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Avaliação da Segurança de resíduos de drogas veterinárias

Avaliação da Segurança de resíduos de drogas veterinárias. III Simpósio Internacional de Inocuidade de Alimentos VIII simpósio Brasileiro de Microbiologia de Alimentos Elizabeth S. Nascimento FCF/USP S.P. 25/10/2004. Avaliação da Segurança de resíduos de drogas veterinárias.

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Avaliação da Segurança de resíduos de drogas veterinárias

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Presentation Transcript


  1. Avaliação da Segurança de resíduos de drogas veterinárias III Simpósio Internacional de Inocuidade de Alimentos VIII simpósio Brasileiro de Microbiologia de Alimentos Elizabeth S. Nascimento FCF/USP S.P. 25/10/2004

  2. Avaliação da Segurança de resíduos de drogas veterinárias Notícias veiculadas pela mídia sobre riscos à saúde e ao meio ambiente: • Descobertas científicas (pesquisa) • tabagismo e fumante passivo • contaminação de alimentos • drogas de abuso • Relatos leigos

  3. Avaliação da Segurança de resíduos de drogas veterinárias Outros tipos de risco: Pessoais. seja dormindo, comendo, viajando, praticando esportes ou não os praticando. Respirando. Atravessando a rua. Trabalhando. Assume-se riscos. Porém, esses tipos de risco não são claramente definidos e pouco se pensa sobre eles

  4. Avaliação da Segurança de resíduos de drogas veterinárias Riscos que parecem causar maior inquietação são os relatados científicamente, por orgãos governamentais, após avaliação. Pergunta: Qual o risco associado a um dado evento?

  5. AVALIAÇÃO DE RISCO Visa identificar, caracterizar e quantificar o risco envolvido na utilização dos agentes químicos

  6. Avaliação da Segurança de resíduos de drogas veterinárias • Fases da avaliação de risco • Gerenciamento do risco • Exemplos de avaliação de risco

  7. AVALIAÇÃO DE RISCO Pode ser entendida como: Processo científico que define os componentes do risco com precisão, geralmente em termos quantitativos, calculando a probabilidade de ocorrência de um determinado evento.

  8. AVALIAÇÃO DE RISCO Tarefa difícil: Envolve diversas disciplinas. Profissionais com diversos graus de especialização e formação. Exige adequados protocolos de pesquisa, obtenção e análises de dados.

  9. GERENCIAMENTO DO RISCO Processo de redução do risco aos níveis considerados toleráveis pela sociedade e o seu respectivo controle, monitorização e comunicação ao público Visa previnir potenciais danos aos indivíduos e ecossistemas

  10. AVALIAÇÃO DE RISCO Cientistas se valem da avaliação de risco para estabelecer a probabilidade de ocorrência de um efeito nocivo. Leigos se baseiam em julgamentos intuitivos de risco, denominados percepção de risco.

  11. AVALIAÇÃO DE RISCO FATORES A SEREM CONSIDERADOS AO SE ESTABELECER NÍVEIS ACEITÁVEIS DE RISCO Benefícios: crescimento econômico maior disponibilidade de empregos melhora na qualidade de vida Malefícios: deterioração da qualidade de vida danos à saúde custos com cuidados médicos perda de recursos ambientais

  12. AVALIAÇÃO DE RISCO CAMPOS DE APLICAÇÃO Exposição em acidentes químicos Exposição ocupacional Contaminação de água potável Exposição em locais de dejetos químicos e em tomadas de decisão para minimizá-los Exposição aos produtos químicos, entre eles os medicamentos usados na terapêutica humana e animal Estabelecimento de limites de tolerância na liberação de toxicantes ao ambiente

  13. AVALIAÇÃO DE RISCO Fases: Identificação do Perigo (Avaliação da toxicidade) Estabelecimento da Relação Dose-Resposta Estimativa da Exposição Caracterização do Risco

  14. AVALIAÇÃO DE RISCO* 1a. Fase: IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO Avaliação da toxicidade Qual o efeito nocivo causado pelo agente químico? *EPA, National Research Council

  15. AVALIAÇÃO DE RISCO1a. Fase: IDENTIFICAÇÃO DO PERIGODados toxicológicos necessários à avaliação de risco Ensaios in vivo Toxicidade aguda- DL50, CL50, oral, dérmica, inalatória irritação ocular, dérmica sensibilização dérmica Toxicidade subcrônica Toxicidade crônica Estudos especiais: reprodução, carcinogênese, metabolismo, toxicodinâmica, neurotoxicidade, comportamentais

  16. AVALIAÇÃO DE RISCO1a. Fase: IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO (2) Ensaios in vitro Mutagenicidade Aberrações cromossômicas Outros ensaios: propriedades físico-químicas; potencial de degradação, mobilidade e dissipação no solo, água e ar; acúmulo em animais aquáticos, animais selvagens e plantas.

  17. AVALIAÇÃO DE RISCO1a. Fase: IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO (3) Estudos epidemiológicos Retrospectivos Prospectivos Estudos de caso

  18. AVALIAÇÃO DE RISCO 2a. Fase: ESTABELECIMENTO DA RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA Qual a porcentagem de indivíduos, nos quais podem ser observados efeitos nocivos quando expostos a uma dose específica do agente químico?

  19. AVALIAÇÃO DE RISCO2a. Fase: RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA Considerar: os níveis de dose e os efeitos associados à essas doses em ensaios com animais de experimentação, e utilizar essas doses para o cálculo de uma dose equivalente em humanos

  20. AVALIAÇÃO DE RISCO2a. Fase: RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA (2) Considera-se que: Aumentando-se a dose aumenta-se o efeito observado. Doses de não efeito (NOAEL) Doses de menor efeito (LOAEL) Doses de efeitos (FEL)

  21. AVALIAÇÃO DE RISCO2a. Fase: RELAÇÃO DOSE-RESPOSTA (3) NOAEL: Dose onde não se observa efeito adverso Maior dose administrada num estudo de toxicidade na qual não se observa nenhum efeito adverso LOAEL: Menor dose onde se observa um efeito adverso Menor dose administrada num estudo de toxicidade na qual se observa um efeito adverso

  22. AVALIAÇÃO DE RISCO 3a. Fase: ESTIMATIVA DA EXPOSIÇÃO Qual a possibilidade de ocorrência de exposição em diferentes condições?

  23. AVALIAÇÃO DE RISCO3a. Fase: ESTIMATIVA DA EXPOSIÇÃO Potenciais populações em risco de exposição efetiva: Deve -se considerar as diversas vias de exposição: inalatória, oral, dérmica. Exposição ocupacional, doméstica, através dos alimentos, água potável, ar.

  24. AVALIAÇÃO DE RISCO 3a. Fase: ESTIMATIVA DA EXPOSIÇÃO (2) PRESENÇA DE ANTIBIÓTICOS EM ÁGUA Agência de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos* analisou amostras de água de 139 riachos em 30 estados. - presença de antibióticos em 48% das amostras em níveis residuais 3,6 ppb *Environ. Sci. Technol. 2002, 36: 1202-1211.

  25. AVALIAÇÃO DE RISCO 3a. Fase: ESTIMATIVA DA EXPOSIÇÃO (3) Considerar outros fatores que possam influenciar na resposta à exposição: fontes adicionais de contaminantes concentração desses eventuais contaminantes formas de exposição nível real do agente químico que efetivamente atinge a população

  26. AVALIAÇÃO DE RISCO 3a. Fase: ESTIMATIVA DA EXPOSIÇÃO (4) Níveis reais de contaminação: Medições no solo, alimentos, água, ar. Obtenção de dados que determinem estilos de vida e se relacionem de fato com a exposição. Considerar idade, sexo, período de residência no local, hábitos pessoais (fumo, bebidas alcoólicas, drogas), atividade ocupacional, patologias.

  27. AVALIAÇÃO DE RISCO 3a. Fase: ESTIMATIVA DA EXPOSIÇÃO (5) Nessa fase estabelece-se que se a estimativa da exposição ambiental é significativamente menor do que a menor dose que produz uma resposta numa população estudada, a probabilidade de dano aos indivíduos expostos é pequena. O contrário também é verdadeiro

  28. AVALIAÇÃO DE RISCO 4a. Fase: Caracterização do Risco Qual a porcentagem da população que poderá ser afetada e qual será o grau de nocividade observado?

  29. AVALIAÇÃO DE RISCO 4a. Fase: Caracterização do Risco (2) RISCO = TOXICIDADE X EXPOSIÇÃO Extrapolação de dados de animais para humano utilizando fatores de incerteza na avaliação de risco que fornecem uma margem de segurança adicional para a proteção da população Índices: IDA, DRf

  30. Parâmetros de segurança Ingesta diária aceitável (IDA) IDA= NOAEL FS NOAEL: maior dose onde não se observa efeito tóxico nos animais de experimentação FS: fator de segurança

  31. Parâmetros de segurança Métodos de extrapolação de efeitos observados em doses elevadas em animais para doses baixas em humanos. Fatores de incerteza/segurança 10X Extrapolação interespécie 10X Variação Intraespecies 3-10X Uso do LOAEL (falta de NOAEL) 3-10X Uso de estudos de toxicidade a curto prazo pelo de longo prazo 3-10X dados incompletos

  32. Parâmetros de segurança aplicáveis aos alimentos Para contaminantes que podem-se acumular no organismo: PTWI: Ingestão provisória semanal aceitável Para contaminantes que não se acumulam no organismo PMTDI: Ingestão provisória diária máxima aceitável Outras formas de expressão para contaminantes IDT ( TDI): Ingestão Diária Teórica

  33. Parâmetros de segurança Porque temos necessidade da IDA? 1953: Assembléia da Organização Mundial “Preocupação relacionada ao uso de vários compostos químicos na indústria de alimentos 1955: Implementação do JECFA(FAO/OMS) comitê conjunto de especialista de aditivos em alimentos

  34. AVALIAÇÃO DE RISCO Fundamental: Laboratórios - sistemas de qualidade Métodos validados - entendimento dos parâmetros de deteção e quantificação Estudos que incluam grupos controle Relatos confiáveis dos dados observados, calcados em literatura pertinente e de forma científica

  35. GERENCIAMENTO DO RISCO Estabelecimento de normas e leis como medidas de prevenção ou remediação Avaliação das consequências econômicas, sociais, políticas e a saúde pública Comunicação do risco

  36. GERENCIAMENTO DO RISCO A qualidade da avaliação de risco depende das informações em que se baseia e na eficácia da comunicação do risco.

  37. GERENCIAMENTO DO RISCO A percepção do risco, relacionada à comunicação de risco, se inadequada pode acarretar: inquietudes e temores na população, estabecimento incorreto de prioridades, alocações indevidas de recursos que terão menor efeito na manutenção da saúde e segurança da população, além de contribuir para a total falta de confiança nos orgãos científicos e regulamentadoras.

  38. AVALIAÇÃO DE RISCO Questões fundamentais: O nível da exposição é suficiente para acarretar um dano? Se for, qual o efeito nocivo observado nesse nível de exposição?

  39. AVALIAÇÃO DE RISCOSeleção de efeitos tóxicos na Avalação de risco Dieta - Agudo Exposição única - Cronico exposição por toda vida Não relacionados a dieta - Incidental Oral - Dérmico - Inalacão

  40. RESÍDUOS PERÍODOS DE CARÊNCIA X LIMITES MÁXIMOS PERMITIDOS(LMP) LIMITE DE TOLERÂNCIA (LT) LIMITE MÁXIMO DE RESÍDUO(LMR)

  41. AVALIAÇÃO DE RISCO Antibióticos - possiveis causas de aumento de moléstias em humanos Aumento: do risco de infecção por linhagens resitentes - uso de antimicrobianos aumento da virulência das linhagens resitentes aumento da disseminação em animais infecções mais difíceis de tratar reserva de resistência de genes em animais transferidas para patógenos humanos

  42. AVALIAÇÃO DE RISCO -Considerações Reações alérgicas e disturbios da flora intestinal obsrvadas apenas em doses terapêuticas em humanos e em animais - estimativa 1 em 5000 e 1 em 140000 indivíduos exposos. Residuos de tetracyclines em suínos - uso de formulações injetáveis MRLs não reflete o real risco para os consumidores no caso desse limite ser ultrapassado. Se o MRLs para tetraciclina for ultrapassado em carne por um fator de 400, 40000, e 200000, respectively, o risco real de uma reação adversa para o consumidor após uma única ingestão dessa carne é de 1 em 3 milhões, 1 em 300000, e 1 em 8000, respectivamente. Nas doses atuais o risco anual para o consumidor de efeito adverso pelo consumo de carne suina é de no máximo 1 em 33 milhões. O risco anual de um disturbio temporário na flora intestinal resulte em infecção de Salmonella spp,, é estimado em 1 in 45 milhões. Conclusão: os risco de uma infecção microbiana são maiores do que o risco do resíduo de tetracyclines nas condições atuais q eu o controle de risco microbiological é primordial Berends, et al 2001

  43. Exposição Perigo • Risco Avaliação do Risco à saúde humana

  44. AVALIAÇÃO DE RISCO DRf aguda = NOAEL _ FS % aRfD = Exposição através da dieta x 100 DRf aguda DRf: 67mg/kg = 0.67 mg/kg 100

  45. AVALIAÇÃO DE RISCODose de Referencia Crônica - dieta Estudo: toxicidade crônica – cães Dose: NOAEL 2.0 mg/kg/dia Efeito: Diminuição de peso coorpóreo, alterações hematológicas: 20 mg/kg/dia FS: 100 DRf crônica: 2.0 mg/kg / 100 = 0.02 mg/kg/dia

  46. Relatórios de estudos sobre resistencia aos antibióticos • Dados limitados sobre vigilancia contínua sobre a resitencia antimicrobiana em animais de abate. • DANMAP 97 , relatório europeu foi o primeiro e o mais influente, primeira evidencia de relação entre uso de antibióticos como promotor de crescimento em animais de criaçãoe a resistencia bacteriana human e animal aos antibióticos. • Franca relatório -antibióticos em gado (Martel et al.,1995). • MAFF, 1998, Reino Unido - revisão do impacto da resistencia a antibióticos em todos as estágios da produção de alimentos. • Concluem que existe uma ligação entre o uso de doses subterapêuticas de antibiótico como promotor de crescimento e a resistencia antimicrobiana em bactérias.

  47. Relatórios de estudos sobre resistencia aos antibióticos • EUA - FDA (2000) estudo inconclusivo a partir de dados levantados no país. Sugere: • (1) não existir evidência de aumento de patógenos em animais tratados com antibioticos, com exceção de penicilina em suinos • (2) os efeitos de avoparcina na infeção por Salmonella dependem da idade • (3) existe bons dados relacioandos apenas a infecção por Salmonella spp. emsuinos e aves • (4) existe uma preocupação com o uso de doses subterapêuticas em aves e bovinos de que possa contribuir para a prevalencia de resistencia a antibióticos.

  48. Relatórios de estudos sobre resistencia aos antibióticos • US National Research Council (1999) - riscos do uso de antibióticos na produção animal e concluiu que s dados existentes são fragmentados e que o banimento é desnecessário. • Coffman (2000) avaliando este relatório também concluiu que não existem riscos graves de antibióticos em carne processada e que existem sim esforços suficientes nos EUA para limitar a resistencia existente. • Segunda conclusão, ainda mais importante porque o US National Research Council considerou pela primeira vez que o uso de antibióticos em alimentos e animais está relacionado com a resistencia a antibióticos em humanos. • Porém, este relatório termina dizendo que a incidencia de resistencia é muito baixa

  49. AVALIAÇÃO DE RISCO “Tanto a toxicologia quanto a medicina são consideradas como ciência e como arte. • Ciência: fases de observação e coleta de dados passível de serem reproduzidas • Arte: à partir dos dados gerados tenta-se prevenir a ocorrência de exposições que sejam nocivas aos indivíduos e ao ambiente” Gallo, 1996

  50. AVALIAÇÃO DE RISCO Em várias situações estas fases se correlacionam porque os fatos gerados pela toxicologia como ciência são usados para gerar hipóteses que tentam explicar os efeitos adversos de agentes químicos em situações onde as informações são precárias Exemplo: Fato: sacarina é indutor de câncer em animais Hipótese ou previsão: concluir que ocorrerá o mesmo em humanos.

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