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Arquitetura e Sociedade: após as jornadas de junho de 2013

Arquitetura e Sociedade: após as jornadas de junho de 2013. Uma contribuição para Conferência do CAU de Arquitetos e Urbanistas. Daniel Sousa. Conjuntura.

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Arquitetura e Sociedade: após as jornadas de junho de 2013

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Presentation Transcript


  1. Arquitetura e Sociedade: após as jornadas de junho de 2013 Uma contribuição para Conferência do CAU de Arquitetos e Urbanistas. Daniel Sousa

  2. Conjuntura ... A nossa sociedade tomou as ruas no mês de junho e manifestou sua insatisfação com os governos. A contrariedade contra os abusivos aumentos da passagem e os péssimos serviços de transporte foi se generalizando para diversas reivindicações tais como os gastos estratosféricos e a corrupção das empreiteiras na construção dos estádios para os megaeventos, as péssimas condições dos serviços de saúde, a necessidade de valorização dos profissionais da educação, a defesa dos direitos de gênero e orientação sexual, a proteção dos povos indígenas e comunidades tradicionais contra as expropriações...

  3. Passe livre... Niterói, RJ Brasília Presidente Vargas, RJ Porto Alegre Cinelândia, RJ São Paulo ...pelo Direito à Cidade

  4. HistóriaManifestações Espontâneas 1959 - O que houve foi uma espécie de carnavalização da revolta, pois ao adentrarem na residência dos Carreteiros, os manifestantes usaram as joias, roupas e perfumes das mulheres dos empresários, carregando na atitude um simbolismo da luta contra o grupo que, naquele momento, representava ser o inimigo do povo. Nessa carnavalização, o povo ridicularizou e usufruiu, mesmo que momentaneamente, do luxo adquirido em um curto período de tempo pelos empresários das barcas. (Roberto DaMatta)

  5. 2013 - Contra Quem? Contra o aparelho repressor do Estado Black Bloc contra o Capital Contra a imprensa manipuladora

  6. Reforma Urbana... Greve da Educação Equipamentos de Lazer Luta pela Moradia ...volta a pauta e numa nova cidade...

  7. A cidade “empresa”... • O pragmatismo e o urbanismo de resultados assumiram o lugar dos velhos planos, reguladores, onde a ênfase no projeto se sobrepõem ao plano. Os planos valorizados passam a ser os realizados e não aqueles que eventualmente propunham transformações nas formas de apropriação social da cidade. (Planos do Mercado) • A partir de 1990, a associação direta, sem mediações, entre poder público e interesses privados, é o discurso de legitimação dessas alianças, onde o paradigma da competitividade e a alegada necessidade de atrair investimentos e empregos em um mundo globalizado justifica investimentos públicos, isenções fiscais, concessões na legislação urbanística e cessão de terras públicas para investimentos privados. (PPP) ... na arena política

  8. O que se cobra dos Arquitetos? • Autonomia:exercer e defender a autonomia própria da profissão liberal, de modo que prevaleçam as melhores considerações artísticas, técnicas e científicas sobre quaisquer outras. • Sustentabilidade:considerar o impacto social e ambiental de suas atividades profissionais na execução de obras sob sua responsabilidade e respeitar os valores e a herança natural e cultural da comunidade onde esteja prestando serviços. • Lisura:abster-se de solicitar ou receber quaisquer honorários, remunerações, comissões, gratificações, vantagens, retribuições ou presentes de qualquer tipo em troca de especificações de produtos ou insumos de fornecedores. • Transparência:Condicionar todo compromisso profissional à formulação e apresentação de proposta técnica que inclua com detalhe os produtos técnicos a serem produzidos, sua natureza e âmbito, etapas, prazos, a remuneração requerida e sua forma. • Interesse público:ter ciência de que arquitetos e urbanistas que trabalham em órgãos públicos não podem atuar como parte interessada nos processos que tramitam pelo órgão, nem exercer influência para favorecer ou indicar terceiros para resolver eventuais dificuldades. • (CAU, 2013)

  9. ...Grandes Projetos e Riscos... • A produção de infraestrutura de transporte superam em muito o valor estimado. O erro de cálculo pode chegar a 196% a mais (como foi o caso do projeto de túnel e artéria viária de Boston, EUA). • As obras de infraestrutura de transporte são em média 28% mais caras do que o previsto; • A média do custo para transporte sobre trilhos é de 45%; • Túneis e pontes são na média 34% mais caros do que o calculado; • Rodovias 20% mais caras; • Esse fenômeno é global e tem se mantido inalterado nos últimos 70 anos; • Os cálculos são maquiados para que os projetos se mostrem viáveis e sejam implantados. Isso acontece na Suécia, na Dinamarca, na Alemanha, nos EUA, na Inglaterra. Imaginem aqui no Brasil. MegaprojectsandRisk, (2003) BentFlyvberg, NilsBruzelius e Werner Rothengatter ... a sociedade paga a conta

  10. Arquitetura x Sociedade • Quanto vai custar o metrô até a Barra da Tijuca? Os investimentos nos BRTs, os túneis, viadutos e demais obras de transporte da Operação Urbana Porto Maravilha? • As Olimpíadas e a Copa vão custar muito mais do que os R$ 30 ou 40 bilhões previstos. E isso significa que haverá menos recursos para investimentos em outras áreas, uma vez que os ganhos e retornos com megaeventos e grandes projetos também são, para dizer o mínimo, incertos para a cidade. A única certeza é que quem cobrirá o eventual prejuízo será o poder público. • Vejam o caso do Pan 2007, o sobrecusto de 900% no caso do Engenhão, o erro também monumental de previsão do IPPUC de Curitiba para o cálculo do gasto municipal na reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo que, segundo José Ricardo Faria e outros autores chegará a 800%. (Oliveira, 2013)

  11. Operação Urbana do Centro de Niterói Rupturas com o Planejamento Urbano • Acaba com as AIES e APAU • Possibilita gabaritos de 15, 18, 20 e 40 andares; • Cria uma nova Centralidade na área litorânea; • Não condiciona a mudança de gabarito a implementação da infra estrutura; • Não integra o caminho Niemayer ao tecido histórico de Niterói; • Valoriza os imóveis (onde 42 % população vive com até 3 sm); • Valoriza e condiciona a mudança de classe social no centro; • Problemas de transito – aumento a população em 60 mil pessoas.

  12. Operação Urbana do Centro de Niterói • Não prevê % de CEPAC para construção de Habitação Social; • Não prevê % de CEPAC para infra estruturação das Comunidades da Áreas; • A intenção é arrecadar 1 bilhões de reais para realiar os seguintes serviços: • Aterramento da fiação; Limpeza urbana; Adaptação das vias; Jardins e Praças. • Ignora o Plano Diretor; • Privatização da Cidade;

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