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CURSO DE PLANTAS MEDICINAIS

CURSO DE PLANTAS MEDICINAIS. AULA 7. Fatores que afetam a produção de princípios ativos B) Implantação da horta medicinal. Adão Luiz C. Martins Engº agrônomo. Bibliografia. Fatores que afetam a produção de princípio ativo - p.a. Fatores internos (da própria planta)

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CURSO DE PLANTAS MEDICINAIS

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Presentation Transcript


  1. CURSO DE PLANTAS MEDICINAIS AULA 7 • Fatores que afetam a produção de princípios ativos • B) Implantação da horta medicinal Adão Luiz C. Martins Engº agrônomo

  2. Bibliografia

  3. Fatores que afetam a produção de princípio ativo - p.a. • Fatores internos (da própria planta) • Genético: número cromossômico • Estágio de desenvolvimento • Fatores externos (ambientais) • Climáticos: luz, temperatura, umidade, fotoperíodo • Solos • Época do ano (estações) • Latitude • Altitude • Tratos culturais (adubação, irrigação)

  4. METABOLISMO • Conjunto de reações químicas que ocorrem continuamente em cada célula de um organismo • Metabólitos: compostos químicos formados, degradados ou transformados • Direção das reações rotas metabólicas • Enzimas específicas • Condições favoráveisFatores

  5. Tipos de Metabolismo Vegetal • Metabolismo primário: aproveitamento dos nutrientes para satisfazer as exigências fundamentais da célula: • Energia • Síntese de substâncias essenciais (carboidratos, proteínas, lipídeos, ácidos nucleicos, etc.) • Processos principais: fotossíntese e respiração • Comum à maioria dos organismos vegetais

  6. Metabolismo Secundário • Metabolismo secundário (ms): os vegetais produzem, transformam e acumulam outras substâncias não necessariamente essenciais à manutenção de suas vidas: • são os metabólitos secundários • no contexto da farmacologia e da medicina: são os princípios ativos • Produção restrita a um nº limitado de organismos.

  7. Função MS para a espécie produtora - mecanismos de sobrevivência e perpetuação no seu meio: • Defesa contra herbívoros e microrganismos; • Proteção contra os raios ultravioleta; • Atração de polinizadores e dispersores de sementes • Alelopatias

  8. Elevada capacidade biossintética dos vegetais (nº de substâncias e diversidade): Ex.: Catharanthusroseus G. Don. (vinca) – só em alcalóides – mais de 90 compostos diferentes • Explicável em parte: as plantas fixas no solo • Plantas: comunicação química • Co-evolução de plantas e animais - defesa ou atração

  9. Metabolismo vegetal secundário

  10. Metabolismo primário e secundário não ocorrem de forma independente em um mesmo produtor: metabolismo da glicose • Condições ideais para produção de biomassa (crescimento da planta) podem ser diferentes das condições ideais para produção do p.a. • Evidências: plantas em situação de estresse (hídrico, nutricional, ataque microbiano) produzem mais p.a.

  11. Solução: estabelecer como regra para produção de p.a., a exposição da planta à condição de estresse??? • Qual a dimensão desse estresse? • A menor produção de p.a. pode ser compensada pela maior produção de fitomassa (maior rendimento por planta ou por área)

  12. Fatores internos Número cromossômico

  13. Estagio de desenvolvimento • Caso Tribo Sul Amazonas ( Prof. Di Stasi c/chefe Tuxaua) • Teor p.a. varia com a idade da folha, com o ciclo (vegetativo, reprodutivo), idade da planta • Menthapiperita: > p.a. na fase adulta • Artemisiaannua: > p.a. após indução floral • Distribuição não homogênea – cada planta acumula em um ou mais órgãos (raiz, folha, flor, caule, semente, fruto, casca, etc.)

  14. FATORES EXTERNOS • Climáticos: • luz • fotoperíodo • temperatura • umidade • Altitude • Latitude • Solo / adubação

  15. LUZ • Luz: fotossíntese, crescimento, estiolamento • Quantidade de luz: decisivo para escolha do local e/ou das espécies: • Pleno sol: maioria - alecrim, alfavaca, arruda, arnica, babosa, boldo, camomila, calêndula, erva-doce, funcho, mentruz, picão, capim-santo, etc. • Pleno sol / toleram meia-sombra: bálsamo, capuchinha, confrei, guaco, hortelã, manjericão, manjerona, mil-folhas, poejo, quebra-pedra, etc. • Meia-sombra: espinheira-santa, folha-da-fortuna, guaçatonga, pariparoba.

  16. Fotoperíodo Proporção de horas de luz e escuro em 24h (duração do dia e da noite) –– florescer ou tuberizar (formar bulbos, tubérculos) • Plantas de dias curtos: florescem abaixo de nível crítico – ex.: espécies tropicais • Plantas de dias longos: florescem acima de um nível crítico – Ex.: espécies clima temperado • Indiferentes: florescem independente/e fotoperíodo

  17. Temperatura • Cada espécie - T mínima, máxima, faixa ótima – desenvolvimento, fitomassa, flores, p.a. • Origem da planta / habitat: indicativo para definir região e local de plantio • Dois grupos: • Plantas de clima mais quente: erva-baleeira, açafrão, capim-limão, boldo, arruda, babosa, guaraná, jurubeba, joá, pimenta, jaborandi, maracujá, funcho, ipecacuanha, catuaba, etc. • Plantas de clima mais ameno: camomila, macela, calêndula, guaco, capuchinha, estévia, dedaleira, bardana, confrei, espinheira-santa, sabugueiro, etc. • Dica: frutos (quentes) / raízes e flores (amenos)

  18. Umidade • Água: essencial para o metabolismo da planta, crescimento e desenvolvimento • Necessidade varia entre as espécies • conhecer o habitat natural (planta da caatinga ou cerrado será menos exigente que uma planta da Amazônia / Pantanal) • Produção de p.a.: • excesso de água: redução do p.a. • falta (moderada): aumento do p.a. (alcalóides, glicosídeos cianogênicos, etc)

  19. Altitude • Altitude: diretamente ligada à temperatura (diminui cerca de 1ºC a cada 200m) • Planta clima quente: < fitomassa e p.a. • Plantas produtoras de alcalóides: > teor de p.a. nas baixas altitudes (> atividade metabólica pela maior Temp.) • Locais altos: mais frios e úmidos – escolher plantas de climas mais amenos.

  20. Latitude • Latitude: distância de uma região em relação à linha do Equador (determina fotoperíodo) • Plantas em latitudes equivalentes (N / S): diferente produção de p.a. (Ex. Daturastramonium – maior teor de alcalóides na lat. Sul) • Plantas aromáticas: alecrim, tomilho, capim-limão, erva-doce, camomila– origem em lat. 40 a 60º - espera-se > produção de óleos essenciais nessas latitudes. • Baixa qualidade das plantas aromáticas no Brasil e a ausência de flor e/ou fruto

  21. Solo • Origem da planta: indicação do tipo de solo para cultivo – ex.: marcela – ocorre em solos ácidos e pobres em fertilidade; • Espécies de raízes e rizomas (bardana, gengibre, açafrão, etc.): solos mais soltos – mais arenosos; • Espécies produtoras de muita biomassa (hortelã, poejo, confrei, melissa, etc.): solos ricos em matéria orgânica;

  22. Espécies atacadas por doenças (melissa, mil-folhas, tomilho, etc.) – evitar solos muito argilosos e com má drenagem; • Espécies rústicas - qualquer tipo de solo, desde que bem drenado: artemísia, assa-peixe, carqueja, dente-de-leão, mentruz, catinga-de-mulata, erva-de-santa-maria,sabugueiro, picão, quebra-pedra, etc. • Espécies solos úmidos / encharcados: cavalinha, chapéu-de-couro, cana-do-brejo, etc.

  23. Adubação / calagem • Adubação em excesso (princ. N) – muita biomassa e redução do p.a. • Opção melhor: adubação orgânica • Uso moderado do calcário (pH 6 a 6,5) Legenda: (+) aumenta (-) diminui (?) varia conforme espécie

  24. Parte II Implantação da horta medicinal

  25. ESCOLHA DO LOCAL Exigências para a maioria das espécies: Exposição ao sol: pelo menos 5 h / dia; Disponibilidade de água de boa qualidade; Terrenos planos ou ligeiramente inclinados; Terrenos não sujeitos a encharcamentos; Solo de textura média; bem arejado e com bons teores de mo; pH de 6,0 a 6,5 Protegido ventos frios e fortes

  26. CONHECER O SOLO • COR • Profundidade • Textura • Estrutura • Matéria orgânica • pH: ácido / neutro / alcalino (básico) • Matéria orgânica • Fertilidade • Química • Física • Biológica

  27. Amostragem do solo

  28. Ferramentas e materiais necessários • Em pequenas áreas, todas as operações são manuais: • Enxada • Enxadão • Rastelo • Forcado • Pá reta e curva • Sacho • Colher de transplante • Regador • Mangueira c/esguicho • Carrinho de mão • Pulverizador 1 a 5 l • Cavadeira • Serrote e tesoura de poda • Estacas, barbante • Marreta, martelo

  29. Preparo do solo Limpeza do terreno: capinas, remoção de tocos e entulhos; Locais sujeitos a encharcamentos: evitar ou efetuar a drenagem; Revolvimento do solo: 20-25cm; umidade (nem seco, nem encharcado); Construção dos canteiros

  30. Construção dos canteiros • Dimensões: • Largura: 0,80m a 1,20m • Altura: 20 a 25cm • Comprimento: variável (hortas pequenas<10m) • Distância entre canteiros: 30 a 40cm • Demarcação: com estacas e barbante; • Áreas inclinadas: construir em nível.

  31. Canteiros com bordas Canteiros sem bordas

  32. Terrenos inclinados : construção dos canteiros em nível

  33. Hortas em recipientes

  34. ESCOLHA DA(S) PLANTA(S) • Horta caseira / comunitária: iniciar com plantas de fácil cultivo / uso consagrado e comprovado; • Escolher espécies úteis aos usuários: atender doenças que ocorrem no grupo; • Plantas adaptadas às condições locais: solo, luz, fotoperíodo, umidade, etc.; • local de ocorrência natural da espécie / observar a natureza • Ex.: capim-limão ocorre locais a céu aberto e espinheira-santa sob o dossel de uma floresta (planta do sub-bosque)

  35. Nutrição mineral da planta Nutrientes (maioria plantas): Orgânicos: C, H, O Minerais (inorgânicos): Macronutrientes: N, P, K, Ca, Mg, S. Micronutrientes: B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn Algumas plantas: Na, Co, Si, Ni e Se

  36. Adubos químicos x adubos orgânicos • Adubos químicos: simples ou formulados, solúveis, mais concentrados, fornecem poucos nutrientes, liberação rápida; • Adubos orgânicos: de origem animal ou vegetal, menos concentrados, fornecem maior nº. nutrientes, liberação lenta.

  37. Adubação orgânica • Cultivo orgânico: adubações equilibradas, fontes orgânicas e minerais pouco solúveis; • Adubos orgânicos: curtidos ou humificados; • Adubos não curtidos: antecedência 30-40d, revolver o solo e irrigar • Aplicar em área total (nos canteiros) ou nas covas • Fontes de P (fósforo): fosfato natural, farinha de ossos e termofosfato;

  38. Fontes de N (nitrogênio) e matéria orgânica(MO): estercos de animais; adubos verdes, compostos orgânicos, tortas vegetais, húmus de minhoca, palhas e restos vegetais, etc. • Fontes de K (potássio):cinzas vegetais, pós de rocha (granito e basalto), sulfato de K e sulfato duplo de K e MG;

  39. Calagem • Calagem: aplicação de calcário para corrigir o pH do solo • Maioria dos solos: ácidos (pH<7,0) • Escala de pH: 0 a 14 (neutro = 7,0 ; básico ou alcalino – pH>7,0) • Maioria das plantas medicinais e ervas aromáticas: pH de 6,0 a 6,5; • Quantidade: 200g/m2 • Incorporar ao solo e irrigar. a lanço Na cova

  40. Formas de adubação Adubação em faixas Adubação em sulcos Adubação em coroa

  41. Formas de adubação Adubação foliar Adubação a lanço

  42. Recomendações de adubação • Plantio em canteiros (por m2) • 15 a 20 l de esterco bovino curtido ou composto; • 200g superfosfato ou farinha de ossos • 300g de cinzas vegetais • Plantio em covas: • 1,5 a 2 l de esterco bovino ou composto; • 200g de termofosfato ou farinha de ossos; • 200g de cinzas vegetais. • O esterco bovino pode ser substituído por: esterco de galinha (1/3 da quantidade) ou torta de mamona (1/10)

  43. Tratos culturais • Revolvimento ou escarificação do solo • Desbaste • Controle do mato – várias invasoras - comestíveis e medicinais • Podas e desbrotas • Cobertura morta • Adubação de cobertura • Irrigação: quantidade / horário /sistema de irrigação

  44. Dúvidas???? Não?!? então... OBRIGADÃO!!!! e-mail: alcmartins@prefeitura.sp.gov.br Tel.: 2741-5959

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