Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Universidade do Vale do Rio dos Sinos Trajetórias e lugares da formação e da pedagogia: desde a perspectiva individual ao espaço institucional Maria Isabel da Cunha ,

A compreensão de formação • Dimensão pessoal e de desenvolvimento humano; pertence ao sujeito (Nóvoa) • Capacidade e vontade de formação; • Responsabilidade pela ativação de seus processos formativos (Marcelo Garcia); • Conhecimento como “autobiográfico” (Sousa Santos); • Multiplas fontes/lugares/tempos (Tardif).

Desenvolvimento profissional • Conjunto de estratégias e processos que facilitam a reflexão do professor sobre sua prática; • Gera conhecimento prático, estratégico que alcança a capacidade de aprender com sua própria experiência; • Se legitima no âmbito do trabalho e da melhora das aprendizagens profissionais.

PROBLEMA CHAVE • Onde vem sendo realizada a formação do professor da educação superior? • Quais são os discursos e os silencios produzidos sobre esta questão? • Que limites há entre a responsabilidade individual e o protagonismo do Estado e das IES? • Que políticas e forças vem protagonizando essas praticas? • Que significado tem para os professores?

A Pesquisa: EXISTEM TERRITORIOS DE FORMAÇÃO? • Territorio de trabalho • (Programas, projetos, redes e iniciativas do Estado e de las IES). • 2) Territorio académico • (Cursos e disciplinas formais na pós graduação; prática docente , pós graduação em educação).

OBJETIVOS • Identificar as experências de formação dos professores da educação superior desenvolvidas na contemporaneidade; • Reconhecer as motivações, formas e significados das diferentes modalidades de formação; • Estabelecer relações entre as experiencias desenvolvidas e as motivações políticas e institucionais que as produzem;

Mapear as bases epistemológicas que sustentam as diferentes experiências e sua relação com a investigação no campo da educação superior; • Discutir a responsabilidade individual da formação em contraponto aos processos coletivos de sustentação da qualidade do ensino; • Reconhecer o impacto dos esforços de formação na qualificação da educação superior.

: • Onde tem havido formação? • a)Território de Trabalho: • Programas em tres universidades e em uma Rede. • b)Terriório Academico: • .* Estágio Docente: (10 PPGs); • Disciplina de metodología da Educação Superior ; • Trajetorias de docentes de diferentes áreas nos PPGs/EDU (oito no Estado) • .

ESPACIO, LUGAR Y TERRITORIO Espacio: distancia entre dos puntos o área, o volúmen entre límites determinados (p. 699); • Lugar: espacio ocupado, espacio propio para determinado fin (p. 1051); • Territorio: área de un país; porción de tierra; base geográfica sobre la cual hay ejercicio de soberanía (p.1669). • Nuevo Diccionario Aurelio de la Lengua Portuguesa, Ed. Nova Fronteira, 1986.

A universidade é o espaço de formação dos professores da Educação superior. • Formação em duas direções: • - A formação para a investigação que tem a pós graduação strictu senso como referencia (condição exigida para o ejercicio de la docencia universitaria. • A segunda, menos legitima, é a formação para a docencia que faz assistematicamente em forma de educação continuada..

Que transforma o espaço em lugar? • A dimensão humana é que transforma o espaço em lugar. . O lugar é constituído quando atribuímos sentido aos espaços, (reconhecemos sua legitimidade para localizar ações, expectativas, esperanças e possibilidades. .

Quando o lugar se constitui em territorio? • Lopes (2007) afirma que o território é, assim, um espaço mediado pelas representações construídas por determinado grupo ao estabelecer seu poder frente a outros e se apropria do espaço como forma de expressão e projeção (p. 80). • Nessa explicação se percebe a relação entre espaço, lugar e território. O espaço se transforma em lugar quando os sujeitos que lá transitam lhe atribuem significados. O lugar se torna território quando se explicitam os valores e dispositivos de poder de quem atribui os significados .

Alguns achados: • Se a universidade é o espaço inconteste da formação dos docentes universitários, nem sempre se constituem em lugares; • As experiências estão em lugares esparsos e descontínuos. O que se dá em muitos lugares é porque não tem um lugar reconhecido; • Por essa razão não se constituem como territórios.

Para a construção de territórios é preciso • “um organizador de definição de significados e papeis simbólicos, pois trata-se de um processo complexo de duplo movimento: de quem produz uma progressiva ocupação do espaço e a constituição de um objeto-unidade social que estará em tensionamento e viverá progressiva fusão com o objeto-instituição” (Fernandez, 2006,pg.47).

Algunas reflexiones resultantes de la investigación • Com a intenção de melhor organizar essa condição, explicitamos tres estruturantes para o campo: • - oâmbito das políticas, • - oâmbito da formação e • - oâmbito da investigação.

No âmbito das políticas: a) Provocar a reflexão sobre a importância da formação a importância da formação profissional para o docente universitário; b) Instituir lugares de formação e criterios para a legitimação dessa ação; d) Reconhece a responsabilidade institucional nos processos de formação; f) Pressionar os órgãos governamentais e institucionais a desencadear políticas incentivadoras para melhoria das práticas pedagógicas na universidade; g) Rever as formas de recrutamento e progressão na carreira do professor universitario, ressaltando a importância dos saberes da docencia.

No âmbito dos processos de formação: • Reconhecer que os professores tem saberes construídos e que é a partir deles que se constitui a pedagogía universitaria; • Perceber que a universidade é um espaço heterogêneo e que interesses das macro estruturas são parte integrante de suas pedagogias; • Abandonar as metanarrativas do “dever ser” para construir saberes a partir da cultura de cada campo científico; • Estimular as Facultades de Educção para assumir as pedagogias no plural e a dedicar energias para pensar a educação superior.

No âmbito da investigação: a) Aprofundar estudos que problematizem a pedagogia universitária como campo de conhecimento, em sua perspectiva histórica, política e sociológica; b) Tomar as distintas especialidades e carreiras com suas especificidades e produzir conhecimento, incluindo as estruturas sociais que sobre elas incidem; c) Desenvolver estudos sobre as “boas práticas” na universidade, como metodologia de construção de conhecimentos; d) Socializar resultados investigativos e fazer formas de resistência frente a políticas de cunho competitivo e mercadológico presentes na educação superior;

Os desafios contemporâneos para a universidade são muitos e podem surgir em formas alternativas na sua constituição. Não podemos, portanto, nos alijar da especificidade da natureza universitária, que assume a formação profissional em espaços valorativos com capacidade crítica e compromisso social.

REFERENCIAS TEÓRICAS • HARGREAVES, Andi – territorio y lugares; • SOUSA SANTOS, Boaventura – formación como colonialismo y como emancipación • TARDIF, Maurice – Saberes, origenes e naturalezas; • CHAUÍ, Marilena - Universidad y proyectos políticos; • CORREA, José Alberto – profesión docente • MARCELO GARCIA, Carlos; MAYOR RUIZ, Cristina – aprendizajes de los adultos, docencia en la universidad. • CUNHA, Maria Isabel; BORDAS, Merion; ANASTASIOU, Lea; PIMENTA, Selma; MASETO, Marcos – formación de professores/docencia universitaria

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