MINISTÉRIOS FEMININOS NA IGREJA CATÓLICA

MINISTÉRIOS FEMININOS NA IGREJA CATÓLICA

LUGAR DA MULHER X MAGISTÉRIO UNIVERSAL • É evidente e incontestável a majoritária presença e atuação das mulheres na Igreja, assumindo as mais diversas funções e serviços. • A linguagem eclesial teológica-litúrgica e missionária continua discriminando, confirmando e legitimando a prática sexista. “Uma organização sexista, imbuída de exclusivismo masculino, desesperadamente cega diante da violência que exerce para com as mulheres e, em boa parte, responsável pela escravidão em que são mantidas, ainda hoje, tantas mulheres”

Já imaginou uma greve das mulheres na Igreja Católica? • Elas deixariam de enfeitar o altar • Lavar a batina do padre • Arrumar a sacristia • A Catequese e a Liturgia estariam em perigo • Quermesses, leilões e festas de padroeiros não sairiam do papel... • Até os seminários e conventos do sexo oposto perderiam suas cozinheiras

Nós mulheres fazemos de tudo um pouco na Igreja e porque não dizer com muita competência e criatividade. Mas apesar disso não somos reconhecidas nem valorizadas. Somos boas para realizar tarefas, mas nossa ausência é ainda quase total nos órgãos de planejamento e decisão pelo fato de sermos mulheres. “ ... qualquer forma de discriminação nos direitos fundamentais da pessoa, seja ela social ou cultural, ou funde-se no sexo, raça, cor, condição social, língua ou religião, deve ser superada e eliminada, porque contrário ao plano de Deus. É de lamentar, realmente, que aqueles direitos fundamentais da pessoa ainda não sejam garantidos por toda a parte” (GS, n. 29).

Puebla • “A mulher deve contribuir eficazmente na missão da Igreja, não como recurso suplementar da hierarquia, mas como agente de pleno direito e como parte da comunidade Eclésia, tanto na coordenação pastoral quanto na tomada de decisões, no planejamento e na coordenação das tarefas (DP 845). • Mas quando se trata de confiar-lhes os ministérios, coloca-se o limite: a mulher só pode aspirar aos não-ordenados.

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REFERÊNCIAS PARA UM DEBATE 1. A ministerialidade da Igreja implica pluralidade de ministérios • O leque de serviços que poderiam corresponder à diversidade dos ministérios (carismas e dons do espírito) não consegue se abrir de forma co-responsável muitas vezes pelo monopólio exercido pelo ministério ordenado, tido como “vocação especial” de homens aptos para receber e exercer os “poderes sagrados”. • Para desconstruir isso é preciso “empoderar as mulheres” para além do ministério ordenado, ou seja na apropiação e produção do saber, na organização e na articulação de ações micro e macro, constituindo-se uma rede de poder compartilhado que questione a Igreja.

2. Uma Igreja de comunhão e participação • O ministério ordenado define o estatuto e o poder na atual estrutura da Igreja. Uma estrutura hierárquica e piramidal. Um poder centralizado, criticado e denunciado por mulheres e homens que acreditam numa Igreja de comunhão e sabem que uma Igreja de iguais é impossível na atual estrutura. • Com a eclesiologia de comunhão e participação, as mulheres, os leigos deixam de ser discutido como um tema periférico. O Batismo torna todos fundamentalmente iguais, todos fazem parte do mesmo sacerdócio de Cristo, a Igreja é o Povo de Deus e a hierarquia deve estar a serviço desse povo.

3. Discursos que produziram(em) a mulher na igreja católica • Suplência e submissão que se culturalizou nas comunidades e é vivido como normal, como ato de amor a Igreja e como virtude, pelas próprias mulheres. • Muitas mulheres introjetaram o papel de “Maria”, a serva disponível, humilde, serviçal e submissa a vontade do Pai, que nem se quer aceitam a idéia de rever discursos e papéis que assujeitam.

PAGU Mexo, remexo na inquisição Só quem já morreu na fogueira Sabe o que é ser carvão Eu sou pau prá toda dora Deus dá asas à minha cobra Minha força não é bruta Não sou freira nem sou puta

Porque nem toda feiticeira é corcunda Nem toda brasileira é bunda Meu peito não é de silicone Sou mais macho que muito homem Rá, tá, tá Sou rainha do meu tanque Sou Pagu indignada no palanque Fama de porra-louca, tudo bem Minha mãe é Maria ninguém Não sou atriz-modelo-dançarina Meu buraco é mais em cima

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