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Escola Superior de Educação Instituto Politécnico do Porto A Educação Sexual vista: pelos/as professores/as Promoção da Educação Sexual: grau de conforto, eficácia pessoal e eficácia de resultados. Carla Serrão Docente na ESE-IPP Voluntária da APF Seminário de Educação Sexual
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Escola Superior de EducaçãoInstituto Politécnico do PortoA Educação Sexual vista: pelos/as professores/asPromoção da Educação Sexual: grau de conforto, eficácia pessoal e eficácia de resultados Carla Serrão Docente na ESE-IPP Voluntária da APF Seminário de Educação Sexual 9 de Setembro de 2011
Finalidade e objectivo da investigação • Construção de um modelo de envolvimento dos/das professores/as em E.S., delineando mudanças ao nível da formação inicial e contínua de professores/as que tornem a didáctica da E.S. numa prática regular, efectiva e eficaz nas escolas. • Neste sentido o objectivo principal do estudo foi o de identificar os factores preditores do envolvimento dos professores em práticas de E.S. em contexto escolar.
desenvolver um instrumento capaz de avaliar o envolvimento do/da professor/a na promoção da E.S.; investigar as variáveis do/a professor/a associadas ao envolvimento na promoção da E.S.; identificar factores preditores do envolvimento do/a professor/a em E.S.. Objectivos específicos, entre outros
Enquadramento A E.S. é um processo ao longo da vida de aquisição de informação e formação de atitudes e valores sobre a identidade, relações interpessoais e intimidade (…) Engloba as dimensões biológica, sócio-cultural, psicológica (…), integrando um domínio cognitivo, um domínio afectivo e um domínio comportamental. (Sexuality, Information and Education Council of the United States – SIECUS, 1996)
Enquadramento • Variáveis relativas à ES: • FI e FC • ACD • Crenças normativas • CE • Professores/as • Famílias • AAE • Intenção • Realiz. comport/ exp. vicar. • Variáveis Psicológicas: • Conforto • Conhecimentos • Envolvimento • Motivação • Importância • Auto-eficácia • Eficácia de Resultados Professor/a Microssistema: Implementação da mudança Práticas de E.S. (e.g., Ajzen & Madden, 1986; Bandura, 1989; Bronfenbrenner, 1979/2002; Health Canada, 1994; Oshi & Nakalema, 2005; Ramiro & Matos, 2008;Reis, 2002; Schultz & Boyd, 1984; Serrão & Barbosa, 2006; Serrão, Barbosa-Ducharne, & Vilar 2006; Wiefferink, Poelman, Linthorst, Vanwesenbeeck, Wijngaarden et al., 2004; Wight & Buston, 2003).
Questões de investigação: • Qual o nível de conforto do/a professor/a na abordagem de diferentes temas de E.S? • Qual o nível de motivação do/a professor/a para a promoção da E.S.? • Eficácia pessoal • Importância atribuída • Eficácia de resultados
Participantes e instrumentos Escolas Professores/as Professores/as N=21 - G1: 8 prof. - G2: 8 prof. - G3: 5 prof. N=13 Entrevista semi-estruturada N=343 QUESME Grupos focais MÉTODO
Participantes Características contextuais dos microssistemas (N=13)
Participantes Variáveis relativas à Educação Sexual (N=305)
Variáveis psicológicas – Estudo quantitativo Medidas descritivas (N=343) RESULTADOS
Grau de Conforto (30 itens) Ciclo menstrual M=4,57 Abstinência sexual M=3,92 Maior conforto Masturbação M=3,59 Preservativos M=4,58 Sonhos molhados M=3,58 Pílula M=4,60 Menor conforto Sexo oral M=3,22 Concepção e gravidez M=4,61 RESULTADOS Sexo anal M=3,09 Amor M=4,73
Grau de Motivação Grau de Motivação Importância M=3,65 Eficácia de resultados + -/neutros M=4,62; M=2,20 M=3,82 Auto-eficácia RESULTADOS
Grau de Motivação: Auto-eficácia (19 itens) • Docentes sentem-se mais capazes: • “ouvir as angústias, receios e hesitações dos meus alunos em matéria de Sexualidade”: M=4,96; • “falar de valores e atitudes na esfera da Sexualidade com os meus alunos”: M=4,38; • “não emitir juízos de valor relativamente às opções e comportamentos dos meus alunos em matéria da sua Sexualidade”: M=4,34. • Docentes sentem-se menos capazes: • “lidar com questões difíceis/ melindrosas relacionadas com a Sexualidade”: M=3,61; • “falar de comportamentos sexuais/ íntimos”: M=3,27; • “fazer ES, mesmo quando os alunos não estão à vontade para falar sobre este assunto”: M=3,17. RESULTADOS
Grau de Motivação: Importância(19 itens) • Docentes atribuem maior importância: • “ensinar aos meus alunos os riscos associados à Sexualidade, nomeadamente das IST’s e da gravidez precoce”: M=5,13; • “falar sobre MC”: M=5,13; • “falar de valores e atitudes na esfera da Sexualidade”: M=5,07. • Docentes atribuem menor importância: • “falar de comportamentos sexuais/ íntimos”: M=3,93. RESULTADOS
Grau de Motivação: Eficácia de Resultados(8 itens) • Docentes atribuem à ES uma eficácia positiva, pois: • “permitirá aos alunos ter mais conhecimentos na esfera da Sexualidade”: M=4,95; • “permitirá aos alunos saber evitar riscos associados à actividade sexual”: M=4,84; • “permitirá que os estudantes desenvolvam as suas competências pessoais e relacionais na esfera da Sexualidade”: M=4,50. RESULTADOS
Modelo de envolvimento do professor na promoção da educação sexual Macrossistema da E.S. Implementação da Inovação Real. comp./exp. vic. Auto-eficácia Conforto Microssistema Ensino Básico e Secundário Microssistema Ensino Superior Processo de envolvimento e concretização da mudança
Implicações No plano das políticas: No plano da formação: - O estabelecimento de orientações curriculares precisas para a integração da E.S. nas ACD e nas ACND facilitou o envolvimento dos/das docentes nesta matéria, ao ter sido clarificado como a E.S. deve ser enquadrada nos PCT, do seu desenvolvimento e da sua avaliação. - É necessário existirem dispositivos de difusão e de acompanhamento da inovação. - Integração da ES no ensino superior (1.º ciclo e 2.º ciclos de estudos). - A utilização de estratégias que visem o desenvolvimento de competências de auto-eficácia e de conforto. Promover realizações comportamentais e experiências vicariantes. - As dificuldades na implementação da inovação da E.S., são transversais a outras tentativas de transformação impulsionadas pelo macrossistema. DISCUSSÃO
Bibliografia Ajzen, I., & Madden, T. J. (1986). Prediction of goal-directed behavior: attitudes, intentions and perceived behavioral control. Journal of Experimental Social Psychology, 22, 453- 474. Anastácio, Z. F. C. (2007). Educação sexual no 1.º CEB, obstáculos e argumentos dos professores para a sua (não) consecução. Dissertação de Doutoramento não publicada, Universidade do Minho, Minho. Retirado a 6 de Junho de 2007 de http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/7337. Anastácio, Z., Carvalho, G., & Clément, P. (s/d). Concepções dos professores de 1º CEB sobre o contributo da educação sexual para a promoção da saúde e sua relação com a formação. Retirado a 6 de Julho de 2008 de https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/4416/1/Anastasio%20et20al. concepcoes.pdf Bandura, A. (1986). Social foundations of thought and action. Englewood Cliffs: NJ Prentice-Hall. Bronfenbrenner, U. (1979/2002). La ecología del desarrollo humano: experimentos en entornos naturales y diseñados [The ecology of human development]. Barcelona: Paidós Ibérica (obra original de 1979). Bronfenbrenner, U. (1979/2002). La ecología del desarrollo humano: experimentos en entornos naturales y diseñados [The ecology of human development]. Barcelona: Paidós Ibérica (obra original de 1979). Reis, M. H. A. (2002). A educação sexual nas escolas portuguesas: os professores como actores da sua implementação. Dissertação de Mestrado não publicada, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa. Reis, M. H. A., & Vilar, D. (2004). A implementação da educação sexual na escola: Atitudes dos professores. Lisboa: Análise Psicológica, 4(XXII), 737-745. Rodriguez, M., Young, M. A., Renfro, S., Ascencio, P. H., & Haffner, M. P. H. (SIECUS) (1996). Teaching our teachers to teach: A SIECUS study on training and preparation for HIV/AIDS prevention and sexuality education, 28(2), 1-10. Serrão, C., & Barbosa, M. A. (2006). Questionário de opiniões sobre Educação Sexual. Resultados obtidos junto de uma amostra de professores. In C. Machado, L. Almeida, A. Guisande, M. Gonçalves, & I. Ramalho (Eds.), Actas da XI Conferência Internacional, Avaliação Psicológica: Formas e Contextos (pp. 621-631). Braga: Psiquilíbrios Edições. Serrão, C., Barbosa-Ducharne, M. A., & Vilar, D. (2006). Opiniões dos professores em relação à educação sexual na escola. In N. Machado, M. L. Lima, M. M. Melo, A. Candelas, & A. Calado (Eds.), VI Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia (pp. 2-20). Évora: Departamento de Psicologia, Universidade de Évora. Wiefferink, C. H., Poelman, J., Linthorst, M., Vanwesenbeeck, I., Wijngaarden, J. C. M. V., et al., (2004). Outcomes of a systematically designed strategy for the implementation of sex education in Dutch secondary Schools. Health Education Research, 20(3), 323-333.