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CONFLITOS DE INTERESSES MEDICINA x COMÉRCIO

CONFLITOS DE INTERESSES MEDICINA x COMÉRCIO. Luiz Roberto Londres. MEDICINA E COMÉRCIO. V$. Ascensão e Queda da atividade médica. Medicina. Medicina. Há 114 anos: Roentgen descobre os Raios X. Há 89 anos: “A Medicina e seus 18 remédios”. Medicina. Medicina. Medicina.

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CONFLITOS DE INTERESSES MEDICINA x COMÉRCIO

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Presentation Transcript


  1. CONFLITOS DE INTERESSESMEDICINA x COMÉRCIO Luiz Roberto Londres

  2. MEDICINAECOMÉRCIO V$.

  3. Ascensão e Queda da atividade médica

  4. Medicina

  5. Medicina Há 114 anos: Roentgen descobre os Raios X Há 89 anos: “A Medicina e seus 18 remédios”

  6. Medicina

  7. Medicina

  8. Medicina

  9. “Saúde?” Mercado? Com Licença? paciente

  10. Quando a Medicina se transforma em comércio... Adotando o seu discurso Desaparece a missão médica Adotando os seus objetivos Instala-se a corrupção médica $

  11. Mercados de humanos BESTIALIZAÇÃO COMÉRCIO DE CORPOS HUMANOS

  12. Mercados de humanos RELACIONAMENTO COMÉRCIO DE CORPOS HUMANOS ou RELAÇÃO OU USO DO CORPO ALHEIO

  13. Mercados de humanos? VETOR DA MISSÃO COMÉRCIO DE CORPOS HUMANOS CONFLITOS DE INTERESSESMEDICINA x COMÉRCIO $ PRECEDÊNCIA DE PRINCÍPIOS QUAL A META PRINCIPAL?

  14. Medicina e Comércio Qual seria a diferença entre a atividade médica remunerada e o comércio da Medicina? A precedência dos princípios! • A missão médica, com raríssimas exceções, era o foco dos médicos e instituições. A própria procura da carreira revelava a existência de valores e sentimentos condizentes com a missão social e humanística e da Medicina. • Médicos se destacavam por sua dedicação ao ensino, pesquisa e ações sociais. E pelo humanismo na prática da Medicina. • A exploração comercial da Medicina, em qualquer nível era algo quase inimaginável. E absolutamente mal vista.

  15. O caminho da comercialização • Para que a primazia comercial pudesse reinar era importante que a Medicina fosse destronada de sua própria atividade. Sua ética e seus princípios fundamentais impediam que outros interesses se tornassem mais importantes que o interesse do paciente. • O termo genérico “saúde” passou a ser utilizado. Assim pessoas não médicas e assuntos exteriores à Medicina passaram a dominar o cenário. • Observação: há sessenta anos George Orwell em seu livro mais conhecido “1984”, criava com profunda vidência o que chamou de “duplipensar”, ou seja, definir um fato pelo sua antítese: dizia ele, “guerra é paz”, “liberdade é escravidão”, etc. Pois bem, hoje o campo da doença é chamado de saúde. E nós embarcamos nessa...

  16. Gestão da “saúde”, investimentos na “saúde”, fusões e aquisições, IPOs, indicadores de “entidades de saúde”, e assuntos semelhantes que atendem muito mais a outros interesses (geralmente comerciais) do que o interesse direto do paciente. Gestão corporativa, acreditação, comitês, processos administrativos, ações jurídicas, defensivismo, ganância, hoje distorcem cada vez mais a atividade médica para incrementar princípios e resultados comerciais. Assuntos pontuais de escassa freqüência passaram a ter “relevância”, escondendo a inoperância das áreas essenciais. O termo “saúde” tornou-se um triste arremedo da arte médica. Vemos um midiatismo crescente. O caminho da comercialização

  17. A Doença na Saúde Na “saúde”, nos deparamos com a descaracterizaçãoda suamissãoe de seus princípios éticos. Médicos e pacientes desaparecemem função de instituições da área médica e de grupos totalmente à margemda atividade. O centro de toda essa atividade, o encontro entre o paciente e seu médico, desaparece, prostituído por valores externos a ele e a seus princípios éticos. Hoje, recém-chegados à área da saúde, como financistas, atuários, auditores, etc. se arvoram em detentores dos reais conhecimentos para que ela funcione. Ou seja, coadjuvantes assumindo o papel de protagonistas.

  18. A crescente objetivação da atividade médica afasta-a de suas tradições espirituais e filosóficas e a aproxima, cada vez mais, da veterinária. O paciente passou, aos poucos, a ser despido de sua vida psíquica e de sua inserção social. O reducionismo clínico continua, esquartejando o paciente em sintomas e sinais. Próximo passo, sintomas e sinais são fragmentados em parâmetros e imagens que não pensam, não falam, não ouvem, não vêem e não sentem. Nem mais veterinária a Medicina é. A Doença na Saúde

  19. Muito pior, os próprios médicos em todos os níveis de atuação ou representação, adotam a economia como ponto central da dicussão. Com isso o setor de saúde suplementar vai, aos poucos, passando a setor de saúde complementar, com o risco de, em pouco tempo, tornar-se o setor de saúde básica. Então o discurso e ações médicas serão totalmente obscurecidos pelo discurso e ações prioritariamente econômicas, levando a Medicina a seu reboque. Estará instituído integralmente mais um mercado de seres humanos. Mas vale ainda lembrarmos que... A Doença na Saúde

  20. O escravonada recebe, direta ou indiretamente pelo uso de seu corpo como mercadoria. O pacientepaga, direta ou indiretamente pelo uso de seu corpo como mercadoria. Temos aí uma prostituição prostituída Mercados de humanos A prostitutarecebe direta ou indiretamente pelo uso de seu corpo como mercadoria.

  21. Onde estamos? – Retrocessos Perdemos a compreensão do que é humano! Perdemos o sentido do que é subjetivo! Perdemos o entendimento do que é relação! Perdemos a essência da Medicina! Perdemos a noção do que é a ética medica! Perdemos a direçãodos caminhos médicos! Perdeu-se opaciente! Perdemo-nos nós!

  22. Hoje… Hoje a preocupação é sobre mercado e dinheiro Hoje a preocupação é sobre o lucro pessoal Hoje a preocupação é sobre o lucro institucional Hoje a preocupação é sobre o lucro politico Hoje a consulta médica está distorcida Hoje o protagonista central é o investidor Hoje quem dá as cartas é ointermediário

  23. Um triste cenário • Dinheiro é o vencedor (com discurso humanista, é claro) • Interesse privado é o vencedor (com discurso altruista, é claro) • Intermediários são os vencedores(com discurso médico, é claro) • Interessepolítico é o vencedor (com discurso social, é claro) • Arrogância médica é a vencedora (com discurso terapêutico é claro) --- xxx --- • Pacientes tornam-se números de mercado, massa ou dinheiro • Médicos tornam-se operários dos Tempos Modernos • Prevenção e outras ações sociais perdem o sentido • O pobre, o crônico, o idoso e similares tornam-se grupos de risco Em nossos dias estamos vivendo esse cenário

  24. Protagonistas de hoje

  25. Um futuro a ser conquistado

  26. Passos Possíveis - Para se restabelecer a verdadeira Medicina no lugar do comércio existente nos dias de hoje deve-se entender que: • Medicina (mesmo travestida de “saúde”)não é um comércio ou um mercado de seres humanos, como são a prostituição e a escravatura. • Não é o Serviço Público que está falido. É omodelo médicoque está ultrapassado. Além de inúmeras outras conhecidas distorções que corroem os serviços públicos. • Ocomérciomédico privilegia intermediários, periféricos, exames, procedimentos e internações. AMedicinaprivilegia umencontro pessoal, umahistória clínica, umacolhimento.

  27. Passos Possíveis Como a atividade médica pode deixar de ser um comércio? Primeiro vamos, cada um de nós, definir de que lado estamos: do ser humano ou dos negócios. Atualmente o enfoque negocial ofusca e distorce o enfoque médico. Definindo-se o pilar, a construção se dará de maneira mais coerente. Lembro que não se trata de uma escolha excludente, mas escolha da precedência de valores. Reformulando completamente a formação médica com a obrigatoriedade das Ciências Humanas no currículo. Com um rigor devido na concessão de licença para praticar a Medicina aos novos médicos. Sabemos todos que o diploma universitário deixou de ser um aval de conhecimento e de competência.

  28. Assim como não podemos abandonar o raciocínio clínico quando se trata da prática médica, não podemos abandonar os princípios essenciais da Medicina quando a inserimos em seu contexto. Não podemos distorcer a atividade médica em função de cânones ou preceitos de outras atividades, sejam elas a administração, o comércio, a imprensa, a justiça. Medicina lida com o imprevisto (administração?), com a missão (comércio?), com o recato (imprensa?) e como uma atividade de meios aplicando normas gerais a casos particulares (justiça?). Passos Possíveis

  29. Devemos lembrar sempre que Medicinanão é um comércioou mercado onde alguma coisa está sendo vendida. Medicinanão é um negócioque pode ignorar sua missão. Medicinanão é uma atividadena qual a geração de lucro seja a prioridade. Medicinanão é um serviçoque pode ignorar sua confidencialidade.

  30. Devemos lembrar sempre que Medicina é uma atividade complexa que transcende a lógica racional corrente. Não podemos aceitar visões reducionistas, seja na prática médica, seja nas considerações a respeito da Medicina. Portanto não podemos reduzir a Medicina a qualquer uma de suas partes, sejam elas intrínsecas de sua atividade, estejam elas cercando a sua instalação. Medicina não é ciência, não é psicologia, não é sociologia, não é uma doença, não é sintoma ou sinal, não é um parâmetro ou imagem, não é uma atividade de fins, não navega nas certezas ou na objetividade.

  31. Maurits Cornelis Escher Uma bela teoria ou explicação em uma dimensão pode ser absolutamente falsa se agregarmos outra dimensão

  32. Devemos lembrar sempre que Se não abandonarmos a nossa nobreza, não conseguirão descaracterizar a nossa atividade. ========== Algumas lições: Genival Londres Fernando Paulino Danilo Perestrello Hospital Pedro Ernesto Baden Powell Losir Vianna Carlos Chagas Sul América

  33. E não esqueçamos que... Quando a Medicina se transforma em comércio... Adotando o seu discurso Desaparece a missão médica Adotando os seus objetivos Instala-se a corrupção médica $ Quando os meios viram fins Os princípios desaparecem E quando os princípios desaparecem Nenhum caminho serve

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