1 / 30

PERSPECTIVA TEOLÓGICO-MORAL

PERSPECTIVA TEOLÓGICO-MORAL. Francisco Martins. PERSPECTIVA TEOLÓGICO-MORAL.

breena
Download Presentation

PERSPECTIVA TEOLÓGICO-MORAL

An Image/Link below is provided (as is) to download presentation Download Policy: Content on the Website is provided to you AS IS for your information and personal use and may not be sold / licensed / shared on other websites without getting consent from its author. Content is provided to you AS IS for your information and personal use only. Download presentation by click this link. While downloading, if for some reason you are not able to download a presentation, the publisher may have deleted the file from their server. During download, if you can't get a presentation, the file might be deleted by the publisher.

E N D

Presentation Transcript


  1. PERSPECTIVA TEOLÓGICO-MORAL Francisco Martins

  2. PERSPECTIVA TEOLÓGICO-MORAL A reflexão teológico-moral, querendo ser expressão da posição oficial da Igreja Católica, procura uma maior positividade no discurso ético acerca do aborto, libertando-se de alguma rigidez dos princípios deontológicos.

  3. PERSPECTIVA TEOLÓGICO-MORAL Perspectiva moral do aborto a partir da moral católica Referência fundamental: o valor da vida.

  4. Para uma formulação correcta da perspectiva moral é necessário ter em conta o seguinte aspecto: 1) a vida humana é valorizada a partir do plano humano: o discurso moral fundamenta-se nos dados científico-filosóficos sobre quando e como aparece a vida humana Marciano Vidal, em Moral de Atitudes, (1991)

  5. Para uma formulação correcta da perspectiva moral é necessário ter em conta o seguinte aspecto: 2) a formulação do valor da vida humana deve evitar as conceptualizações e expressões que se movam dentro de um universo ‘sacralizado’ fechado Marciano Vidal, em Moral de Atitudes, (1991)

  6. Para uma formulação correcta da perspectiva moral é necessário ter em conta o seguinte aspecto: 3) a teologia moral do aborto deve expressar o valor da vida humana de forma mais positiva que negativa Marciano Vidal, em Moral de Atitudes, (1991)

  7. Para uma formulação correcta da perspectiva moral é necessário ter em conta o seguinte aspecto: 4) por último, a metodologia de abordagem ao aborto tem que assumir, em diálogo com cultura hodierna, um discurso aberto que inclua as noções de ‘conflito’ e de ‘situações limite’. Marciano Vidal, em Moral de Atitudes, (1991)

  8. A perspectiva teológico-moral católica Deve promover um discernimento ético de atitudes que supere alguns reducionismos

  9. Reducionismos a evitar A indiferença toda a pessoa humana está implicada na realidade social do aborto. Não diz só respeito à mulher

  10. Reducionismos a evitar A postura condenatória uma condenação supõe e conduz à negatividade. Em vez de dizer ‘não’ ao aborto, antes dizer e praticar o ‘sim’ à vida

  11. Reducionismos a evitar Argumentação não fundamentada não se pode afirmar mais do que aquilo que está comprovado, nem exagerar os termos, ou os conceitos, ou as imagens Argumentar a partir de uma postura totalmente segura

  12. A actual doutrina da Igreja Católica Fontes • Sagrada Escritura • Tradição Cristã • Magistério Aprofundados com a reflexão da teologia moral e os contributos das ciências da vida.

  13. Bíblia A Bíblia não apresenta referências directas e explícitas ao tema do aborto. Os textos que se referem não contém um ensinamento directo e claro sobre o aborto • Antigo Testamento: Ex 21, 22-23 • Novo Testamento: Gal 5, 20; Ap 9, 21; 21, 8; 22, 15.

  14. Bíblia É clara uma visão do cosmos favorável à vida humana; visão coerentemente aplicável à realidade concreta do aborto. Não apresenta uma condenação explícita mas o silêncio não significa uma aprovação implícita.

  15. Bíblia Para o povo judeu • a vida é considerada o valor paradigmático para todos os outros valores e admirada como um dom de um Deus • os filhos são olhados como uma bênção e a esterilidade como uma maldição • a pessoa humana era formada pelo poder criador de Deus ainda no ventre materno

  16. Bíblia Por estas razões a prática do aborto provocado encontraria pouco sentido. O silêncio sobre o aborto provocado indica que uma legislação deste tipo era inútil. Grisez, em Abortion (1970)

  17. Bíblia No dizer do teólogo Ciccone, uma das mensagens mais fortes e constantes da Bíblia é a de um Deus protector dos pequenos e dos fracos, incapazes de fazerem valer os seus direitos. Não aparece uma referência aos nascituros porque estavam já protegidos pela cultura e pelas concepções religiosas do povo hebraico. Mas a partir do momento em que o ‘pequeno’ (zigoto) vive no ventre da mulher pertence a esta categoria bíblica dos indefesos e, olhado como ser humano entre todos o mais débil, aplica-se-lhe a mensagem bíblica de severa condenação contra qualquer violência e atentado à vida.

  18. Tradição A Tradição da Igreja sempre considerou a vida humana como algo que deve ser protegido e favorecido, desde o seu início, do mesmo modo que durante as diversas fases do seu desenvolvimento. Opondo-se aos costumes greco-romanos, a Igreja dos primeiros séculos insistiu na distância que, quanto a este ponto, separa deles os costumes cristãos. [Declaração sobre o Aborto Provocado, nº6, (1974)]

  19. Tradição O livro chamado Didaché é claro: «Tu não matarás, mediante o aborto, o fruto do seio; e não farás perecer a criança já nascida». [Declaração sobre o Aborto Provocado, nº6, (1974)]

  20. Tradição Atenágoras frisa bem que os cristãos têm na conta de homicidas as mulheres que utilizam medicamentos para abortar; ele condena igualmente os assassinos de crianças, incluindo no número destas as que vivem ainda no seio materno, «onde elas já são objecto da solicitude da Providência divina». [Declaração sobre o Aborto Provocado, nº6, (1974)]

  21. Tradição Tertuliano, não deixa de afirmar, com clareza, o princípio essencial: «É um homicídio antecipado impedir alguém de nascer; pouco importa que se arranque a alma já nascida, ou que se faça desaparecer aquela que está ainda para nascer. É já um homem aquele que o virá a ser»’’ [Declaração sobre o Aborto Provocado, nº6, (1974)]

  22. Magistério As primeiras intervenções do Magistério surgem no contexto de Concílios Regionais com intervenções de carácter disciplinar. O mais antigo é o de Elvira (305), seguido do de Ancira (314). Este último tem a preocupação de mitigar a disciplina precedente, que excluía da comunhão eclesial para toda a vida quem praticasse o aborto (Delmaile, Abortement, 1935)

  23. Magistério Até ao tempo de uma carta de Estevão V, datada entre 887 e 888, que qualifica o aborto como um homicídio e depois até ao século XX não há a assinalar nenhuma novidade significativa.

  24. Magistério O século XX trouxe novidades a partir de Pio XI. Encíclica Casti connubii (1930). Dadas as correntes de pensamento e iniciativas para a legalização do aborto, inicia-se um tipo de magistério que não se limita a condenar o aborto. Dá as razões positivas em defesa da vida, desmascarando a mentalidade abortista.

  25. Magistério Concílio Vaticano II Constituição Pastoral Gaudium et spes nn. 27 e 51 defesa da dignidade da vida humana desde a sua concepção

  26. Magistério Este tipo de intervenção é confirmada e ampliada pela já citada declaração da Congregação para a Doutrina da Fé sobre o Aborto Provocado, de 1974.

  27. Magistério Papa João Paulo II, grande doutrinador Encíclica Evangelium vitae 1995 Apresenta a doutrina mais ampla e orgânica sobre o tema do aborto, no contexto de uma exposição que põe o fundamento na concepção cristã da vida e da sua consequente inviolabilidade. O aborto é indicado como problema moral a requerer particular atenção, pois constitui uma das maiores ameaças à vida humana inocente no nosso tempo.

  28. Magistério Conclusão: a condenação do aborto provocado, como gravemente ilícito, faz parte do ensinamento do magistério ordinário e universal da Igreja Católica.

  29. O Fundamento O valor da vida humana está na base de toda a reflexão moral acerca do aborto

  30. Valores fundamentais em questão • o reconhecimento do direito de todo o ser humano às mais básicas condições de vida; • a protecção do direito a viver; • a defesa de uma ideia recta da maternidade; • o princípio ético do médico como protector e servidor da vida humana e nunca como seu destruidor. B. Häring

More Related