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Prof. Felipe Jedyn DEMEC – UFPR

Materiais Não Metálicos TM334 Aula 01: Revisão de Estrutura Atômica e Ligação Interatômica e Introdução aos Materiais Cerâmicos. Prof. Felipe Jedyn DEMEC – UFPR. O que será visto. Cerâmicos

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  1. Materiais Não MetálicosTM334Aula 01: Revisão de Estrutura Atômica e Ligação Interatômica e Introdução aos Materiais Cerâmicos Prof. Felipe Jedyn DEMEC – UFPR

  2. O que será visto Cerâmicos Os materiais cerâmicos são combinações de elementos metálicos e não metálicos, frequentemente óxidos, nitretos e carbetos. Nesta classificação, existe um grande número de materiais, como: argilas, cimentos e vidros.

  3. O que será visto Cerâmicos Apresentam ligações tipo iônicas ou covalentes, sendo isolantes elétricos e térmicos. Os cerâmicos são em geral resistentes e muito frágeis. São resistentes à elevadas temperaturas e muito resistentes a ambientes corrosivos.

  4. O que será visto Polímeros Os materiais poliméricos são normalmente combinações de elementos orgânicos, como o Carbono, Hidrogênio além de outros materiais não metálicos.

  5. O que será visto Polímeros Nesta classe, os átomos estão ligados por ligações covalentes, além de outros tipos de ligações como forças de Van der Waals. São isolantes elétricos e térmicos, sendo em geral de baixa densidade e grande flexibilidade. Pela constituição e tipos de ligações, apresentam limitada aplicação em temperatura.

  6. O que será visto Materiais Compósitos Compósito é basicamente um material em cuja composição entram dois ou mais tipos de materiais diferentes. Alguns exemplos são metais e polímeros, metais e cerâmicos ou polímeros e cerâmicos. Os materiais que podem compor um material compósito podem ser classificados em dois tipos:

  7. O que será visto Materiais Compósitos Material matriz é o que confere estrutura ao material compósito, preenchendo os espaços vazios que ficam entre os materiais reforços e mantendo-os em suas posições relativas. Materiais de reforço são os que realçam propriedades mecânicas, eletromagnéticas ou químicas do material compósito como um todo.

  8. O que será visto Materiais Compósitos O grande potencial de desempenho destes materiais está baseado na possibilidade de sinergia entre material matriz e materiais reforços que resulte no material compósito final com propriedades não existentes nos materiais originais isoladamente.

  9. Bibliografia Recomendada Cerâmicos 1 – Ciência e Engenharia de Materiais – Uma Introdução, 5ª edição. William D. Callister, Jr. 2 – Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais, 3ª edição. William F. Smith 3 – Propriedades dos Materiais Cerâmicos. Lawrence H. Van Vlack 4 – AnIntroductiontotheMechanicalPropertiesofCeramics. David J. Green 5 – ModernCeramicEngineering, 2ª edição. David W. Richerson

  10. REVISÃOEstrutura Atômica e Ligação Interatômica

  11. Revisão: Conceitos Fundamentais • Algumas das propriedades importantes dos materiais sólidos dependem dos arranjos geométricos dos átomos e também das interações que existem entre os átomos ou moléculas constituintes. • Um exemplo é o Carbono Grafite e Diamante que apresentam durezas diferentes, sendo o primeiro com dureza relativamente baixa enquanto o segundo de elevada dureza. • Esta diferença está justificada diretamente a partir do tipo de ligação interatômica que ocorre no Grafite e que não é encontrada no Diamante.

  12. Revisão: Conceitos Fundamentais

  13. Revisão: Conceitos Fundamentais • Vamos revisar conceitos fundamentais como estrutura atômica, configurações eletrônicas dos átomos e tabela periódica, e os vários tipos de ligações interatômicas primárias e secundárias que mantêm unidos os átomos que compõe um sólido.

  14. Revisão: Conceitos Fundamentais A estruturaeletrônica dos átomos determina a natureza das ligações atômicas e define algumas propriedades dos materiais Propriedades: físicas, ópticas, elétricas e térmicas Ordem de grandeza da estrutura atômica  10-15 a 10-10 m

  15. Revisão: Conceitos Fundamentais Cada átomo consiste de um pequeno núcleo composto por prótons e nêutrons, que é circundado por elétrons em movimento. Elétrons e prótons são carregados eletricamente com carga de 1,6 x 10-19 C, negativo em sinal para elétrons e positivo para prótons, enquanto os nêutrons são eletricamente neutros.

  16. Revisão: Conceitos Fundamentais A massa das partículas é muito pequena, sendo a dos prótons aproximadamente igual a dos nêutrons de 1,67 x 10-27 kg e a dos elétrons de 9,11 x 10-31 kg.

  17. Revisão: Conceitos Fundamentais Cada átomo é caracterizado pelo número atômico Zou número de prótons. O Z varia desde 1 (Hidrogênio) até 92 (Urânio), considerando os elementos químicos estáveisda tabela periódica, que ocorrem naturalmente. Um átomo eletricamente neutro é aquele que apresenta o mesmo número de prótons e elétrons.

  18. Revisão: Conceitos Fundamentais O número de massa A, pode ser expresso pela soma das massas dos prótons e nêutrons do seu núcleo. Embora um átomo de um determinado elemento apresente o mesmo número de prótons, podem existir diferentes números de nêutrons, o que origina os Isótopos do elemento. O peso atômico de um elemento corresponde à média ponderada das massas atômicas dos isótopos. Uma unidade de massa atômica (u.m.a) é definida como sendo 1/12 avos da massa atômica do Isótopo do Carbono 12 (12C), sendo A = 12,00000. Desta forma, dentro deste método podemos aproximar: A ̴̴ Z + N

  19. Revisão: Conceitos Fundamentais O peso atômico de um elemento ou molecular de um composto pode ser especificado com base na unidade de massa atômica por átomo ou massa por mol de material, sendo: 1 u.m.a/átomo = 1 g/mol Em um mol de qualquer substância temos: 6,02 x 1023 átomos ou moléculas (nº Avogadro). Exemplo: Átomo de Ferro: Massa Atômica:55,85 u.m.a./átomo ou 55,85 g/mol.

  20. Revisão: Modelos Atômicos Modelo Atômico de Bohr Modelo atômico no qual os elétrons circulam ao redor do núcleo atômico em orbitais e a posição de qualquer elétron é mais ou menos bem definido em termos do seu orbital. Um importante princípio da mecânica quântica determina que os elétrons apresentam energias quantizadas; isto é, aos elétrons permite-se apenas que possuam valores de energia específicos. Um elétron pode mudar de energia, mas para isto deve mudar de nível (salto quântico) absorvendo ou emitindo energia.

  21. Revisão: Modelos Atômicos Modelo Atômico de Bohr Figura mostrando os três primeiros estados de energia eletrônicos do átomo de Hidrogênio de Bohr (-13,6 / -3,4 / -1,5 eV) (a). (0eV de ref. = e- livre) Obviamente o único elétron do H irá preencher somente um desses estados. Estados de energia do elétron para as três primeiras camadas segundo o modelo ondulatório (b).

  22. Revisão: Modelos Atômicos O Modelo Atômico de Bohr apresenta várias limitações (a) quando é usado para explicar alguns fenômenos envolvendo os elétrons, problema que foi resolvido pela adoção do modelo mecânico-ondulatório, onde se considera que os elétrons exibem características tanto de onda como de partícula. Assim, passa-se a considerar a probabilidade de um elétron ocupar certas posições ao redor do núcleo atômico (b).

  23. Revisão: Modelos Atômicos Ou seja, com este modelo o elétron não é mais tratado como uma partícula que se move em um orbital distinto; em vez disto, a posição do elétron é considerada como sendo a probabilidade de um elétron estar em vários locais ao redor do núcleo. Em outras palavras, a posição é descrita por uma distribuição de probabilidades ou uma nuvem eletrônica.

  24. Revisão: Números Quânticos Usando a mecânica ondulatória, cada elétron em um átomo é caracterizado por quatro parâmetros chamados números quânticos. Os níveis energéticos de Bohr são separados em subcamadas eletrônicas , e os números quânticos definem o número de estados (ou orbitais) em cada subcamada. As camadas eletrônicas são especificadas por um número quântico principal “n” que assume valores inteiros a partir da unidade. As camadas são designadas com letras K, L, M, N, O e assim por diante, que correspondem, respectivamente, por valores de “n” de 1, 2, 3, 4, 5, ...

  25. Revisão: Números Quânticos Deve ser observado também que este número quântico, e somente este, está associado com o modelo de Bohr. Ele está relacionado à distância de um elétron a partir do núcleo, ou a sua posição. O segundo número quântico, l, significa a subcamada que é identificada por uma letra minúscula – s, p, d, ou f; ele está relacionado a forma da subcamada eletrônica. O número de estados energéticos para cada subcamada é determinado pelo terceiro número quântico ml.

  26. Revisão: Números Quânticos Associado com cada elétron está um momento de spin (momento de rotação), que deve estar orientado para cima e para baixo. O quarto número quântico, ms, está associado a este momento de spin, para o qual existem dois valores possíveis (+1/2 e -1/2), um para cada uma das orientações de spin. Número Quântico Principal “n” Número de Elétrons Por Subcamada Por Camada Designação da Camada Número de estados Subcamadas

  27. Revisão: Números Quânticos O modelo de Bohr foi refinado pela mecânica ondulatória, dando origem a subcamadas dentro das camadas originais.

  28. Revisão: Configurações Eletrônicas Vimos principalmente até agora os estados eletrônicos – valores de energia que são permitidos para os elétrons. Para determinar a maneira pela qual estes estados são preenchidos com elétrons, nós usamos o princípio da exclusão de Pauli, um outro conceito quântico mecânico – Cada estado orbital eletrônico pode comportar um máximo de dois elétrons, que devem possuir valores de spin opostos. Para a maioria dos átomos, os elétrons preenchem os estados eletrônicos de energias mais baixas nas camadas e subcamadas.

  29. Revisão: Configurações Eletrônicas • Elétrons de Valência • Os elétrons de valência são aqueles que ocupam a camada mais externa. • Os elétrons de valência participam na ligação atômica, de maneira a formar agrupamentos de átomos ou moléculas e muitas propriedades físicas e químicas estão baseadas nestes elétrons.

  30. Revisão: Configurações Eletrônicas • Elétrons de Valência – Gases Nobres • Átomos como Neônio, Criptônio, Argônio são conhecidos pela configuração eletrônica estável. • Ou seja, os estados energéticos dentro da camada mais externa estão preenchidos com elétrons, totalizando oito elétrons. A exceção é o Hélio, que apresenta apenas dois elétrons 1s.

  31. Revisão: Configurações Eletrônicas • Elétrons de Valência - Íons • Alguns átomos dos elementos que possuem camadas de valência não totalmente preenchidas assumem configurações estáveis pelo ganho ou perda de elétrons para formar íons carregados ou através do compartilhamento de elétrons com outros átomos. • Esta é a base para algumas reações químicas e também para as ligações atômicas em sólidos.

  32. Revisão: A Tabela Periódica • Todos os elementos tem sido classificados de acordo com a configuração eletrônica na tabela periódica. • Nela, os elementos estão posicionados em ordem crescente de número atômico e em sete linhas horizontais chamadas de períodos. • O arranjo dos elementos é tal que todos os elementos que estão na mesma coluna ou grupo apresentam similar estrutura dos elétrons de valência, assim como propriedades químicas e físicas. • Estas propriedades alteram gradual e sistematicamente à medida que movem horizontalmente através de cada período.

  33. Revisão: A Tabela Periódica • Os elementos posicionados no grupo 0, grupo mais à direita, são os gases inertes, que apresentam configurações eletrônicas estáveis e com as camadas eletrônicas preenchidas. • Os elementos dos grupos VIIA e VIA apresentam falta de um e dois elétrons nas camadas respectivamente, em relação às estruturas estáveis. • Os elementos do grupo VIIA (F, Cl, Br, I e At) são chamados de Halogêneos.

  34. Revisão: A Tabela Periódica • Os metais alcalino e alcalino-terrosos (Li, Na, K, Be, Mg, Ca, etc.) são posicionados nos grupos IA e IIA tendo, respectivamente, um e dois elétrons em excesso em relação às configurações estáveis. • Os elementos dos três longos períodos IIIB até IIB são chamados de metais de transição, os quais possuem orbitais eletrônicos d parcialmente preenchidos e, em alguns casos, um ou dois elétrons na camada energética imediatamente mais alta. • Os grupos IIIA, IVA e VA (B, Si, Ge, As , etc.) mostram características que são intermediárias entre os metais e não-metais (ametais) como resultado da estrutura dos elétrons de valência.

  35. Revisão: A Tabela Periódica • A maior parte dos elementos está classificada como metais. Estes são chamados elementos eletropositivos, indicando que são capazes de ceder os seus poucos elétrons de valência, se tornando íons carregados positivamente.

  36. Revisão: A Tabela Periódica • Por outro lado, os elementos localizados à direita da tabela periódica são eletronegativos, ou seja, prontamente recebem elétrons formando íons carregados negativamente. Outras vezes estes elementos compartilham elétrons com outros tipos de átomos.

  37. Revisão: Ligação Atômica nos Sólidos • Forças de Ligação • O entendimento de muitas propriedades físicas está baseada no conhecimento das forças de ligação interatômicas que unem os átomos, prendendo-os.

  38. Revisão: Ligação Atômica nos Sólidos • Forças de Ligação • Analisando as ligações entre dois átomos desde uma proximidade grande até uma distância infinita. • Em grandes distâncias as forças podem ser desconsideradas. • À medida que os átomos se aproximam eles exercem forças uns sobre os outros. • Estas forças podem ser de atração ou de repulsão. E a magnitude depende da distância entre os átomos.

  39. Revisão: Ligação Atômica nos Sólidos • Forças de Ligação • A força de atração depende do tipo de ligação e varia com a distância interatômica. • Quando a última camada de dois átomos começa a se sobrepor, surgem forças de repulsão. • A força líquida (FL) é então a resultante entre a força de Atração e a de Repulsão: • FL = FA + FR

  40. Ligação Atômica nos Sólidos Forças de Ligação Dependência entre a força de Atração, Repulsão e Força de Ligação. Quando existe equilíbrio entre as forças de atração e repulsão, a força resultante de ligação é zero. FA+FR=0 Nesta condição, estabelece-se a distância interatômica de equilíbrio, ou r0. Neste caso, os centros do átomos estarão separados por uma distância r0. Para diversos átomos esta distância é de 3nm.  não se aproximam nem se separam (repulsão e atração).

  41. Ligação Atômica nos Sólidos Forças de Ligação Dependência entre a força de Atração, Repulsão e Força de Ligação. • Resumindo • A distância entre dois átomos é determinada pelo balanço das forças atrativas e repulsivas. • Quanto mais próximos os átomos maior a força atrativa entre eles, mas maior ainda são as forças repulsivas devido a sobreposição das camadas mais internas. • Quando a soma das forças atrativas e repulsivas é zero, os átomos estão na chamada distância de equilíbrio.

  42. Ligação Atômica nos Sólidos • Força de ligações e Rigidez • O que é deformação no regime elástico???

  43. Ligação Atômica nos Sólidos • Força de ligações e Rigidez • O que é deformação no regime elástico??? • Como traduzir isso num nível atômico???

  44. Ligação Atômica nos Sólidos • Força de ligações e Rigidez • A inclinação da curva no ponto de equilíbriodá a força necessária para separar os átomossem promover a quebra da ligação. • Os materiais que apresentam uma inclinação grande são considerados materiais rígidos. • Ao contrário, materiais que apresentam uma inclinação mais tênue são bastante flexíveis.

  45. Ligação Atômica nos Sólidos • Força de ligações e Rigidez • A rigidez e a flexibilidade também estão associadas com módulo de elasticidade (E) que • é determinado da inclinação da curva tensão x deformação obtida no ensaio mecânico de resistência à tração.

  46. Ligação Atômica nos Sólidos Energias de Ligação Dependência entre a Energia Potencial E conforme a variação da energia de Atração e Energia de Repulsão. Quando analisamos a Energia potencial ao invés da força, vemos que a distância de equilíbrio r0é aquela que desenvolve a menor energia. Nesta condição, estabelece-se a Energia mínima E0 e representa a energia necessária para separar estes dois átomos até uma distância infinitamente grande. E = ʃ F dr EL = EA + ER

  47. Ligação Atômica nos Sólidos Energias de Ligação Dependência entre a Energia Potencial E conforme a variação da energia de Atração e Energia de Repulsão. Diferentes átomos diferentes tipos de ligação química curvas diferentes de energia resultante. Quando consideramos, por exemplo, uma deformação que envolve o distanciamento de átomos no regime elástico, podemos entender que o módulo de elasticidade de cada material será diferente, pela razão antes exposta.

  48. Revisão: Ligação Atômica nos Sólidos • Algumas Propriedades x Exemplos: • Temperatura de Fusão: • Quantomaior o valor de |E0|, maior a temperatura de fusão de um material, já que há necessidade de rompimento de ligações para a mudança de estado físico (sólido  líquido). • Por outro lado, pequenos valores de |E0|, são típicos de materiais gasosos e • líquidosapresentam energias de ligação intermediária.

  49. Revisão: Ligação Atômica nos Sólidos • Algumas Propriedades x Exemplos: • Coeficiente de Expansão: • O coeficiente de expansão linear de um material é dependente da forma da curva E0 versus r0. • Elevadas E de ligação baixo coeficiente de expansão térmica (alterações dimensionais pequenas).

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