1 / 47

CASO CLÍNICO Púrpura

CASO CLÍNICO Púrpura. Marco Antonio M. Balduíno Mariana Calcagno Grillo Orientadora: Dra. Luciana Sugai Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF www.paulomargotto.com.br. História Clínica (13/07/07 ).

elsie
Download Presentation

CASO CLÍNICO Púrpura

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. CASO CLÍNICOPúrpura Marco Antonio M. Balduíno Mariana Calcagno Grillo Orientadora: Dra. Luciana Sugai Escola Superior de Ciências da Saúde/SES/DF www.paulomargotto.com.br

  2. História Clínica(13/07/07) • Identificação: Feminina, 4 anos, natural de Taguatinga-DF, residente em Recanto das Emas-DF, procedente da mesma cidade. • QP: Dor abdominal, há 5 dias.

  3. História Clínica(13/07/07) • HDA:Mãe refere que a criança iniciou, agudamente, dor abdominal intensa em hipogastro e epigastro, há 5 dias, acompanhado de vômitos (3/4 vezes ao dia) sem sangue. Nega diarréia e febre. Com 2 dias de sintomas apresentou lesões purpúricas, eritemato-papulares em MMII, bordas irregulares, pouco pruriginosas.

  4. História Clínica(13/07/07) • RS: Refere astenia e hiporexia. Nega quadro gripal anterior a sintomas. Refere urina amarelo escuro. Nega artralgia ou artrite. Nega uso de medicamentos.

  5. História Clínica(13/07/07) • Ant. Pessoais: Parto normal, a termo, AIG, sem intercorrências neonatais. Vacinação completa para a idade. DNPM normal. Internação, há 2 anos, por dor abdominal não esclarecida. Nega alergias medicamentosas

  6. História Clínica(13/07/07) Ant. Familiares: Irmão de 11 anos tem diagnóstico de adenóide hipertrofiada Irmão de 12 anos apresenta dores no estômago

  7. História Clínica(13/07/07) • Exame Físico: -BEG, corada, hidratada, afebril, sem linfonodomegalia, ativa e reativa. -Oroscopia sem alterações. -Pele com pápulas eritematosas em MMII, irregulares, sem secreção ou descamação. -AR: Eupneica, MVF, s/ RA. -ACV: BNF, RR 2T, s/ sopros. -Abdome: Plano, RHA+, flácido, sem visceromegalias, indolor

  8. História Clínica(13/07/07) • Ex. Complementares da admissão: -Hemograma: Hm: 4.91; Ht: 40.1; Hb: 13.5. Leu: 18 500; (0/1/0/75/20/4); Plaquetas: 404000 -Bioquímica: Gli:78; TGO:39; TGP:4; Na:135; K:4.7; Cl:101

  9. História Clínica(13/07/07) • EAS: dens: 1030; pH:5,0; acetona: +++; Hb:+; Hm: 8 a 10/campo; CED: 10 a 15/campo; Leu: 6 a 8/campo; flora bacteriana: +; muco: +++; nitrito negativo. • USG de Abdome total: Exame normal.

  10. Resumo dos sinais e sintomas Dor abdominal e vômitos; Púrpura palpável em MMII; Leucocitose sem desvio a esquerda; Hematúria e hemoglobinúria microscópica;

  11. Hipóteses Diagnósticas Meningococcemia GNDA Artrite Reumatóide Juvenil Sistêmica Poliarterite Nodosa Púrpura leucocitoclástica Púrpura Trombocitopênica Imune Púrpura de Henoch-Schonlein Conduta: Internação

  12. Evolução • 14/07/07: Artralgia e edema de joelho D. Ao exame: presença de calor, sem rubor. EAS: Dens: 1025; pH: 5,0; CED: 6 a 8/campo; Leuc: 2 a 3/campo; flora bacteriana: escassa; muco: ++ • 16/07/07: Edema em cotovelo D e joelho D.

  13. Evolução • 17/07/07: Dor em MMII, dificultando deambulação.Edema de tornozelo D e joelhos. Aumento da intensidade das lesões. -EAS: Dens: 1030; pH:5.0; Hg: vestígios; CED: 8 a 10/campo; leuc:10 a 15/campo; Hm: raras; flora bacteriana: ++; muco: +++ -BQ: sem alterações; -HC: Leuc: 11900 (9/0/0/44/44/3); HM: 4,17; Hg: 11,5; HT: 34,1; Plaq: 331000;

  14. Evolução 18/07/07: Edema periorbitário. 19/07/07: Persiste com dor articular leve. HC: Leuc: 6300 (1/0/0/41/57/1); HM: 4,52; Hg: 10,7; HT: 33,6%; Plaquetas: 313000 BQ: Cr: 0,4; Ur: 38; BT:0.4; BD:0.1; TGO: 29; TGP:9. 21/07/07: Alta hospitalar em bom estado geral, com remissão das dores abdominais e melhora das lesões purpúricas.

  15. Meningococcemia Qualquer idade, principalmente < 5 anos; Neisseria meningitides; Doença endêmica caracterizada por surtos; Transmissão por aerosois; Interação da endotoxina bacteriana com o sistema complemento  CIVD e depósito de fibrina nos pequenos vasos; Pode inicialmente simular uma doença viral; Disseminação hematogênica difusa e rápida levando a choque séptico

  16. Meningococcemia Pode ou não manifestar meningite; Febre ou hipotermia, petéquias e púrpuras, irritabilidade, letargia, vômitos, diarréia, tosse, artrite e convulsões; Leucopenia ou leucocitose Diagnóstico é feito por isolamento da bactéria: sangue, LCR e líquido sinovial; Tratamento: antibioticoterapia (cefotaxima ou ceftraxona)

  17. Meningococcemia

  18. GNDA Exemplo clássico de glomerulonefrite; Normalmente, crianças > 3 anos; Sucede uma infecção de orofaringe ou piodermite por cepas nefritogênicas de estreptococos b hemolítico do grupo A; Formação de imunocomplexos e ativação da via alternativa do sistema complemento; Sintomatologia clássica: edema, hipertensão, hematúria e oligúria Pode apresentar mal-estar, letargia e dor abdominal e em flancos;

  19. GNDA HC: pode estar normal ou apresentar uma anemia por hemodiluição EAS: hematúria, hemoglobinúria e cilindros hemáticos. Pode haver proteinúria em níveis não nefróticos; Pode apresentar ASLO elevado; Níveis baixos de complemento;

  20. GNDA Tratamento: Pode ter resolução espôntanea -Antibioticoterapia para previnir disseminação de cepas nefritogênicas (não interfere na evolução) -Repouso relativo -Controle de PA, edema, diurese (poser necessário uso de medicação); -Restrição de sódio e se necessário K e proteínas;

  21. Artrite Reumatóide Juvenil de início sistêmico Doença de Still; Difícil diagnóstico; Crianças < 16 anos Ambos os sexos; Febre intermitente, rash de coloração salmão, artrite principalmente em joelhos, tornozelos e punhos. Hepatomegalia, esplenomegalia e linfonodomegalias também podem ser encontrados;

  22. Artrite Reumatóide Juvenil de início sistêmico Diagnóstico: Geralmente de exclusão febre por mais de 6 semanas artrite O HC pode mostrar leucocitose, anemia e trombocitose VHS e proteína-c reativa elevados EAS inexpressivo Tratamento: AINEs+Glicocoticóides no início AINEs+Metotrexato após

  23. Poliaterite Nodosa Vasculite de artérias de pequeno e médio calibres; Raramente ocorre na infância; Etiologia provável pós-infecciosa (IVAS, infecção estreptococica, hepatite B...); Infiltração linfocítica em todas as camadas das artérias de pequeno e médio calibres; A apresentação clínica é variável.

  24. Poliaterite Nodosa Febre intermitente, dor abdominal, hematúria, hipertensão, púrpura, nódulos palpáveis dolorosos, artralgia, artrite e acometimento do SNC e periférico; Diagnóstico: Biópsia do vaso ou angiografia VHS elevado, anemia e leucitose, proteinúria e hematúria indicam acometimento renal Esquemas agressivos com ciclofosfamida e prednisona

  25. Púrpura leucocitoclástica Causa mais comum de vasculite acometendo a pele; Etiologia desconhecida; Patogenia está relacionada a formação de imunocomplexos desencadeando o processo imunoinflamatório nos vasos cutâneos Manifestações Clínicas: mal estar, anorexia, febre baixa, artralgias e mialgias -púrpura palpável de diversos tamanhos, acometendo principalmente MMII -lesões urticariformes

  26. Púrpura leucocitoclástica

  27. Púrpura leucocitoclástica Diagnóstico de exclusão, pode ser realizado biópsia da lesão cutânea Deve ser investigado uso de medicamentos e infecções recentes A cura é espontânea em semanas a meses, mas pode ser usado anti-histamínicos e se necessário corticóides orais no controle do prurido e estética .

  28. Púrpura Trombocitopênica Imune Causa mais comum de trombocitopenia em crianças previamente sadias Pré-escolar e escolar 1 a 4 semanas após exposição a antígenos virais a criança desenvolve auto-anticorpos contra a superfície plaquetária Manifestações clínicas: Petéquias e púrpuras de início súbito. Pode ocorrer sangramento de mucosas. Hepatoesplenomegalia é rara.

  29. Púrpura Trombocitopênica Imune Trombocitopenia grave é comum e o tamanho da plaqueta é normal ou aumentado O exame de M.O. quando realizado é normal ou pode mostrar série megacariocítica aumentada Tratamento é observação e cuidados com traumas se plaquetas > 20000 sem sangramento. - se plaquetas < 20000 ou sangramento mucoso com plaquetas < 50000 fazer Imunoglobulina anti-D

  30. Púrpura de Henoch-Schönlein

  31. Epidemiologia • Principal causa de púrpura atrombocitopênica; • 2 a 8 anos; • Principalmente em meninos: 2:1; • Incidência global: 9:100 000 hab.

  32. Patogenia • Desconhecida; • Participação de interleucinas (FNTα e IL-6), IgA e C3; • 50% dos pacientes são ASLO +; • Vacinas: febre amarela, sarampo, cólera; • Ampicilina, penicilina, eritromicina, AINES; • Alergia alimentar.

  33. Manifestações • Pode ser abrupto, com todas as manifestações ao mesmo tempo; • Ou insidioso, com surgimento seqüencial de sintomas durante dias a meses; • Fadiga e febre: + de 50%;

  34. Manifestações Exantema: • Abaixo da cintura; • Início: maculopápulas róseas; • Evolução: petéquias ou púrpuras palpáveis, coloração vermelha, seguindo p/ roxo e castanho; • Ocorrem em grupos coalescentes, durando de 3 a 4 dias;

  35. Manifestações Exantema:

  36. Manifestações Edema: • Pode preceder a púrpura palpável; • Áreas de maior pressão hidrostática ou distensibilidade;

  37. Manifestações Artrite: • + de 2/3 das crianças; • Joelhos e tornozelos (acompanham o edema); • Efusões serosas não hemorrágicas; • Remitem sem deixar seqüelas;

  38. Manifestações Acometimento do TGI: • Edema e distensão de alças, linfadenite mesentérica; • Cólica intermitente (75%), náuseas e vômitos; • + de 50%: sangue oculto, diarréia com ou sem sangue ou hematêmese; • < 5%: intussuscepção.

  39. Manifestações Acometimento Renal: • Glomerulonefrite; • 30 a 80% dos casos, sendo mais comum em adultos e crianças maiores; • Hematúria macroscópica e microscópica; • Pior prognóstico: proteinúria, crescentes, síndrome nefrótica, nefrítica ou mista.

  40. Manifestações Outros: • SNC: convulsões, paresia, coma; • Nódulos subcutâneos; • Envolvimento cardíaco; • Envolvimento ocular; • Mononeuropatia; • Hemorragia pulmonar.

  41. Diagnóstico Presença de 2 ou mais desses: • Púrpura palpável; • Exantema maculopapular; • Relação temporal com uso de droga; • Biópsia e pele com vasculite leucocitoclástica.

  42. Diagnóstico Laboratório: • Trombocitose e leucocitose moderadas; • VHS e PCR elevados; • Anticorpos anticardiolipina e antifosfolipídio podem estar +; • EAS: hemácias, cilindros, proteína.

  43. Diagnóstico • Biópsia de pele: angeíte leucocitoclástica; • Biópsia renal: depósito mesangial de IgA.

  44. Tratamento • HV, analgesia, repouso e elevação dos membros; • Prednisona: 1 a 2 mg/Kg/dia se acometimento do TGI; • AAS se anticardiolipina ou antifosfolipídio presentes; • Nódulos reumatóides: colchicina.

  45. Complicações • Renais: síndrome nefrótica, GNRP (glomerulonefrite rapidamente progressiva), falência renal. • Obstrução e perfuração intestinais.

  46. Prognóstico • Excelente; • 40% de recidiva; • TFG<70mL/min  maior chance de DRT. • 1% lesão renal persistente; • 0,1% lesão renal grave; • Óbito raro.

  47. Conclusão Púrpura de Henoch-Schonlein !!!!!!!

More Related