas das mulheres deste grupo poderiam pertencer ao grupo da microdestilaria.

  31. Metodologia Metodologia Emergética • Baseada no conceito de emegia; • O trabalho da natureza e da sociedade são transformações de energia • A energia da geobiosfera pode ser organizada (hierarquia de energia) • Muitos joules de raios solar são necessários para produzir um joule de matéria orgânica, muitos joules de matéria orgânica são necessários para produzir um joule de combustível, e assim por diante. • A energia vai passando de uma forma dispersa e de menor “qualidade” para uma forma concentrada e de maior “qualidade”

  32. Metodologia Emergia, escrita com “m”, é definida como a energia disponível (exergia), de um mesmo tipo, necessária para a elaboração de um produto ou serviço. Algumas vezes refere-se a emergia como “memória energética”. A unidade de emergia é o emjoules (emJ) para distingui-los de joules de energia (J). A emergia solar é expressa em joules de emergia solar, seJ ou emjoule solar (ODUM, 1996)

  33. Metodologia • Metodologia Emergética desenvolvida por Odum (1996) considerando as renovabilidades parciais dos fluxos da economia, alterações propostas e aplicadas por Ortega et al (2002). Etapas Elaboração do Diagrama Sistêmico; Montagem da Tabela de Avaliação Emergética; Cálculo dos Índices Emergéticos; Interpretação dos resultados.

  34. Nitrogênio da Atmosfera Materiais e Serviços Nutrientes Rocha Subsolo Taxas Biodiversidade Regional Reserva Florestal Chuva $ Preço Vento Sol Taxas Pré-pro- cessamento Plantação Metodologia Família Serviços ambientais Multas Serviços ambientais locais Produto Perdas (erosão, Nutrientes, Contaminação)

  35. Metodologia

  36. Metodologia

  37. Metodologia

  38. Metodologia

  39. Metodologia Análise econômica

  40. Metodologia

  41. Metodologia • Os indicadores financeiros calculados foram: • Taxa de Retorno de Capital (TRC) • Ponto de Equilíbrio (PE) • Taxa Interna de Retorno (TIR): • Valor Presente Líquido (VPL)

  42. Resultados Ferramentas participativas Observação participante • Curso de pastoreio Voisin oferecido pelo SEBRA (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

  43. Resultados • Existem cultivos mais comerciais (caso da mandioca e café) e alimentos destinados mais para a região dos municípios do entorno, se assemelhando muito de uma agricultura de subsistência com a venda do excedente (fotos acima)

  44. Resultados • A atividade principal é a pecuária leiteira; • O leite é vendido a laticínios de regiões próximas e é retirado por caminhões tanque quase que diariamente; • Os tanques de resfriamento geralmente são de propriedade das empresas e atende a mais de um agricultor.

  45. Resultados O PAA (Programa de Aquisição de Alimentos)

  46. Resultados • Além do PAA, há outras formas de apoio de políticas públicas voltadas ao sistema produtivo.: ITESP, SEBRAE, SENAR, UNESP, etc. • Políticas de saúde e educação, estão presentes, mas poderiam ser melhoradas; • O assentamento fica distante dos serviços públicos e do comércio.; • Evasão dos jovens; • Ônibus “Rurais” transitando no assentamento. • De modo geral, o assentamento Gleba XV de Novembro apresenta uma situação que precisa ser melhorada. • É necessária uma alternativa que tenha capacidade de causar mudanças.

  47. Resultados Chuva de idéias • A sustentabilidade foi basicamente relacionada com o dia-a-dia do grupo de mulheres, ou seja, à agricultura. • De modo geral, o conceito de sustentabilidade, assim como os valores ligados ao desenvolvimento sustentável, está distante do pensamento cotidiano. • Não é prioridade para elas. • A conversa permeou mais o que foi exposto nos cartões e mesmo no caso dos orgânicos, foi um tema que não foi muito aprofundado.

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