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Lucas Barbosa Carvalho (Universidade Federal de Sergipe )

Proporção de mães e de pais negros e brancos conforme a declaração dos filhos. Conforme a declaração dos filhos. Fonte: pesquisa direta, abril a maio de2012. Lucas Barbosa Carvalho (Universidade Federal de Sergipe ) Orientador: Cristiano Wellington Noberto Ramalho.

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  1. Proporção de mães e de pais negros e brancos conforme a declaração dos filhos Conforme a declaração dos filhos Fonte: pesquisa direta, abril a maio de2012. Lucas Barbosa Carvalho (Universidade Federal de Sergipe) Orientador: Cristiano Wellington Noberto Ramalho Corpos entre a “cor” e a “raça”: ambiguidade classificatória entre os jovens das escolas públicas do município de Aracaju/Brasil ARRUTI, Introdução Objetivos principais da investigação Metodologia • Crítica ao epistemocentrismo “racialista”; • b) Construção de questionários com os estudantes, sem pressupor um questionários sobre os estudantes; • c) Três etapas: (a) questionário aberto, (b) objetivação das cores, (c) pôr à prova a objetivação cromática: comparação entre o modelo construído com os estudantes e o modelo do IBGE. Desde o início da década de 1980, os estudos voltados à “questão racial brasileira” – em particular os oriundos de abordagens sociológicas dedicadas à análise de dados demográficos – têm privilegiado os processos de marginalização e aculturação dos estratos afrodescendentes (Schwarcz 1999). No bojo desse debate, a terminologia “raça” vem sendo constantemente acionada como uma categoria analítica das Ciências Sociais, no sentido de ser epistemologicamente correta para a explicitação de desigualdades que, segundo a literatura, não deveriam ser compreendidas como resultantes da repartição desproporcional dos capitais materiais, senão de princípios racistas de seletividade social comuns à vida cotidiana brasileira, bem como de estruturas de oportunidade diferenciadas entre os grupos “brancos” e “negros” (Guimarães 1995, 2003; Hasenbalg & Silva 1988, 1992). A principal restrição que podemos fazer a esta interpretação é à utilização de regularidades sincrônicas – verificadas estatisticamente – sem uma leitura mais aprofundada das estruturas diacrônicas reproduzidas pelas classes sociais brasileiras e, portanto, das próprias dimensões multifacetadas da dominação simbólica que expressou ou fez ter vigência o denominado “racismo suave”. Por assim dizer, formas de dominação que ao longo prazo, configurando o acumulo de capitais simbólicos diversos, proveram a persistência de distinções incorporadas entre classes sociais cromatizadas. A presente investigação pretendeu seguir orientação contrária ao reducionismo “racialista”, nas três últimas décadas, hegemônico entre os observadores sociológicos do preconceito de cor no Brasil. Considerando o fenômeno em sua multidimensionalidade, ambicionamos demonstrar que é possível realizar uma pesquisa empírica desveladora dos pré-julgamentos sociais que contribuem para a manutenção sociológica das desigualdades econômicas, sem uma reificação racial da subjetividade socializada dos atores. Objetivação das cores Primeira etapa da pesquisa (abril 2012) Conclusão INTRODUÇÃO • A centralidade do corpo na manutenção das inércias sociológicas; • b)Porém, a classificação dos corpos tem ser compreendida como o lugar da perspectivadiferenciante (Viveiros de Castro 2011), isto é, em sentido inverso ao universalismo fundamentado no realismo epistemológico “racialista” que caracteriza a ontologia científica “ocidental”; • c)Faz-se necessário compreender que a ambiguidade classificatória está correlacionada aos usos do corpo como capitalsocial maleável; • d) O corpo está sempre em jogo entre a “raça” e a “cor”; • e)A “raça” (i.e., a condição fenotípica) salta à vista quão mais baixa é a classe do ator e se ele pertence ao gênero feminino; • f) Quão mais alta a classe social, saltará à vista a “cor” como uma recursividade social flexível acionada pelos atores. Fonte: pesquisa direta, abril de 2012. Resultados a) No decorrer da pesquisa, foi verificada uma regularidade forte em relação ao gênero e à escola dos agentes, mas fraca no que tange a uma precisão étnica das posições cromáticas; b) A cor parda predominou entre os estudantes mais pobres, denotando uma ambiguidade declaratória que, com o auxílio das entrevistas face a face, pôde ser compreendida dentro de um panorama classificatório em que a mestiçagem biológica era significada, muitas vezes destacada, nas histórias de vida individuais; c) Em todos os modelos de questionário, as posições cromáticas configuraram tendências sociológicas ao “branqueamento” ou ao “escurecimento”; d) Constatou-se o papel fundamental das roupas para o modelamento corporal das cores; e) Verificou-se valoração êmica da cor branca e da cor morena, em prejuízo da cor negra; f) Indivíduos “biológicos” de pele clara da classe baixa preferiram se autodeclarar com as cores morena ou parda (raramente negra). Ao passo que os da classe mais alta não tiverem qualquer receio em se definir como brancos, ainda que afirmassem que as suas avós ou avôs eram de pela negra ou morena; g) Os alunos da escola privada se sentiram mais à vontade para se autodeclararem brancos ou morenos claros, de maneira que a condição objetiva (ser da escola privada) vinculou-se à predisposição dos agentes por optarem “subjetivamente” por determinadas cores em prejuízo de outras; h) As mulheres tendem a ser classificadas e a se classificarem como morena e morena clara em uma proporção maior que os homens. Classificar uma mulher como negra parece ser um ato ofensivo, ao passo que os homens não sofrem tamanho constrangimento (nem mesmo ao se auto-classificarem). Fig. 3. Procissão durante semana santa. Fonte: autora (abril de 2012). Proporção de mães e de pais de cor “morena” conforme a declaração dos filhos Proporção de mães e de pais de cor negra e branca conforme a declaração dos filhos Bibliografia GUIMARÃES, Antônio S. Alfredo. “Raça”, racismo e grupos de cor no Brasil. Estudos Afro-Asiáticos. Rio de Janeiro, n. 27, pp. 45-63, 1995. GUIMARÃES, Antonio S. Alfredo. Como trabalhar com "raça" em sociologia. Educ. Pesqui. São Paulo. Vol.29, n.1, pp. 93-107, 2003. HASENBALG, Carlos; SILVA, Nelson do Valle (ed.). Estrutura social, mobilidade e raça. Rio de Janeiro: Iuperj: Vértice, 1988. HASENBALG, Carlos; SILVA, Nelson do Valle. Notas sobre a desigualdade racial e política no Brasil. Estudos Afro-Asiáticos. Rio de Janeiro, n.25, pp. 141-159, 1993. SCHWARCZ, Lilia K. Moritz. Questão racial e etnicidade. In. MICELI, Sérgio. (org). O que ler na ciência social brasileira (1970-1995). São Paulo: Editora Sumaré: ANPOCS; Brasília, DF: CAPES, 1999. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Perspectivismo e multinaturalismo na América Indígena. In.____________________. A inconstância da alma selvagem. São Paulo: Cosac Naify, 2011, p. 345-399. Fonte: pesquisa direta, abril a maio de 2012.

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