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COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA

COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA. CNBB – ESTUDOS 104. INTRODUÇÃO. CONTEÚDO. Introdução Perspectiva bíblica Recuperar a comunidadade A nova experiência de Deus: O Abbá A missão do Messias A novidade do Reino Um novo estilo de vida comunitária O novo modo de ser pastor.

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COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA

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Presentation Transcript


  1. COMUNIDADE DE COMUNIDADES: UMA NOVA PARÓQUIA CNBB – ESTUDOS 104

  2. INTRODUÇÃO

  3. CONTEÚDO • Introdução • Perspectiva bíblica • Recuperar a comunidadade • A nova experiência de Deus: O Abbá • A missão do Messias • A novidade do Reino • Um novo estilo de vida comunitária • O novo modo de ser pastor

  4. CONTEÚDO • Perspectiva bíblica • O ensinamento novo • A nova Páscoa • Pentecostes: o novo povo de Deus • A nova comunidade cristã • A missão • A nova esperança: a comunidade eterna

  5. CONTEÚDO • Perspectiva teológica • A Igreja doméstica (Domus Ecclesiae) • O surgimento das paróquias • A paróquia no Concílio Vaticano II • A renovação paroquial na América Latina e no Caribe • A paróquia como casa • Casa da Palavra • Casa do Pão • Casa da Caridade (ágape) • A paróquia hoje

  6. CONTEÚDO • Novos contextos: desafios à paróquia • Desafios no âmbito da pessoa • Intimismo religioso • Mudanças na família • Desafios na comunidade • A nova territorialidade: do físico ao ambiental • Estruturas obsoletas na pastoral • Entre o relativismo e o fundamentalismo

  7. CONTEÚDO • Novos contextos: desafios à paróquia • Desafios da sociedade • A sociedade pós cristã • O pluralismo cultural • A urgência da renovação pastoral

  8. CONTEÚDO • Perspectivas pastorais • Recuperar as bases da comunidade cristã • Viver a Palavra: ser comunidade profética • Viver a Eucaristia: ser comunidade sacerdotal • Viver na caridade: ser comunidade do Reino • A comunidade de comunidades • A setorização da paróquia • Integração de comunidades, movimentos e grupos • Revitalizar a comunidade

  9. CONTEÚDO • Perspectivas pastorais • A conversão pastoral • Conversão dos ministros da comunidade • Protagonismo dos cristãos leigos • Transformar as estruturas • A transmissão da fé: novas linguagens

  10. CONTEÚDO • Proposições • Criatividade • Pequenas comunidades • Ministérios leigos • Formação • Catequese de iniciação à vida cristã • Jovens • Liturgia • A caridade • Perdão e Acolhida • Considerações finais

  11. SER DISCÍPULO E MISSINÁRIO(1 a 5) • Conversão pastoral: processo de transformação permanente e integral • Revitalização da Paróquia • Papel fundamental na evangelização • Comunidade de comunidades • Fidelidade ao Concílio Vaticano II • Tarefa urgente: transformar nossas Paróquias em comunidades de comunidades

  12. PESPECTIVA BÍBLICA CAPÍTULO 1

  13. INTRUDUÇÃO(6) • Toda a comunidade encontra sua inspiração naquelas comunidades que o próprio Jesus Cristo fundou por meio dos apóstolos, na força do Espírito Santo • Para que a renovação paroquial ocorra a partir de Cristo, é preciso revisitar o contexto e as circunstâncias nas quais o Senhor Jesus estabeleceu a Igreja primitiva • O objetivo é identificar alguns elementos bíblicos que permitam iluminar o entendimento da Paróquia como comunidade de comunidades

  14. RECUPERAR A COMUNIDADE(7 a 10) • Em Israel, a comunidade era a base da convivência • Nela estava a proteção das famílias e das pessoas, a garantia da posse da terra e a defesa da identidade • Encarnar o amor de Deus no amor ao próximo • No tempo de Jesus, a política do Império e o sistema religioso imperialestava enfraquecendo e desintegrando a vida comunitária • Os impostos aumentavam, a ameaça de escravidão crescia e por isso as famílias se fechavam nas suas próprias necessidades • Muitas pessoas ficavam sem ajuda e sem defesa

  15. RECUPERAR A COMUNIDADE(7 a 10) • O fechamento era reforçado pelo sistema religioso. Dar a herança ao Templo era abandonar os pais, enfraquecendo o quarto mandamento, a força da comunidade • Por vezes, a Lei de Deus era usada para legitimar a exclusão. Deus deixa de ser a imagem de amor e de misericórdia do tempo dos profetas

  16. RECUPERAR A COMUNIDADE(7 a 10) • Para que o Reino de Deus se manifeste na comunidade, é necessário ultrapassar os limites da pequena família e se abrir para a comunidade: uma família de famílias • Jesus deu o exemplo: “Quem é minha mãe? Quem são meus irmãos? Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” Jesus alargou o horizonte da família

  17. A NOVA EXPERIÊNCIA DE DEUS: O ABBÁ(11 e 12) • Jesus era o retrato vivo de Deus. Ele é o portador da Boa-Nova para todos, sobretudo os pobres • Sua bondade e ternura eram sinais da experiência que tinha do Deus Abbá, seu Pai e revela a face do Pai • Jesus testemunhava uma grande intimidade com o Pai. Todos os dias, o povo parava para rezar em família, Jesus também • Todo sábado participava da comunidade na sinagoga. Depois, na família, o povo aprofundava o significado das leituras ouvidas na sinagoga

  18. A NOVA EXPERIÊNCIA DE DEUS: O ABBÁ(11 e 12) • Todos os anos, ele participava das peregrinações para Jerusalém • Celebravam-se as três grandes festas que marcavam o ano litúrgico e nas quais se recordavam os momentos importantes da história do Povo de Deus: Páscoa, Pentecostes e Festa das Tendas • Desde os doze anos de idade, Jesus participava dessas celebrações. Nesse ritmo de oração, Jesus vivia impregnado pela Palavra • A experiência do povo de Deus era sustentada pela vida comunitária

  19. A MISSÃO DE JESUS(13 a 16) • Jesus foi batizado por João iniciando a sua vida pública. No batismo, é revelada a sua missão de servo enviado de Deus: “Tu és o meu filho amado; em ti está o meu agrado.” Jesus se identificou com a missão do servo de Deus, pois o Filho do Homem para servir e dar a vida em resgate por muitos • Jesus passou quarenta dias no deserto, fortalecendo-se na sua missão como Servo de Deus e Filho do Homem que resgata o seu povo. Tentado por Satanás, recusou a missão de ser Messias glorioso e permaneceu fiel à sua missão

  20. A MISSÃO DE JESUS(13 a 16) • Iniciou sua missão anunciando a Boa-Nova de Deus. O Espírito de Deus dava-lhe consciência de ser chamado para "anunciar a boa-nova aos pobres, proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano aceito da parte do Senhor” • Jesus realiza as espe­ranças dos pobres realizando todas essas coisas. Por ser fiel, é amado pelos po­bres, mas perseguido e caluniado pelos poderosos que decidem matá-lo

  21. A NOVIDADE DO REINO(17 e 18) • Sua pregação atraía muita gente. Ao seu redor, nasce uma comunidade. Ele convidou discípulos e escolheu doze para anunciarem o Reino. Era uma nova proposta de vida em que: • Todos são irmãos e irmãs • Há igualdade entre homem e mulher. Relacionam-se como amigos e não como empregados • O poder é exercido como serviço • É dado o poder de perdoar e reconciliar • Vive a Alegria

  22. A NOVIDADE DO REINO(17 e 18) • O Reino de Deus anunciado por Jesus é a expressão do amor do Pai • É o dom de Deus que precisa ser acolhido pela humanidade • Tal acolhida supõe novas relações entre as pessoas, na comunidade e na sociedade

  23. UM NOVO ESTILO DE VIDA COMUNITÁRIA(19 e 20) • A renovação comunitária se espalhou pela Galileia e atraiu muita gente. Jesus enviou setenta e dois discípulos em missão aos povoados da Galileia e deu quatro recomendações para a vida comunitária • Hospitalidade • Partilha • Comunhão de mesa • Acolhida aos excluídos

  24. UM NOVO ESTILO DE VIDA COMUNITÁRIA(19 e 20) • Essas eram as recomendações que deveriam sustentar a vida comunitária. Caso fossem atendidas, os discípulos poderiam proclamar: O Reino chegou! • O Reino implica uma nova maneira de viver e de conviver, nascida da Boa-Nova que Jesus anunciou

  25. UM NOVO MODO DE SER PASTOR(21 a 26) • OBom Pastor acolhe com bondade e ternura o povo, sobretudo os pobres • Acasa exerce um papel central na atividade de Jesus, sobretudo, da comunidade. Durante três anos, visitou as pessoas. Entrou na casa de Pedro, de Mateus, de Zaqueu, de Marta, Maria e Lázaro, entre outros. O povo procurava Jesus na sua casa. Ao enviar os discípulos, deu-lhes a missão de entrar nas casase levar a paz

  26. UM NOVO MODO DE SER PASTOR(21 a 26) • Jesus transmite a Boa-Nova: nas sinagogas; em reuniões informais na casa de amigos; andando pelo caminho; sentado num barco. Ele vai ao encontro das pessoas, estabelecendo com elas uma relação direta através do acolhimento. Propõe um caminho de vida: Vinde a mim, e eu vos darei descanso

  27. UM NOVO MODO DE SER PASTOR(21 a 26) • A doença era considerada um castigo e os doentes eram afastados do convívio social. Jesus tem um novo olhar sobre eles. Toca-os para curá-los. Jesus assumiu uma marginalização social por ter tocado o leproso, a ponto de não poder entrar nas cidades • Jesus anuncia o Reino para todos. Oferece um lugar aos que não tinham lugar na convivência humana. Recebe os que a religião e a sociedade excluíam: prostitutas e pecadores; pagãos e samaritanos; leprosos e possessos; mulheres, crianças e doentes; publicanos e soldados; e muitos pobres • Jesus supera as barreiras de sexo, de religião, de etnia e de classe

  28. O ENSINAMENTO NOVO(27 e 28) • Jesus anuncia ao povo o Reino de Deus. Ensinava e o povo gostava de ouvi-lo, ficava admirado. Sua pregação era muito ligada ao cotidiano das pessoas. Ele comparava as coisas de Deus com as coisas mais simples da vida: sal, luz, semente, crianças e passarinhos. Conhecia a vida do povo e era íntimo da vida de Deus, anunciando o seu Reino • Jesus ensinava de forma interativa, levando as pessoas a participarem da descoberta da verdade. A parábola fazia da pessoa uma observadora da realidade. Por isso, o povo percebeu um ensinamento novo, e com autoridade. Jesus falava de Deus a partir da sua experiência de Deus e a experiência vida do povo. Sua própria vida era o testemunho do que ensinava

  29. A NOVA PÁSCOA(29 a 32) • O Reino de Deus provocou resistências no caminho de Jesus: O Filho do Homem deve sofrer muito e ser rejeitado. A sua paixão e morte são a paixão e a morte do Messias • O conflito entre Jesus e a concepção da lei daquele tempo permitiu compreender o motivo pelo qual ele foi repudiado pela lei do seu povo como um blasfemo • O conflito com os romanos torna compreensível o motivo pelo qual ele foi crucificado como um subversivo • Na hora da crucificação, os discípulos o abandonaram. Aos seus olhos, aquela morte era o fim. No momento do Gólgota, a comunidade estava dispersa

  30. A NOVA PÁSCOA(29 a 32) • Na Páscoa, a comunidade dos discípulos fez a experiência do Ressuscitado. Crê que o crucificado ressuscitou, glorificado como filho de Deus. Lhes é dada a paz. Ele os envia, soprando sobre eles o Espírito Santo para o perdão dos pecados • A comunidade é expressão e anúncio da Nova Aliança. Ela promove o perdão dos pecados para reconciliar o mundo com Cristo e expandir a Boa-Nova a toda a humanidade • A morte foi vencida. Quem nele crer terá a vida eterna. Os cristãos são missionários da vida plena e da salvação que Cristo realizou. Ela suscita a fé para que todos tenham vida

  31. PENTECOSTES, O NOVO POVO DE DEUS(33 a 35) • Jesus transmite o Espírito Santo, para que sejam revestidos do seu poder celeste e se tornem testemunhas do Evangelho. O poder do Espírito Santo concede carismas e guia a Igreja para ser uma comunidade evangelizadora • Os apóstolos criaram comunidades nas quais a essência de cada cristão é a filiação divinaque se dá no Espírito Santo pela relação entre a fé e o batismo

  32. PENTECOSTES, O NOVO POVO DE DEUS(33 a 35) • Conduzidos pelo Espírito, são filhos de Deus que realizam no cotidiano sua dignidade divina. A vida cristã consiste em acolher e obedecer a um projeto de vida. É a graça divina criada no coração vivificado pelo Espírito • A comunidade primitiva testemunha Cristo. É a partir dela que podemos haurir a perspectiva comunitária fundamental para repensar a comunidade eclesial

  33. A NOVA COMUNIDADE CRISTÃ(36) • Eles eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações • Oensinamento dos apóstolos: nova interpretação da vida e da lei a partir da experiência da ressurreição • A comunhão: o ideal da comunhão era chegar a uma partilha a ponto de se tornarem um só coração e uma só alma • A fração do pão: Lembrava a presença viva de Jesus no meio da comunidade. A fração do pão era feita nas casas • As orações: por meio delas os cris­tãos permaneciam unidos a Deus e entre si e se fortale­ciam na hora das per­segui­ções

  34. A MISSÃO(37 e 38) • A experiência da Páscoa leva a receber o mandato missionário do próprio Senhor. Por isso, os apóstolos fizeram as pregações, realizaram curas e formaram comunidades que nasciam em meio a muitas tensões, conflitos e perseguições • Os missionários precisavam superar dificuldades de todo tipo. Muitas vezes, os líderes dos judeus resistiam e os pagãos aceitavam a Boa-Nova • Os discípulos de Jesus são reconhecidos por viverem em comunhão. Assim, comunhão e missão estão profundamente unidas

  35. A NOVA ESPERANÇA: A COMUNIDADE ETERNA(39 a 41) • A esperança no Reino de Deus desperta nos cristãos o compromisso de trabalhar por um mundo melhor e esperar a plena realização dos novos céus e da nova terra • Essa expectativa é marcada por uma tensão entre o seguimento de Jesus Cristo no cotidiano e a certeza de sua vinda na glória • A comunidade não vive no espiritualismo descompromissado com a realidade nem atua no mundo sem a garantia de uma promessa que transcende o tempo • Como filhos do dia, os cristãos não devem andar nas trevas, esperando o grande dia do Senhor Jesus

  36. A NOVA ESPERANÇA: A COMUNIDADE ETERNA(39 a 41) • O Reino definitivo pode ser designado como a Pátria Trinitária, a comunidade perfeita onde Deus será tudo em todos e Cristo entregará toda a criação ao Pai • Cada comunidade é testemunha e anunciadora dessa realidade futura, atualizando através dos séculos a mensagem e a esperança de Cristo • A Igreja, esposa de Cristo, vive da certeza de que um dia habitará na tenda divina, na casa da Trindade, numa Aliança nova e eterna com Deus • A Igreja brota da Trindade e é nesta perspectiva trinitária que ela fundamenta sua vida comunitária

  37. TRABALHOS EM GRUPOS • 1 – Qual o pensamento central do texto? • 2 – Quais as ideias principais do texto? • 3 – Quais as principais dificuldades para a sua compreensão? • 4 – Sugestões de emendas ao texto: • Número do parágrafo • Acréscimos • Supressões • Redação

  38. PESPECTIVA TEOLÓGICA CAPÍTULO 2

  39. INTRODUÇÃO(42 e 43) • A compreensão de comunidade deriva da vida e do ensinamento de Jesus. Na sua base está a experiência da “comunhão”. Todo o itinerário do discípulo é vivido na comunhão com o Mestre. A dimensão comunitária se inspira na própria Trindade. Sem comunidade, não existe autentica experiência cristã • A dimensão comunitária da fé cristã conheceu diferentes formas de se concretizar historicamente. Não é fácil identificar todo o processo de configuração da vida paroquial. É importante, apresentar alguns elementos que podem iluminar a renovação paroquial

  40. A IGREJA DOMÉSTICA(44 a 47) • Na Bíblia, há três palavras ligadas à Paróquia: • paroikía,: estrangeiro, migrante • Paroikein: viver junto a, habitar nas proximidades, viver em casa alheia, em peregrinação • Paroikós: vizinho, próximo, que habita junto • O Novo Testamento identifica os cristãos como peregrinos • A Igreja é integrada por estrangeirosque estão de passagem, são imigrantesou peregrinos. O cristão não está em sua pátria definitiva e deve se comportar como quem se encontra fora da pátria. A Paróquia, é uma “estação” onde se vive de forma provisória

  41. A IGREJA DOMÉSTICA(44 a 47) • As primeiras comunidades não são Paróquias. Paulo usa a expressão Igreja Doméstica, pois as comunidades se reuniam nas casas • A civilização urbana se expandia e promovia uma revolução social e cultural. Paulo funda comunidades nas cidades, entrando na nova organização social que emergia e cresce uma rede de comunidades cristãs urbanas • Enquanto as comunidades da Palestina eram itinerantes, Paulo passa para um cristianismo de forma sedentária. Faz da casa a estrutura fundamental das igrejas e garante comunidades com relações interpessoais, comunhão de fé e participação de todos

  42. O SURGIMENTO DAS PARÓQUIAS(48 a 54) • O modelo institucional e o crescimento dos cristãos abalaram a Igreja Doméstica. As assembleias tornam-se cada vez mais massivas e anônimas, e surge a paróquia territorial. Desaparecem as fronteiras entre a comunidade eclesial e a sociedade civil e se identifica a paróquiacom a igreja paroquial • A partir do século IV aparecem a diocese e a paróquia. A diocese surge como expansão das comunidades eclesiais urbanas e a paróquia é uma expressão dessa comunidade, em menor escala. A Igreja se organiza em torno do presbítero ou diácono que fazem as vezes do bispo • As Paróquias representam a Igreja visível espalhada por todo o mundo

  43. O SURGIMENTO DAS PARÓQUIAS(48 a 54) • As paróquias surgem da expansão missionária da Igreja. Eram originalmente rurais e chegam às cidades devido ao seu crescimento e à impossibilidade do bispo com seu presbitério, de atender aos povoados mais distantes. Nascem da preocupação pastoral e missionária e, com o tempo, passam a ser a Igreja instalada na cidade • Trento considera a paróquia sujeito de atuação da Contrarreforma. Estabeleceu a territorialidade e a criação de novas paróquias para responder ao crescimento populacional. O pároco deve residir na paróquia • Substancialmente, esse modelo chegou até hoje

  44. O SURGIMENTO DAS PARÓQUIAS(48 a 54) • No período pré-industrial, a Paróquia abraçava a sociedade local como comunidade territorial para atender às famílias • O CDC de 1917, determina a Paróquia como a menor circunscrição local, pastoral e administrativa. O CDC de 1983 define como comunidade de fiéis, constituída de maneira estável e confiada a um pároco, como seu pastor. As Paróquias são territoriais, mas podem ser pessoais • A Paróquia resiste à renovação. Sua ocupação tem sido o culto, com pouca força missionária e atuação profética

  45. A PARÓQUIA NO CONCÍLIO VATICANO II(55 a 64) • O Vaticano II apresenta a Igreja Particular, presente nas legítimas comunidades locais de fiéis, que unidas com seus pastores, são Igrejas • A Paróquia, comunidade de comunidades, torna visível a Igreja,onde todos fazem a experiência de ser Igreja com uma multiplicidade de dons, carismas e ministérios • O concílio insiste no valor da Igreja reunida em assembleia eucarística. Também aborda a natureza missionária da Igreja • O concílio destacou a condição e a dignidade de todos os batizados

  46. A PARÓQUIA NO CONCÍLIO VATICANO II(55 a 64) • A Paróquia está em rede com as demais Paróquias que formam a diocese, a Igreja Particular. Ela só pode ser compreendida a partir da Diocese. Pode-se dizer que ela é uma “célula da diocese”. A Igreja Particular é apresentada como porção do Povo de Deus; a Paróquia, entretanto, é entendida como parte da Igreja Particular • A Paróquia encontra no conceito de comunidade a auto compreensão de sua realidade histórica. Ela é uma comunidade de fiéis que torna presente a Igreja e se expressa na comunhão dos seus membros entre si, com as outras comunidades e com toda a Diocese reunida em torno ao seu bispo

  47. A PARÓQUIA NO CONCÍLIO VATICANO II(55 a 64) • A Igreja é comunhão. Sua raiz ú é o mistério do Pai que, por Cristo e no Espírito, quer que todos participem de sua vida, vivendo como filhos e filhas. O Vaticano II apresenta a eclesiologia em chave trinitária: A Igreja é o povo de Deus reunido na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A comunhão trinitária é da vida e missão da Igreja, modelo de suas relações e meta de sua peregrinação • Os membros de uma comunidade querem estar em comunhão com o Deus Uno e Trino. Cada cristão é chamado à comunhão com o Senhor. A fé é um chamado à comunhão com a Trindade

  48. A PARÓQUIA NO CONCÍLIO VATICANO II(55 a 64) • A comunhão com Deus se desdobra na comunhão com os bens que ele nos oferece, especialmente a Eucaristia. Paulo nos ensinaque nós somos um só corpo, pois participamos do único pão. Para Agostinho, a Eucaristia é sinal de unidade e vínculo de amor. O Vaticano II a apresenta como fonte e ápice de toda a vida cristã • AIgreja é sinal e instrumento de comunhão. Ela tem sua origem na Trindade. Ela se espelha na comunhão trinitária, e seu destino é a comunhão definitiva com o Deus. Para realizar sua missão, a Igreja precisa de uma constituição estável, que tem por base a “comunhão”

  49. A PARÓQUIA NO CONCÍLIO VATICANO II(55 a 64) • A comunidade entendida no horizonte da comunhão tem força profética no mundo marcado pelo individualismo. Comunidade de comunidades é para recuperar as relações interpessoais e de comunhão como fundamento para a pertença eclesial. Não há elemento mais importante para alimentar a configuração eclesial do que a comunhão • O Concílio Vaticano II aponta para três direções: a passagem do territorial para o comunitário; do princípio único do pároco a uma comunidade toda ministerial; e da dimensão cultual para a totalidade das dimensões da comunhão e da missão da Igreja no mundo

  50. A RENOVAÇÃO PAROQUIAL NA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE(65 a 72) • O magistério da AL e Caribe sempre assumiu a Paróquia e a sua renovação. Propõe a Paróquia como comunidade de comunidades. Puebla faz da Paróquia o centro de coordenação e animação de comunidades, grupos e movimentos na comunhão e participação. O vínculo da Paróquia com a diocese é aunião com o bispo, que confia ao pároco o seu cuidado pastoral • Puebla: a Paróquia é lugar de encontro, comunicação de pessoas e de bens e articulação de rede de comunidades, responsável pelo elo das comunidades entre si, com as demais paróquias e com a diocese. A renovação da Paróquia é em vista da pastoral urbana de conjunto

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