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Gestão de Custos no Agronegócio 01 e 02 de julho de 2011

Lucilio Rogerio Aparecido Alves Professor Doutor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) Pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/ESALQ/USP) Fone: 55 19 3429-8847 Fax: 55 19 3429-8829 E-mail: lualves@esalq.usp.br

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Gestão de Custos no Agronegócio 01 e 02 de julho de 2011

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Presentation Transcript


  1. Lucilio Rogerio Aparecido Alves Professor Doutor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP) Pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/ESALQ/USP) Fone: 55 19 3429-8847 Fax: 55 19 3429-8829 E-mail: lualves@esalq.usp.br http://www.economia.esalq.usp.br http://www.cepea.esalq.usp.br MBA EM AGRONEGÓCIOS Gestão de Custos no Agronegócio 01 e 02 de julho de 2011

  2. OBJETIVOS DA AULA • Apresentar brevemente os aspectos teóricos sobre custos de produção; • Discutir a gestão dos negócios agropecuários: Patrimônio e renda; Sustentabilidade; Custo total e custo de oportunidade; • Cálculos e indicadores básicos a serem definidos; • Análises de resultados econômicos: De uma cultura; Da propriedade; • Avaliação do patrimônio; • Analisar o custo dentro da cadeia de valor de um produto, envolvendo produção agrícola, armazenagem, processamento e comercialização;

  3. PRÉ-AULA • Discussão dos exercícios propostos relacionados aos artigos recomendados para leitura; • Recebimento dos exercícios respondidos, para avaliação;

  4. Agropecuária “NEGÓCIO OU MODO DE VIDA” “NEGÓCIO E MODO DE VIDA” MAS NEGÓCIO COM CERTEZA (PARA GRANDES E PEQUENOS) PARA SUSTENTABILIDADE

  5. Sustentabilidade “SEGURANÇA DE CONTINUIDADE NO NEGÓCIO” “O PRODUTOR RURAL VISA A PROSPERAR NA VIDA AUMENTAR O PATRIMÔNIO”

  6. Sustentabilidade – instrumentos Produzir eficientemente: Cortar custos; Aumentar receitas; Atuar dinamicamente no mercado: Comprar na baixa; Vender na alta; Avaliar os riscos e precaver-se deles: Curto prazo: fluxo estacional de caixa; Médio/longo prazo: fluxo anuais cíclicos

  7. O paradoxo da agricultura LADO RUIM: privado Os produtores periodicamente se queixam da baixa rentabilidade SINTOMAS dessa doença crônica: A dívida agrícola cresce continuamente; Conflitos cíclicos com fornecedores de insumos e compradores de produtos; Êxodo do setor rural (pequenos e médios produtores);

  8. O paradoxo da agricultura LADO BOM: social NO MERCADO EXTERNO: de onde têm provindo fluxos crescentes de divisas – têm sido estratégicas para o país; MERCADO INTERNO: a contribuição para reduzir o custo da alimentação com benefício especial das camadas mais pobres da população;

  9. Porquês do paradoxo – dificuldades MUDANÇAS NA POLÍTICA AGRÍCOLA: Corte de gastos: Política de preços e estoques Pesquisa e extensão Infraestrutura Corte no crédito rural: Menor volume Juros mais altos no crédito rural

  10. POLÍTICA MACROECONÔMICA: Dólar barato (controla a inflação) Juros altos (felicidades dos bancos) Economia interna não cresce (vôo da galinha) Fracasso das negociações internacionais: Protecionismo Perdas de mercados – aposta na OMC Mercosul e alianças Sul-Sul Concentração de poder de mercado: Supermercados Indústria de insumos e processamento Porquês do paradoxo – dificuldades

  11. Porquês do paradoxo – fatores positivos CAPACIDADE EMPRESARIAL Capital humano: educação e experiência Associativismo Capacitação Conhecimento e aproveitamento de novos mercados ECONOMIAS DE ESCALA Preço da terra: abertura do Centro-Oeste, Norte e Nordeste Compras e vendas em volume Mecanização TECNOLOGIAS E PRODUTIVIDADE CRESCIMENTO DO MERCADO EXTERNO (alternativa)

  12. Balanço “PRODUTOR NÃO CAPITALIZA GANHOS DE EFICIÊNCIA” Reduções de custos vão aos preços (consumidor feliz: bolsa família) Felizmente as exportações amenizam a queda de preços e permitem continuidade da modernização, que reduzem preços e assim por diante............ “Produtor não estabelece seus preços, só resta reduzir custos” QUEM NÃO SE MODERNIZA FICA DE FORA!

  13. CONTABILIZAÇÃO DE CUSTOS

  14. Funcionamento da empresa e fluxo de recursos financeiros e físicos PRODUÇÃO Recursos de Terceiros ESTRUTURA DE CAPITAL Recursos Próprios Capital de Giro / Circulante INVESTIMENTO EM ATIVOS Ativo Não Circulante Investidor aloca recursos financeiros (próprios e/ou terceiros) Investidor aplica recursos financeiros em ativos Custos e Receitas Pagar dívidas ou dividendos aos acionistas Resultados Reinvestimentos Governo (Tributos)

  15. Formação do capital de uma empresa do agronegócio Uma empresa necessita de: • Terra para produção de alimentos e energia • Máquinas e equipamentos • Obras Civis • Insumos • Recursos Humanos • Recursos Financeiros • Tecnologia $ Como apurar o resultado gerado pelo uso desses recursos ?

  16. Importância de realizar o custo Saber quanto custa o produto da empresa; Saber quanto está ganhando na atividade; Rentabilidade da atividade; Margem de lucro; Orientar na tomada de decisão da empresa;

  17. Objetivos do cálculo de custos produtivos Políticos Relacionados a ações de lobby ou a definições de mecanismos de política pública Administrativos Avaliação efetiva das atividades agropecuárias e ferramenta decisória (estratégias de produtores e indústria)

  18. Mercados de produtos agrícolas Competição perfeita Os preços são definidos pelas forças de oferta e demanda pelo produto, sendo que cada agente, individualmente, não tem influência sobre esse preço Os preços são “dados “ aos agricultores, tornando-se ainda mais relevante o controle dos custos como instrumento de obtenção de rentabilidade

  19. Mercados de produtos agrícolas Enquanto variações de preços de mercado estão fora do controle do produtor, este pode melhorar sua perspectiva de rentabilidade da cultura através de melhor controle dos custos de produção

  20. Critérios a serem abordados Critérios estatísticos no caso de eventuais generalizações (generalizações são mais fáceis em culturas mais homogêneas em termos de pacote tecnológico – soja e milho X pecuária de corte e leite)

  21. Critérios a serem abordados Custos depois de realizada a atividade e orçamento Dados deflacionados (principalmente para o custo calculado depois de realizada a atividade)

  22. Custo de produção – definições O que é ? São todos os desembolsos em dinheiro, em espécie ou indiretos, para que aconteça o processo de produção em uma fazenda/indústria em um determinado intervalo de tempo

  23. Custos fixos e variáveis Custos desembolsáveis e não desembolsáveis Custos diretos e indiretos Custos de produção e despesas administrativas, vendas, financeiras Classificação de custos

  24. Custo padrão Custo por absorção Custos ABC Custeio Direto Custeio variável Custo RKW Custo pleno ..... Sistemas de custos

  25. Custos segundo critérios da escala de produção Custos Fixos: corresponde aos custos que independem do volume de produção podendo ser desembolsáveis ou não. Custos variáveis: são custos que modificam-se na medida que se altera o volume de produção.

  26. Definições No curto e médio prazos: divisão entre custos fixos e variáveis No longo prazo, todos os custos são considerados variáveis (é possível optar por permanecer ou não na atividade)

  27. Custos segundo critérios de desembolso Custos desembolsáveis: ocorre o desencaixe de recursos da empresa. Ex: matéria-prima, mão-de obra e etc. Custos não desembolsáveis: não ocorre o desencaixe. Ex: depreciação, juros do capital próprio e etc.

  28. Custos segundo critérios de desembolso Custos Desembolsáveis Análise de Projetos • VPL • VUL • PB • TIR Custos não Desembolsáveis Fluxo de Caixa Investimentos Recebimentos

  29. Critério de custos para rateio Diretos:são custos que podem ser identificados com o departamento ou produto podendo ser apropriados diretamente a eles. São classificados como mão-de-obra e matéria-prima. Indiretos: São os custos que não podem ser identificados com uma unidade administrativa ou com o produto que está sendo fabricado. São classificados como gastos indiretos.

  30. Apropriação de custos Critérios de apropriação de gastos indiretos • Unidades produzidas • Horas máquinas utilizadas • Horas de mão-de-obra utilizadas • Valor do material empregado • Quantidade de ATR processada

  31. Custos de produção custos fixos investimentos custos diretos custos desembolsáveis custos indiretos Despesas administrativas custos variáveis Custos não desembolsáveis Custo ABC gastos Custo padrão Custo por absorção Despesas de vendas

  32. SUSTENTABILIDADE

  33. SUSTENTABILIDADE “SEGURANÇA DE CONTINUIDADE NO NEGÓCIO” “O PRODUTOR RURAL VISA A PROSPERAR NA VIDA AUMENTAR O PATRIMÔNIO”

  34. SUSTENTABILIDADE O PRODUTOR deve gerenciar o seu empreendimento não somente como um modo de vida, mas como um negócio. E, o objetivo de qualquer negócio é prosperar na vida, aumentar o seu patrimônio.

  35. “O produtor é um amador, não no sentido de não-profissional, mas no da palavra amar, ama demais o que faz, está disposto até pagar para continuar produzindo.”

  36. “Por mais prazer que tenhamos na atividade, ela é um negócio e deve ser lucrativo para o produtor se manter nele. Muitas vezes, o produtor coloca o patrimônio da sua família em risco para tentar se manter na atividade. Às vezes, o excesso de amor pode custar muito caro.” Geraldo Sant’Ana de Camargo Barros

  37. “Boas Práticas da Gestão Rural” Projeto desenvolvido pelo Cepea, centro de pesquisa em economia aplicada ligado à ESALQ, de Piracicaba; O objetivo do projeto é a criação de um protocolo de ações que o produtor deve realizar para tornar seu negócio sustentável no longo prazo, similar aos protocolos hoje difundidos a respeito da Produção Integrada;

  38. Boas práticas de gestão • Produzir eficientemente: • Cortar custos; • Aumentar receitas; • Atuar dinamicamente no mercado: • Comprar na baixa (insumos); • Vender na alta (produto); • Avaliar os riscos e precaver-se deles: • Curto prazo: controle apurado mensal dos custos e da receita; • Médio/longo prazo: cálculo correto do custo de produção.

  39. DESVENDANDO OS MITOS DO CUSTO DE PRODUÇÃO

  40. MITO 1 Um dos mitos mais enraizados no setor é o de que se o produtor contabilizar com precisão todas as suas despesas ele pode desistir da atividade. O cálculo apurado, de fato, pode mostrar que o produtor está perdendo dinheiro, mas tem alguém interessado em “tapar o sol com peneira”? O melhor para o empresário que quer seu negócio vivo por muitos anos é justamente tornar clara a sua estrutura de custos e saber tomar as decisões certas com base nela.

  41. POR QUE É IMPORTANTE O • CÁLCULO DO CUSTO DE PRODUÇÃO ? • Ele permite ao produtor apurar se a atividade agrícola está dando lucro ou prejuízo e a sua capacidade futura de investimento. • Facilita a administraçãode cada etapa de produção, permitindo uma avaliação dos principais itens que pesam sobre o custo e auxiliando nas formas de reduzir os gastos. • É uma ferramenta de tomada de decisão. Ajuda na análise de viabilidade de expansão ou de novos investimentos. • Facilita a avaliação correta do Custo de Oportunidade em outras culturas e na análise do impacto no custo e na renda com a adoção de determinada tecnologia.

  42. DESEMBOLSO NÃO É CUSTO TOTAL A soma das notas fiscais pode ser uma ferramenta para o controle dos gastos e vencimentos de débitos, mas não é um método de cálculo do Custo Total e muito menos uma apuração do valor médio do custo de produção da fazenda. A análise correta deve incluir, além dos desembolsos, os conceitos de Custo Administrativo, Depreciação e Custo de Oportunidade. Muitos produtores também não calculam o gasto com as atividades da fazenda, como a formação da área de uma cultura permanente. Para o cálculo correto do custo de pulverização de um defensivo, por exemplo, é necessário apurar o rendimento da aplicação tanto em hora/máquina como em hora/homem, bem como o consumo de combustível e de manutenção do implemento por uma determinada unidade de área (hectare, alqueire).

  43. CUSTOSADMINISTRATIVOS O produtor tem que saber separarseusgastospessoais das despesas com a atividadeagrícola. Se o telefonecelular é utilizadopararealizarnegócios, elenão é um item pessoal, eledeve ser computadocomo um CustoAdministrativo. As viagenstécnicas, cursos e almoços de negóciostambémdevem ser incluídosnessecusto. Poroutrolado, osgastospessoais com a família – alimentação, escola, médico etc – nãopodemfazer parte do caixa da propriedade. O produtorquenãoseparaosseusgastospessoaisestá, muitasvezes, superestimando o seucusto.

  44. Custo do dinheiro Mesmo que o dinheiro utilizado pelo produtor para comprar os insumos e investir na fazenda (maquinário e benfeitorias) seja próprio, ele deve considerar uma determinada taxa de juros sobre esse dinheiro, como se fosse um capital que ele estivesse tomando emprestado. Pois se ele não utilizasse esse recurso na atividade rural, estaria empregando em uma outra atividade ou investindo no mercado financeiro. O produtor que obtém o dinheiro através de empréstimo em banco público ou privado ou na compra de insumos a prazo tem efetivamente essa despesa, pois tem que pagar esses juros para alguém. O produtor tem que embutir no custo tanto os juros dos empréstimos quanto os “juros” do dinheiro próprio.

  45. DEPRECIAÇÃO Está errado o produtor que acha que não deve calcular depreciação do maquinário porque usa pouco, pois além de não considerar o valor de reserva anual para a sua reposição, ele não está aproveitando o máximo desse equipamento. Isso é um desperdício que deve ser eliminado das propriedades rurais porque o custo de máquinas e equipamentos da propriedade é elevado e eles devem ser adquiridos para gerar a máxima produtividade na fazenda. Para que o empresário rural se mantenha na atividade no longo prazo, é necessário que ele faça uma poupança para que, ao fim da vida útil do seu maquinário e equipamentos, tenha capital suficiente para substituí-los. Além disso, o produtor deve dimensionar corretamente a sua necessidade de maquinário e implementos, para não sub-utilizar esses bens.

  46. CUSTO DE OPORTUNIDADE DA TERRA Mesmo que a terra utilizada para plantar seja própria, deve-se considerar um determinado valor de uso: a remuneração da terra. O produtor deve utilizar o conceito de Custo de Oportunidade do uso da terra, pois se ele não estivesse na atividade agrícola, poderia, por exemplo, arrendar sua terra para terceiros e, com isso, obter uma renda por ela. Uma sugestão de cálculo sobre o Custo de Oportunidade da terra é o valor de arrendamento mais comum na região. Uma outra opção é calcular uma taxa de rendimento financeiro (de baixo risco) no valor de mercado da terra nua.

  47. LUCRO NÃO É SALDO DE CAIXA O lucro da sua empresa não é o saldo do extrato bancário no final de um ano-safra, pois o que sobrou no caixa é um lucro de curto prazo. Esse saldo pode não ser suficiente para cobrir necessidades de investimentos futuros na propriedade, tornando o empreendimento inviável no longo prazo. O produtor deve ter esse cálculo em mente no longo prazo, senão ele não conseguirá ter um quadro claro do seu investimento e saber se é realmente lucrativo. O lucro real de um empreendimento é obtido quando o produtor deduziu da sua receita bruta o Custo Total apurado corretamente.

  48. PRINCIPAIS CONCEITOS Depreciação Custo administrativo Custo de oportunidade

  49. PRINCIPAIS CONCEITOS Depreciação Toda estrutura física de uma fazenda – benfeitorias, instalações, maquinário, implementos, equipamentos e a própria cultura (no caso das perenes) – perde seu valor de aquisição/formação ao longo dos anos. Ao término da vida útil deste bem, haverá a necessidade de uma reposição ou até mesmo de uma nova tecnologia. O objetivo é poupar anualmente esse montante para ter capacidade financeira de repô-lo ao final da sua vida útil.

  50. Inclui custos necessários para o gerenciamento da atividade rural. Esses itens podem parecer, às vezes, pouco significativos em termos de valor, mas, quando somados, tornam-se importantes. Pessoal da contabilidade, viagens técnicas, assistência agronômica, energia elétrica e telefone são os principais itens. Custo administrativo (despesas gerais)

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