1 / 9

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

PUC/RS - FFCH Curso de Filosofia Metodologia Filosófica Prof. Nereu R. Haag Turma 256 - 2 AB-CD - 2012/I Alunos: Herika Giordana , Luis Samuel, Marion Buava , Paola Perazzo , Rodolfo Anselmo . TEMA: PLATÃO: Um mito . Apresentado na aula em: 04/06/2012 .

goldy
Download Presentation

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. PUC/RS - FFCHCurso de FilosofiaMetodologia FilosóficaProf. Nereu R. HaagTurma 256 - 2 AB-CD - 2012/IAlunos: HerikaGiordana, Luis Samuel, Marion Buava, PaolaPerazzo, Rodolfo Anselmo .TEMA: PLATÃO: Um mito.Apresentado na aula em: 04/06/2012.

  2. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS METODOLOGIA FILOSÓFICA NEREU HAAG ALUNOS: HERIKA GIORDANA, LUIS SAMUEL, MARION BUAVA, PAOLA PERAZZO, RODOLFO ANSELMO • PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL • FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS • INTRODUÇÃO À FILOSOFIA – FILOSOFIA

  3. Platão

  4. I. Um mito PLATÃO O que primeiro devem aprender é qual é a natureza do homem e quais foram suas provações. A humanidade compreendia três gêneros, havia um terceiro, o andrógino era um gênero distinto e que, tanto pela forma como pelo nome, tinha algo dos outros dois, ao mesmo tempo do macho e da fêmea. A forma de cada um desses homens era inteiriça, sendo as costas redondas e os flancos circulares. E por que esses gêneros eram em número de três, e assim constituídos? É que o masculino é originaria­mente um rebento do sol; o feminino, da terra; e o que participa dos dois, rebento da lua, já que também a lua participa dos outros dois astros. Eram seres de uma força e de um vigor prodigiosos; chegaram a desafiar os deuses. Ora, Zeus e as outras divindades perguntavam-se o que deviam fazer, pois não podiam fazer eles perecerem. Zeus toma a palavra: "Acho que sei de um jeito, de fazer eles ficarem enfraquecidos. Vou cortar cada um deles pela metade. E, se mesmo assim perseverarem em sua arrogância e não quiserem nos deixar em paz, então tornarei a cortá-los em dois, de modo que andem sobre uma perna só, aos pulos." Dizendo isso, cortou os homens em dois. Aos que havia assim cortado, mandava a Apolo que lhes virasse o rosto e a metade do pescoço para o lado do corte: o homem, tendo sempre sob os olhos o que sofrera, seria mais moderado.

  5. Nessas condições, dividira em dois o ser natural. Então cada metade, com saudades da outra, envolvendo-se com os braços e enlaçadas uma à outra, no desejo de formarem um único ser. Compadecido, Zeus concebe um novo artifício: passa-lhes para a frente as partes pudendas, pois, até então, era na face posterior que estas se encontravam, a geração e o parto se dando individualmente em contato com a terra como acontece com as cigarras. Seu objetivo era este: o acasalamento devia ter por efeito, no encontro de um homem e uma mulher, que houvesse geração e reprodução da espécie; ao mesmo tempo, no encontro de um macho com um macho, que a satisfação fosse ao menos o fruto de seu comércio e que, saciados, pudessem voltar-se para a ação, interessando-se pelas demais coisas da existência. Desde esse tempo remoto que no coração dos homens se implantou o amor de uns pelos outros, amor pelo qual é reunida nossa natureza primeira, amor cuja ambição é fazer, de dois seres, um só, e assim curar a natureza humana. (O banquete, 189 d-191 d, mito de Aristófanes trad. Francesa de L. Robin, ed. Belles-Lettres)

  6. Mito: discurso vazado nas formas da narrativa figurada, porque não há Idéia daquilo que ele visa, não havendo portanto dialética possível para nos elevar à ciência. Como somos seres encarnados, vivendo neste mundo, no tempo, não podemos proceder a não ser por representações, símbolos, imagens, ficções. O pensamento, porém, funcionando em sentido contrário da imaginação, consegue extrair dela a significação. Interpretado, o processo mítico é transcrito em gênese racional. A antropologia fantástica de Aristófanes situa-se entre a pilhéria (que distancia) e o "mistério" (cerimonial iniciático para fazer do neófito um mustês - aquele que é iniciado nos mistérios). Tema geral: a origem de eros (o amor-desejo). Tese: eros, fruto de uma divisão, é o grande mediador. Objeto de discussão: compreender a condição humana. Momentos do texto: 1) quadro da natureza original do homem; 2) a punição divina: ato de nascimento de nossa natu­reza atual; 3) nascimento e funções de eros.

  7. Idéias e argumentos • - Nossa natureza humana não é uma essência intemporal, mas um resultado. Esse resultado depende de um acidente dramático, decorrente da tentativa dos homens, movidos pela hubris (desmedida), de rivalizar com os deuses. • - Para apreciar nossa natureza atual e o alcance desse acidente, cumpre produzir, pelo jogo fantástico da imaginação, o padrão da integridade primitiva. • - Não se trata apenas do mito do andrógino, como se repete com frequência, já que existem três tipos de seres primitivos: macho-macho, fêmea-fêmea, macho-fêmea (o andrógino). • - Os gêneros masculino e feminino dependem de uma simbólica cósmica (macho = sol, fêmea = terra, misto = lua) e não da divisão em sexos (sexus = dividido), que é posterior. • - O que motiva a "queda" do homem não é sua imperfeição nativa, mas, ao contrário, sua perfeição (simbolizada por sua compleição esférica, etc.), que provoca a hubris. • Os homens são intoleráveis, mas os deuses têm necessidade dos homens, que só são homens se permanecem em seu lugar, que é intermediário (nem animais, nem deuses). • - O homem atual afigura-se nos como um "indivíduo", quando na verdade é um "divíduo" (um dividido). É o que o faz “andar direito", literalmente. Se não o fizer, será punido de novo, e andará numa perna só.

  8. - Apolo-médico trata e ajeita o dividido, para torná-lo viável, fazendo que ele veja a marca de sua condição dividida e dependa de outro. • - A sexualidade decorre da divisão do homem em dois, não dos gêneros (cósmicos) macho e fêmea. • - Essa sexualidade se distingue da reprodução, já que a geração pode reduzir-se a um contato com a terra (cigarras) e as relações macho-macho e fêmea-fêmea não são reprodutivas. • -O amor-desejo é o efeito da divisão; portanto ele está, como os sexos, ligado à existência e não à essência. • - Nascido da divisão, ele é negativo, marca em baixo relevo da integralidade - da integridade - perdida. • - Eros não é primeiramente sexualidade, mas busca de totalidade reunificada (porque perdida). Esse é o sentido de todas as relações amorosas em geral. • - A relação homem-mulher não é senão um caso entre os três possíveis, mas o único a permitir a continuação da humanidade (procriação). • - Eros resolve o problema da hubris, pois leva o homem a unir-se a seus semelhantes e não aos deuses. • - O amor não produtivo (procriação impossível entre ma­cho-macho e fêmea-fêmea) engendra apenas a saciedade do prazer erótico. • Essa saciedade constitui seu limite e engendra o tédio (e não filhos). A energia erótica exprime-se então por outros meios: a ação. • - Eros, como mediador da totalidade, é o grande médico de nossa condição humana.

  9. Lição Eros, o amor-desejo, é o efeito, a marca e o remédio de nossa natureza em "queda", e a chave de todas as atividades humanas. Ele é fundamentalmente aspiração à totalidade (re)unificada, portanto mediador de todos os seres encarnados. Mas ele só ultrapassará este mundo aspirando à Beleza em si, que é de uma outra ordem.

More Related