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Produção Enzimática de Biodiesel

Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Engenharia Química Engenharia Bioquímica. Produção Enzimática de Biodiesel. Alunos:Amanda de Souza Wolff Bruno Steffen Baggio Fabiana Sedina Antunes Professor: Agenor Furigo Jr. Introdução. Alto preço do petróleo.

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Produção Enzimática de Biodiesel

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Presentation Transcript


  1. Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC Engenharia Química Engenharia Bioquímica Produção Enzimática de Biodiesel Alunos:Amanda de Souza Wolff Bruno Steffen Baggio Fabiana Sedina Antunes Professor: Agenor Furigo Jr

  2. Introdução • Alto preço do petróleo. • Constante busca por alternativas ecologicamente corretas. • Substituto do óleo diesel convencional.

  3. O que é Biodiesel?

  4. Ésteres de ácidos graxos • Obtido por transesterificação • Usado como aditivo • Não pode ser usado diretamente nos motores a diesel • Balanço de emissão de carbono é nulo • Pode ser produzidos em baixas escalas • Biodegradável • Produz baixos níveis de CO e NO

  5. História • Rudolf Diesel - 1893 • Década de 40 – África do Sul • Década de 60 – Brasil – Conde Francisco Matarazzo • 1973 – Crise do Petróleo  PROALCOOL

  6. Biodiesel no Brasil • O país tem em sua geografia grandes vantagens agrônomas, por se situar em uma região tropical, com altas taxas de luminosidade e temperaturas médias anuais. Associada a disponibilidade hídrica e regularidade de chuvas, torna-se o país com maior potencial para produção de energia renovável. • A ANP estima que a atual produção brasileira de biodiesel seja da ordem de 176 milhões de litros anuais. • O atual nível de produção constitui um grande desafio para o cumprimento das metas estabelecidas no âmbito do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, que necessitará de, aproximadamente, 750 (milhões litros) em sua fase inicial. Ou seja, a capacidade produtiva atual supre somente 17% da demanda.

  7. Potencialidade para produção e consumo de combustíveis naturais

  8. Biodiesel no Mundo • Os biocombustíveis vêm sendo testados atualmente em várias partes do mundo. Países como Argentina, Estados Unidos, Malásia, Alemanha, França e Itália já produzem biodiesel comercialmente, estimulando o desenvolvimento de escala industrial. • No início dos anos 90, o processo de industrialização do biodiesel foi iniciado na Europa. Portanto, mesmo tendo sido desenvolvido no Brasil, o principal mercado produtor e consumidor de biodiesel em grande escala foi a Europa. • União Européia produz anualmente mais de 1,35 milhões de toneladas de biodiesel, em cerca de 40 unidades de produção. Isso corresponde a 90% da produção mundial de biodiesel.

  9. Produção Mundial de Biodiesel

  10. Vantagens do biodiesel: • A queima do biodiesel gera baixos índices de poluição, não colaborando para o aquecimento global. • Gera emprego e renda no campo, diminuindo o êxodo rural. • Trata-se de uma fonte de energia renovável, dependendo da plantação de grãos oleoginosos no campo. • Deixa as economias dos países menos dependentes dos produtores de petróleo. • Produzido em larga escala e com uso de tecnologias, o custo de produção pode ser mais baixo do que os derivados de petróleo. • Tem fácil transporte e fácil armazenamento, devido ao seu menor risco de explosão. • Ampliação da vida útil do catalisador do sistema de escapamento de automóveis.

  11. Desvantagens do biodiesel: • Se o consumo mundial for em larga escala, serão necessárias plantações em grandes áreas agrícolas. Em países que não fiscalizam adequadamente seus recursos florestais, poderemos ter um alto grau de desmatamento de florestas para dar espaço para a plantação de grãos. Ou seja, diminuição das reservas florestais do nosso planeta. • Com o uso de grãos para a produção do biodiesel, poderemos ter o aumento no preço dos produtos derivados deste tipo de matéria-prima ou que utilizam eles em alguma fase de produção. Exemplos: leite de soja, óleos, carne, rações para animais, ovos entre outros. • A grande produção do subproduto da transesterificação, a grande quantidade de glicerina que terá no mercado.

  12. Legislação • Em 2005 criou-se a Lei 11.097 • 2% até 2008 • 5% até 2013

  13. Matérias Primas • As matérias-primas para a produção de biodiesel são: óleos vegetais, gordura animal, óleos e gorduras residuais. Óleos vegetais e gorduras são basicamente compostos de triglicerídeos, ésteres de glicerol e ácidos graxos . • Algumas fontes para extração de óleo vegetal que podem ser utilizadas: baga de mamona, polpa do dendê, amêndoa do coco de dendê, amêndoa do coco de babaçu, semente de girassol, amêndoa do coco da praia, caroço de algodão, grão de amendoim, semente de canola, semente de maracujá, polpa de abacate, caroço de oiticica, semente de linhaça, semente de tomate e de nabo forrajeiro. • Entre as gorduras animais, destacam-se o sebo bovino, os óleos de peixes, o óleo de mocotó, a banha de porco, entre outros, são exemplos de gordura animal com potencial para produção de biodiesel. Os óleos e gorduras residuais, resultantes de processamento doméstico, comercial e industrial também podem ser utilizados como matéria-prima. • Os óleos de frituras representam um grande potencial de oferta. Um levantamento primário da oferta de óleos residuais de frituras, suscetíveis de serem coletados, revela um potencial de oferta no país superior a 30 mil toneladas por ano.

  14. Matérias-Primas Produtividade média por hectare

  15. Processo de Produção de Biodiesel • Os métodos para a obtenção de biodiesel podem diferenciar na escolha da matéria-prima e da via de obtenção, as quais podem ser básica, ácida, fluido supercríticos, pirólise e enzimática. • O processo para a transformação do óleo vegetal ou da gordura animal em biodiesel chama-se TRANSESTERIFICAÇÃO. • A transesterificação é um processo de conversão de triglicerídeos a ésteres de ácidos graxos e glicerina, através da reação com álcoois, podendo ter a presença de um ácido ou de uma base forte ou enzima. Especificamente, para o caso da produção de biodiesel, os triglicerídeos usados são gorduras animais ou óleos vegetais, os álcoois são etílicos ou metílicos, as bases são hidróxido de sódio ou potássio, o ácido é o sulfúrico e a enzima é a lipase, gerando-se como produto final os ésteres metílicos ou etílicos (biodiesel) e a glicerina.

  16. Reação de Transesterificação Transesterificação de triglicerídeos com álcool; a) Equação Geral; b) Reações consecutivas e reversíveis

  17. Catálise Básica e Ácida • No caso de transesterificação alcalina, os glicerídeos e o álcool devem ser anidridos, pois a presença de água favorece a reação de saponficação os ácidos com o sal formando sabões. O sabão consome o catalisador reduzindo a eficiência catalítica e aumentando a viscosidade. As conseqüências são a formação de gel e a dificuldade de separação do glicerol. • Embora a transesterificação por catálise alcalina possua uma alta conversão, existem algumas desvantagens: altos gastos energéticos, a recuperação do glicerol é difícil e demorada e o tratamento da água alcalina residual é requerido. • A produção do biodiesel através da catálise ácida é mais lenta comparada a via alcalina e possui uma conversão de aproximadamente 99%, porém possui o problema da separação do glicerol. Na via ácida não há a necessidade da matéria-prima passar pelo processo de secagem.

  18. Fluído Supercrítico e Craqueamento Térmico (Pirólise) • Processo de fluido supercrítico tem como objetivo a obtenção de ésteres de ácido graxo sem a utilização de catalisadores, tornando mais fácil a separação dos produtos dessa reação em relação às catálises ácida e alcalina. A matéria-prima reage com o álcool em altas pressões (45 MPa) e temperaturas (350oC). • Pirólise é a conversão de uma substância em outra por aquecimento, em ambiente inerte, degradando cadeias longas em outras menores. Esta técnica tem permitido a obtenção de biodiesel sem a necessidade de utilização de metanol ou etanol. • A matéria-prima é submetida a uma temperatura de 450oC, decompondo termicamente os triglicerídeos com um rendimento de aproximadamente 60%, produzindo um combustível composto por ésteres etílicos ou metílicos de ácidos graxos e frações de alcanos e alcenos. Porém, as plantas para este processo têm custos elevados para uma produção em pequena escala e o rendimento é baixo quando comparado aos processos analisados anteriormente.

  19. Catálise Enzimática • As enzimas são proteínas com a função específica de acelerar reações químicas que ocorrem sob condições termodinâmicas não-favoráveis. Elas aceleram consideravelmente a velocidade das reações químicas em sistemas biológicos quando comparadas com as reações correspondentes não-catalisadas. Quimicamente são polímeros formados por aminoácidos e que possuem as vantagens de operarem em condições suaves (temperatura e pressão). • A catálise enzimática sintetiza especificamente ésteres alquílicos, permite a recuperação simples do glicerol, a transesterificação de glicerídeos com alto conteúdo de ácidos graxos, a transesterificação total dos ácidos graxos livres, e o uso de condições brandas no processo, com rendimentos de no mínimo 90%, tornando-se uma alternativa comercialmente muito mais rentável. • As lipases são as enzimas que catalisam a hidrólise de acilgliceróis em ácidos graxos, diacil gliceróis, monoacilgliceróis e glicerol. As lipases são comumente encontradas na natureza, podendo ser obtidas a partir de fontes animais, vegetais e microbianas.

  20. Catálise Enzimática • A utilização de uma enzima imobilizada tem como vantagens a inexistência de rejeito aquoso alcalino, menor produção de outros contaminantes, maior seletividade, bons rendimentos, reutilização em outras reações, além de melhorar a estabilidade e atividade da enzima, essas vantagens motivam a realização de pesquisas que visem diminuir a principal desvantagem da metodologia: alto custo das enzimas puras. • A transesterificação enzimática foi comparada com a mais utilizada comercialmente (transesterificação catalisada por alcalina) e se sobressaiu nos seguintes aspectos: temperatura de reação, água na matéria-prima, ácidos graxos livres no óleo não refinado, recuperação do glicerol, rendimento e purificação de metil ésteres.

  21. Quadro Comparativo

  22. O que fazer com o Subproduto da transesterificação?(Glicerina) • Para cada litro de biodiesel da transesterificação são gerados 100 mililitros de glicerina o que significa 80.000 toneladas/ano de glicerina. • "Hoje a glicerina é absorvida pela indústria cosmética como matéria-prima. Mas, quando a produção de biodiesel aumentar, haverá mais glicerina do que o mercado é capaz de absorver". • Resíduo pode virar biogás, pois identificou-se microrganismos que se alimentam da glicerina, transformando a substância em gás. • Drogas : na indústria farmacêutica na composição de cápsulas, supositórios, anestésicos, xaropes e emolientes para cremes e pomadas, antibióticos e anti-sépticos. • Têxteis:Amaciar e aumentar a flexibilidade das fibras têxteis. • Tabaco:O glicerol tem sido empregado no processamento de tabaco a fim de tornar as fibras do fumo mais resistentes e evitar quebras. • Cosméticos: Por ser não-tóxico, não-irritante, sem cheiro e sabor, o glicerol tem sido aplicado em pastas de dente, cremes de pele, loções pós-barba, desodorantes, batons e maquiagens.

  23. Conclusão • Atualmente, cerca de 5% de toda a energia produzida no planeta é de fonte renovável e estima-se que em 2060, quando a população do planeta deverá ser de 12 bilhões de pessoas, 70% de toda a energia produzida será renovável. Oitos países possuem 81% de toda reserva mundial de petróleo; seis países detêm 70% de todas as reservas de gás natural e oitos países possuem 89% da reserva total de carvão mineral. As previsões mais otimistas estimam que, em 60 anos haverá dificuldade para se manter funcionando motores á base de derivados de petróleo. E provavelmente que, á medida que nos aproximemos da escassez dos combustíveis fósseis, deverá haver um aumento gradativo no preço destes derivados. Obviamente o biodiesel que hoje ainda é considerado de preços elevados, atingirá rapidamente valores competitivos. • No intuito de melhorar a produção e também gerar produtos mais limpos, com processos mais rápidos e economicamente viáveis, pesquisas têm avançado no uso de lipases, pois estas apresentam um biodiesel mais limpo, com pouca quantidade de glicerol e maior facilidade na separação deste, além da utilização de óleos de fritura como matéria-prima e a ausência de um pré-tratamento desta. Porém, pelo que se pode notar da literatura é que os estudos utilizando catálise enzimática ainda encontram-se na fase de planta piloto, devido aos custos na produção destes catalisadores, sendo que novas tecnologias buscam uma otimização do processo.

  24. Obrigado!!!

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