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O TRATAMENTO DO TABAGISMO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O TRATAMENTO DO TABAGISMO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Maria das Graças Rodrigues de Oliveira CONTAD / AMMG Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. INICIAÇÃO AO TABAGISMO. CARACTERÍSTICAS GERAIS A Nicotina é uma droga que causa dependência

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O TRATAMENTO DO TABAGISMO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

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Presentation Transcript


  1. O TRATAMENTO DO TABAGISMO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Maria das Graças Rodrigues de Oliveira CONTAD / AMMG Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte

  2. INICIAÇÃO AO TABAGISMO CARACTERÍSTICAS GERAIS • A Nicotina é uma droga que causa dependência • Contato mais precoce com o fumo  maior risco de experimentação e dependência na adolescência • Adolescência: estabelecimento de dependência mais grave • 90% dos fumantes iniciam-se no hábito entre 10 e 19 anos e 95% até os 25 anos • 50 a 75% dos adolescentes que experimentam o fumo se tornará dependente Fumo: porta de entrada para o consumo de drogas ilícitas

  3. O TABAGISMOENTRE ADOLESCENTES NO BRASIL Adolescentesde 12 a 17 anos • Uso na vida: 15,7% (30% em outras pesquisas nacionais e internacionais) • Dependentes: 2,2% (igual nos dois sexos) • Desejaram parar ou diminuir: 5,3% (20,8% em fumantes acima de 35 anos de idade) Fonte: CEBRID / UNIFESP/ EPM 1º Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil, 2001 Estudo envolvendo as 107 maiores cidades do país, 2001

  4. DETERMINANTES DA INICIAÇÃO AO TABAGISMO • Cérebro do adolescente ainda em desenvolvimento • Fatores genéticos, étnicos e de gênero • Aspectos sócio-psicológicos da adolescência • Nicotina: droga com forte poder adictivo; início rápido dos efeitos (via inalatória) Imediatismo na obtenção do prazer Curiosidade / Busca de novidade / Necessidade de rituais Autoafirmação / Independência / rebeldia Controle das emoções / Alívio do estresse e da ansiedade Identificação com o grupo / Pressão dos amigos Subestimação da possibilidade de dependência, dos malefícios para a saúde e das dificuldades para a cessação

  5. DETERMINANTES DA INICIAÇÃO AO TABAGISMO • Aspectos psicopatológicos Baixa auto-estima / Estresse / Ansiedade Auto-controle precário / Impulsividade Pouco ou nenhum suporte afetivo dos pais Fraco desempenho escolar ou desistência da escola Eventos negativos de vida Outros comportamentos de risco / Uso de outras drogas Estratégias negativas de adaptação às situações da vida Menor participação em atividades organizativas e religiosas Prática de esportes reduzida ou ausente Depressão / Esquizofrenia / TDAH

  6. DETERMINANTES DA INICIAÇÃO AO TABAGISMO • Fatores sócio-ambientais Grande aceitabilidade social do tabaco  droga lícita (efeitos psicotóxicos suaves; não prejudica o comportamento motor e o julgamento) Consequências tardias para a saúde Disponibilidade e facilidade de acesso aos produtos Baixo custo Exposição a fumantes

  7. EXPOSIÇÃO A FUMANTES NA INFÂNCIA • PAIS E OUTROS FAMILIARES • Herança genética • Modelo de comportamento (exemplo) • Disponibilidade do tabaco em casa (compra, roubo • de cigarros) 70% dos adolescentes que começam a fumar são de famílias onde há fumantes

  8. EXPOSIÇÃO A FUMANTES NA ADOLESCÊNCIA AMIGOS ECOLEGAS • Aceitação pela turma • Pressão grupal OUTROS MODELOS • Professores, médicos e outros profissionais de saúde, etc • Ídolos (artistas, desportistas, etc): a importância da Midia

  9. DETERMINANTES DA INICIAÇÃO AO TABAGISMO A publicidade da indústria do tabaco Necessidade de recrutamento de novos fumantes Alvo principal: crianças e adolescentes Vinculação das demandas sociais e fantasias ao uso do tabaco O CIGARRO COMO “PASSAPORTE” “Glamour” / Sensualidade / Independência Ascensão social / Sofisticação / Aventura Maturidade

  10. AVALIAÇÃO DO ADOLESCENTE PARA O TRATAMENTO DO TABAGISMO • Nível de motivação • Suportes sociais • Riscos de recaída • Grau de nicotino-dependência

  11. AVALIAÇÃO DA NICOTINO-DEPENDÊNCIA EM ADOLESCENTES • 4º Manual de Estatística e Diagnóstico de Desordens Mentais (DSM-IV) da Associação Americana de Psiquiatria (1994): 7 critérios para dependência de substâncias psicoativas: abordagem idealizada para adultos • Teoria da perda da autonomia: quando as alterações físicas ou psicológicas do uso apresentam uma barreira para a manutenção da abstinência • Estudo DANDY: DiFranza JR, Savageau JA, Fletcher K, et al. Measuring the loss of autonomy over nicotine use in adolescents. Arch Pediatr Adolesc Med. 2002; 156:397-403 The Hooked on Nicotine Checklist (HONC): avaliação da perda de autonomia pelo uso do tabaco na adolescência

  12. AVALIAÇÃO DA PERDA DE AUTONOMIA PELA NICOTINA (HONC) • Alguma vez você tentou parar de fumar e não conseguiu? • Você fuma atualmente porque é muito difícil parar? • Alguma vez você já se sentiu dependente do tabaco? • Você sente forte fissura para fumar? • Alguma vez você já sentiu que realmente necessitava de um cigarro? • É difícil para você não fumar em locais proibidos, como na escola? • Você já achou difícil concentrar-se porque não podia fumar? • Você já se sentiu mais irritável porque não podia fumar? • Você já sentiu uma forte necessidade ou urgência para fumar? • Você já se sentiu nervoso, inquieto ou ansioso porque não podia fumar? UM ÚNICO “SINTOMA” HONC INDICA PERDA DE AUTONOMIA SOBRE O TABACO, O QUE É UM FORTE FATOR PREDITIVO DO SEU USO CONTÍNUO Fonte: DiFranza JR, Savageau JA, Fletcher K et al. Measuring the loss of autonomy over nicotine use in adolescents. The DANDY study. Arch Pediatr Adolesc Med. 2002; 156:397-403

  13. TRATAMENTO DA NICOTINO -DEPENDÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA • Intervenções psico-sociais (abordagem breve, terapia cognitivo-comportamental, etc) • Tratamento farmacológico (TRN, Bupropiona) Resultados desapontadores Pouca participação / adesão Baixas taxas de cessação

  14. HIPÓTESES PARA A BAIXA EFICÁCIA DO TRATAMENTO PARTICULARIDADES DO TABAGISMO NA ADOLESCÊNCIA • Variabilidade na quantidade e na frequência do uso • Aceitabilidade social • Alta sensibilidade para influências sociais (dos pares e da mídia) • Medo de não ser aceito pela turma • Labilidade de opinião, principalmente para planejar o futuro • Ausência de efeitos psicotóxicos graves do fumo • Ausência de doenças tabaco-relacionadas nesta faixa etária • Temor de ganhar peso (pp no sexo feminino) Baixa motivação para parar de fumar

  15. EFICÁCIA DO TRATAMENTO DA NICOTINO -DEPENDÊNCIA NA ADOLESCÊNCIA(REVISÃO COCHRANE 2007) • Há poucos estudos com evidências sobre a eficácia do tratamento farmacológico e das intervenções psico-sociais • Inadequação da definição de cessação para esta faixa etária (um ou mais dias sem fumar) • Necessidade de estudos bem desenhados, controlados e randomizados para esta população, com seguimento mínimo de 6 meses, rigorosas definições de cessação (sustentada e verificada bioquimicamente) e redução da perda de casos e da baixa adesão ao tratamento

  16. PREVENÇÃO DA INICIAÇÃO AO TABAGISMO • Ambientes livres do tabaco: lares, escolas, bares, restaurantes, boates e demais locais públicos • Programas escolares intensivos e adequados • Intervenções comportamentais breves, utilizando incentivos adequados e integrando-se à atividade física • Políticas públicas contra o tabagismo: Aumento do preço dos produtos do tabaco Proibição da venda a menores Proibição da propaganda direta e indireta na mídia e das atividades promocionais da indústria

  17. PAPEL DOS MÉDICOS E DEMAIS PROFISSIONAIS DE SAÚDE • Apoiar a cessação do tabagismo de todos os fumantes, incluindo os pais de crianças e adolescentes • Dar orientações aos pais para que os lares sejam livres do tabaco • Identificar as crianças com fatores de risco a partir dos 10 anos de idade • Monitorar os adolescentes para sinais de nicotino-dependência, aconselhá-los e tratá-los • Participar da elaboração das políticas públicas contra o tabagismo

  18. SECRETARIA DE SAÚDE LIVRE DO TABACO 31 de maio de 2006

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