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CSO 089 – Sociologia das Artes

CSO 089 – Sociologia das Artes. Aula 11 – 17/09/2012 auladesociologia.wordpress.com dmitri.fernandes@ufjf.edu.br. A Produção da Crença II.

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  1. CSO 089 – Sociologia das Artes Aula 11 – 17/09/2012 auladesociologia.wordpress.com dmitri.fernandes@ufjf.edu.br

  2. A Produção da Crença II • Françoise Dorin e o exemplo da peça de teatro de bulevar (Le Tournant, 1973) quepermiteobservar a oposiçãoestruturante do espaço da produção cultural como um todo: a que se dá entre intelectuais (alto capital cultural) e burgueses (alto capital econômico). • Bourdieu procurademonstrarcomotaloposiçãoestáencravadatantoem forma de sistemasclassificatórios e categoriasmentais (subjetivos) quantoemmecanismosobjetivos, comoautores e teatros, críticos e jornais.

  3. La vie en noir X La vie en rose • Estéticaburguesaimputaaoteatrointelectual (ouseja, não-comercial, experimental, de vanguarda) a pretensão, a seriedade, a ausência de humor, o miserabilismo, a falsagravidade, a lentidão, a afetação, a profundidade, a tristeza dos discursos, a pobreza dos cenários. • Estéticaburguesavêcomoqualidadesteatraispositivas, por outro lado, a clareza, a leveza, a alegria, a habilidadetécnica, a desenvoltura, a naturalidade, emsuma, “a confiança de uma arte confiante de seusmeios e fins”. P. 43.

  4. Oposiçãocanônica • Bourdieu tomadiversostextos de críticosteatraisposicionadosemjornaisespecíficosparademonstrar o modopeloqualexisteumaestruturaçãoqueperpassatodas as glosas. • Há, portanto, “umaestruturaque se encontranaorigem do objetoclassificado e do sistema de classificaçãoqueeles [oscríticos] aplicam, (…) espaço no qualelesprópriossãoclassificados”. P. 43. • A forma e o conteúdo das críticasvariarão de acordo com a distânciaque o órgão de imprensaque as abrigadetenha com respeitoaopúblicointelectual e aopúblicoburguês.

  5. Jornais, classes e frações de classe • “Não se compra um jornal, mas um princípiogerador de tomadas de posiçãodefinidoporumacertaposiçãodistintivaem um campo de princípiosgeradoresinstitucionalizados de tomadas de posição: e pode-se afirmarque um leitorirásentir-se tantomaiscompleta e adequadamenteidentificadoquantomaisperfeita for a homologia entre a posição de seujornal no campo dos órgãos de imprensa e a posiçãoqueelepróprioocupa no campo das classes (ou das frações de classe), fundamento do princípiogerador de suasopiniões”. P. 102.

  6. Da direitapara a esquerda • Efeitosretóricos, como o de fazerfalar o adversárioemantífraseirônica, a eufemizaçãoqueexcluijulgamentosabertamentepolíticos, o silênciodesdenhoso, certaambigüidadeanalíticaponteadapelapretensão da neutralidade, atenuaçõesuniversitárias, denúnciasabertas, ridicularizaçõesvárias e outros recursosmais, como a paródia, expressam a harmoniaexistente entre as opiniões dos críticos e seu público.

  7. Fundamentos da Conivência • O quefaz, no entanto, que as opiniões dos doispólos se orquestrem e estruturem? • Háumaduplahomologia (estrutural e funcional) entre a posição do produtor no campo específico e a posição de seupúblico no campo das classes ou das frações de classe. • Istoquerdizerquesempreumaeufemização dos interesses no campo se opera: pormaisespecíficosqueelespareçamser (internos), há de se lembrarque se trata de lutasrelativasao campo do poder (externas), transfiguradasemumalinguageminterna.

  8. A Homologia • “O serviçoprestadopeloscríticos a seupúblico é tantomaispreciosonamedidaemque a homologia entre suaposição no campo intelectual e a posição de seupúblico no campo da classedominante é o fundamento de umaconivênciaobjetivaquefaz com queelesnuncadefendamtãosinceramenteosinteressesideológicos de suaclientela, quantoaodefenderemseusprópriosinteresses de intelectuais contra seusadversáriosespecíficos, ouseja, osocupantes de posiçõesopostas no campo de produção”. P. 54.

  9. A RetaguardaBurguesa • Retaguarda, ouseja, críticaburguesa, deveoperarumadifícilreversão: a de demonstrarque o conformismoestá com a vanguarda, e que a audáciaestánacoragem de desafiá-la. • Intelectual de direita, portanto, devereconhecervaloresintelectuaisemseucombate contra osprópriosvaloresintelectuais, sob pena de se negarenquantointelectual. • Críticaburguesadevetranquilizarseupúblico. • Além de despertarimagemestereotipada do intelectual, cabemdenúncia do gostopeloescândalo, do ressentimento do fracassado, da inversão do incompetente e o apreçoaossignosnãoreconhecidospelosintelectuais.

  10. AjustamentoPerfeito • “Nãopodemoscompreender o ajustamento das disposiçõesàsposições (que serve de fundamento, porexemplo, aoajustamento do jornalistaaojornal e, aomesmo tempo, aopúblicodessejornal, ouaoajustamento dos leitoresaojornal e, aomesmo tempo, aojornalista) se ignorarmos o fato de que as estruturasobjetivas do campo de produçãoestãonaorigem das categorias de percepção e apreciaçãoqueestruturam a percepção e apreciação de seusprodutos”. P. 56.

  11. Espaço dos Possíveis • Instituições, jornais, pessoas, teatros, galerias, editoras, revistas etc. sófuncionamcomosistemasclassificatóriosporexistirem e seremsignificativosemsuasrelaçõesmútuas. • Háensejo de precisão da situação de cada um no campo, além do mais, pormeiodessesmarcadores. • Espaçohierarquizadocarregaconsigosempre a ameaça da desclassificação (pornografiaouerotismo, raridadeouvulgaridade), o quedemanda saber incorporado e capacidade de direcionamento de todososenvolvidos.

  12. AdequaçãoTácita • Há, portanto, umaadequaçãotácita de todosospretendentes a desenvolverqualquerobra no campo. • Caso o investimentosejadeslocado, não se contará com críticosbenevolentes, públicoajustado etc. • “Pelofato de que o domínioprático das leis do campo orienta as escolhaspelasquaisnãosóosindivíduos se agregam a grupos, mas tambémosgruposcooptamindivíduos, é que se realiza com tantafrequência o acordomiraculoso entre as estruturasobjetivas e as estruturasincorporadas (…)”. P. 58.

  13. EficáciaSimbólica • Possibilidade de realizaçãoexitosa do discursoideológico (símboloeufemizado e duplicado) depende do ajuste entre osinteressesespecíficosassociados a certaposição no campo especializado e da relação de homologiaque se estabelecenosdemaiscampos, todospartilhando da distribuiçãodesigual de suasespéciesreferidas de capital. • Todososdiscursoseufemizados, altamente “purificados”, assim, cumpremsemprefunçõesexternas, estasignoradas– daísuaeficácia.

  14. Tempo longo e tempo curto • Campo se hierarquiza, novamente, entre ospóloscomercial e cultural. • Nestesentidoemespecífico, talembatetoma as formas dos produtosqueatendemàsdemandaspreexistentes (comerciais), e as demandasquenecessitam da criaçãofutura de um público (culturais). • Ciclocurto de produção X ciclolongo de produção.

  15. Ciclocurto: minimização de riscos, circuitos de comercialização, ajusteantecipado a certopúblico (pesquisa de mercado), procedimentos de valorização do produto (publicidade), apostaemnomesconhecidos, lucrorápido e decrescente no tempo, desrespeitoao tempo da conversão do capital econômicoemsimbólico, grandesempresasracionalizadas, independeempartes dos convertidos do sistema de ensino, buscapelosucessomundano. • Ciclolongo: aceitação dos riscosinerentesàsmercadoriasculturais, submissãoàs leis específicas do comércio da arte, estoques de produtoscujarealização é incerta, garimpagempormeio de pares engajadosnacena cultural, construção de catálogo com rentabilidadefutura e crescente, respeitoao tempo da conversão do capital econômicoemsimbólico, pequenasempresasartesanais, depende dos convertidosoriundos do sistema de ensino, ascese.

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