1 / 22

SIMBOLISMO 1896 - 1902

SIMBOLISMO 1896 - 1902.

gilead
Download Presentation

SIMBOLISMO 1896 - 1902

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. SIMBOLISMO 1896 - 1902

  2. Em uma época que, sob o pretexto naturalista, a arte foi reduzida somente a uma imitação do contorno exterior das coisas, os simbolistas voltam a ensinar aos jovens que as coisas também têm alma, alma da qual os olhos humanos não captam mais do que o invólucro, o véu, a máscara. O Simbolismo define-se assim pelo anti-intelectualismo. Propõe a poesia pura, não racionalizada, que use imagens e não conceitos. É uma poesia difícil, hermética, misteriosa, que destrói a poética tradicional.

  3. Inimiga do ensinamento, da declamação, da falsa sensibilidade, da descrição objetiva, a poesia simbolista procura vestir a Idéia de uma forma sensível.

  4. Os simbolistas retomam a subjetividade da arte romântica com outro sentido. Os românticos desvendavam apenas a primeira camada da vida interior, onde se localizavam vivências quase sempre de ordem sentimental. Os simbolistas vão mais longe, descendo até os limites do subconsciente e mesmo do inconsciente. Este fato explica o caráter ilógico ou o clima de delírio de grande parte de sues poemas, como no fragmento de Cruz e Sousa: Cristais diluídos de clarões álacres,Desejos, vibrações, ânsias, alentos,Fulvas vitórias, triunfamentos acres,Os mais estranhos estremecimentos

  5. "A música antes de qualquer coisa." A música é obrigatória, como nesta espécie de receita poética de Cruz e Sousa: Derrama luz e cânticos e poemasNo verso e torna-o musical e doce Como se o coração, nessas supremasEstrofes, puro e diluído fosse. Mesmo a morte, na obra do simbolista brasileiro, possui uma terrível musicalidade: A música da Morte, a nebulosa,Estranha, imensa música sombria,Passa a tremer pela minh'alma e friaGela, fica a tremer, maravilhosa...

  6. CRUZ E SOUZA OBRAS PRINCIPAIS: Broquéis (1893) - Missal (1893) - Evocações (1899) - Faróis (1900) Últimos sonetos (1905) A obra de Cruz e Sousa é a mais brasileira de um movimento que foi, entre nós, essencialmente europeu. Nela opera-se uma tentativa de síntese entre formas de expressão prestigiadas na Europa e o drama espiritual de um homem atormentado social e filosoficamente. O resultado passa, às vezes, por poemas obscuros, mas na maioria dos casos, a densidade lírica e dramática do "Cisne Negro" atinge um nível só comparável ao dos grandes simbolistas franceses. O primeiro aspecto que percebemos em sua poética é a linguagem renovadora.

  7. A musicalidade se dá através de aliterações. Sejam em v: Vozes veladas, veludosas vozes,volúpias dos violões, vozes veladasvagam nos velhos vórtices* velozesdos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas*... . Sejam em m : Mudas epilepsias, mudas, mudas,    mudas epilepsiasMasturbações mentais, fundas, agudas    negras nevrostenias*.

  8. TEMA DE CRUZ E SOUZA A obsessão pela cor branca O erotismo e sua sublimação O sofrimento da condição negra A espiritualização Se caminhares para a direita, baterás e esbarrarás ansioso, aflito, numa parede horrendamente incomensurável de Egoísmos e Preconceitos! Se caminhares para a esquerda, outra parede, de Ciências e Críticas, mais alta do que a primeira. Se caminhares para a frente, ainda nova parede, feita de Despeito e Impotências, tremenda, de granito, broncamente se elevará do alto! Se caminhares, enfim, para trás, há ainda uma derradeira parede, fechando tudo, fechando tudo - horrível! - parede de Imbecilidade e Ignorância, te deixará n'um frio espasmo de terror absoluto. (...) E as estranhas paredes hão de subir - longas, negras, terríficas! Hão de subir, subir, subir mudas, silenciosas, até as Estrelas, deixando-te para sempre perdidamente alucinado e emparedado dentro do teu Sonho...

  9. ALPHONSUS DE GUIMARAENS (1870-1921) Mineiro, passado quase toda a sua vida nas cidades barrocas e decadentes da região aurífera, Alphonsus de Guimarães sofreu as influências ambientais dessas cidades, povoadas apenas, no dizer de Roger Bastide, "de sons e sinos, de velhas deslizando pelos becos silenciosos, de vultos que se escondem à sombra das muralhas. Cidades de brumas, conhecendo as mesmas existências cinzentas e os mesmos fantasmas noturnos: donzelas solitárias, vestidas de luar." Sua poesia gira em torno de pouco assuntos: a morte da amada a religiosidade litúrgica

  10. E como um anjo pendeuAs asas para voar...Queria a lua do céu,Queria a lua do mar...As asas que Deus lhe deuRuflaram de par em par...Sua alma subiu ao céu,Seu corpo desceu ao mar ISMÁLIA Quando Ismália enlouqueceu,Pôs-se na torre a sonhar...Viu uma lua no céu,Viu outra lua no mar.No sonho em que se perdeuBanhou-se toda em luar...Queria subir ao céu,Queria descer ao mar...E, no desvario seuNa torre pôs-se a cantar...Estava perto do céu,Estava longe do mar...

  11. E como um anjo pendeuAs asas para voar...Queria a lua do céu,Queria a lua do mar...As asas que Deus lhe deuRuflaram de par em par...Sua alma subiu ao céu,Seu corpo desceu ao mar Quando Ismália enlouqueceu,Pôs-se na torre a sonhar...Viu uma lua no céu,Viu outra lua no mar.No sonho em que se perdeuBanhou-se toda em luar...Queria subir ao céu,Queria descer ao mar...E, no desvario seuNa torre pôs-se a cantar...Estava perto do céu,Estava longe do mar...

  12. Parnasianismo "Não há nada mais belo que algo que não serve para nada...".

  13. ORIGEM Movimento literário de origem francesa, deu-se na década de 60, através da revista Parnase contemporain, dirigida por Théophile Gautier, e representou na poesia o espírito positivista e científico da época, surgindo no século XIX em oposição ao romantismo. Nasceu com a publicação de uma série de poesias, precedendo de algumas décadas o simbolismo. O seu nome vem do Monte Parnaso, a montanha que, na mitologia grega era consagrada a Apolo e às musas, uma vez que os seus autores procuravam recuperar os valores estéticos da Antiguidade clássica.

  14. CARACTERÍSTICAS • Cultivado na França e no Brasil, Apresenta: • uma postura anti-romântica, ou seja, uma espécie de reação contra os excessos emotivos do Romantismo,uma forma de negação ao individualismo ultra-romântico, considerado pouco objetivo e ridiculamente sentimental, • assuntos universais inspirados na Antigüidade Clássica e no Renascimento (fonte de inspiração) e também é uma espécie de oposição ao Romantismo, que era voltado ao medievalismo. • Valorização da objetividade temática, da impassibilidade e a impessoalidade, passam a encarar a poesia como um exercício da arte pela arte, ou seja, o culto à formana busca de atingir a perfeição.

  15. Poesia com vocabulário refinado, geralmente na ordem indireta, que retrata episódios históricos, fenômenos da natureza e que descreve de forma pormenorizada objetos decorativos como vasos e bibelôs. • Devido ao conceito da arte pela arte, ou seja, a arte só serve para criar beleza, e do distanciamento dos problemas morais, sociais, políticos e religiosos essa poesia tornou-se fria e totalmente alienada. • Em total oposição ao amor espiritual e à mulher idealizada pelos Românticos, os Parnasianos cultivaram o amor mais carnal e a mulher passou a ser vista como um ser concreto. Vênus, a deusa da beleza na mitologia grega, por ser pagã, passou a ser considerada o modelo ideal da figura feminina. • Característica mais marcante é o culto à forma.

  16. Principaisautores Olavo Bilac foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros pela revista Fon-Fon em 1907. Juntamente com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia, foi a maior liderança e expressão do parnasianismo no Brasil, constituindo a chamada Tríade Parnasiana. A publicação de Poesias, em 1888 rendeu-lhe a consagração. Ele já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Rui Minharro na minissérie "Chiquinha Gonzaga" (2002) e Carlos Alberto Riccelli no filme "Brasília 18%" (2006). Raimundo Corrêa Olavo Bilac Alberto de Oliveira

  17. PERFEIÇÃO FORMAL MÉTRICA RÍGIDA LINGUAGEM EXTREMAMENTE TRABALHADA ALBERTO DE OLIVEIRA(1857-1937) • POESIA DESCRITIVA • IMPASSIVIDADE • O CULTO DA ARTE PELA ARTE • A EXALTAÇÃO DA ANTIGÜIDADE CLÁSSICA

  18. Vaso ChinêsEstranho mimo aquele vaso! Vi-o, Casualmente, uma vez, de um perfumado Contador sobre o mármor luzidio, Entre um leque e o começo de um bordado. Fino artista chinês, enamorado, Nele pusera o coração doentio Em rubras flores de um sutil lavrado, Na tinta ardente, de um calor sombrio. Mas, talvez por contraste à desventura, Quem o sabe?... de um velho mandarim Também lá estava a singular figura. Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a, Sentia um não sei quê com aquele chim De olhos cortados à feição de amêndoa. Alberto de Oliveira

  19. POESIA FILOSÓFICA, DE MEDITAÇÃO, MARCADA PELA DESILUÇÃO E POR UM FORTE PESSIMISMO RAIMUNDO CORREIA(1859 – 1911) • TEMAS TÍPICOS DA ESTÉTICA PARNASIANA: A NATUREZA, A PERFEIÇÃO FORMAL, A CULTURA CLÁSSICA

  20. MAL SECRETO Se a cólera que espuma, a dor que moraN'alma, e destrói cada ilusão que nasce, Tudo o que punge, tudo o que devoraO coração, no rosto se estampasse;Se se pudesse, o espírito que chora,Ver através da máscara da face,Quanta gente, talvez, que inveja agoraNos causa, então piedade nos causasse!Quanta gente que ri, talvez, consigoGuarda um atroz, recôndito* inimigo,Como invisível chaga cancerosa!Quanta gente que ri, talvez existe,Cuja ventura única consisteEm parecer aos outros venturosa!"

  21. OLAVO BILAC(1865-1918) • AUTOR DA LETRA DO HINO À BANDEIRA • TEMAS: O AMOR, O CULTO À PÁTRIA, A ADMIRAÇÃO PELO TRABALHO E PELO PROGRESSO, O CULTO AO SACRIFÍCIO E AO HEROÍSMO, A DOR DA SAUDADE, A TENTAÇÃO DO PECADO

  22. LÍNGUA PORTUGUESA Última flor do Lácio, inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela... Amo-te assim, desconhecida e obscura, Tuba de alto clangor, lira singela, Que tens o trom e o silvo da procela E o arrolo da saudade e da ternura! Amo o teu viço agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, ó rude e doloroso idioma, Em que da voz materna ouvi: "meu filho!" E em que Camões chorou, no exílio amargo, O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

More Related