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VANGUARDAS EUROPEIAS. Manifesto futurista de Marinetti – 1909: exaltação da vida moderna, da máquina, da eletricidade, do automóvel, da velocidade e uma inevitável ruptura com os modelos do passado.
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Manifesto futurista de Marinetti – 1909: exaltação da vida moderna, da máquina, da eletricidade, do automóvel, da velocidade e uma inevitável ruptura com os modelos do passado. “ Tendo a literatura até aqui enaltecido a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono, nós queremos exataltar o movimento agressivo, a insônia febril, o passo ginástico, o salto perigoso, a bofetada e o soco.” “Nós queremos demolir os museus, as bibliotecas, combater o moralismo, o feminismo e todas as covardias oportunistas e utilitárias.” • Manifesto Técnico da Literatura Futurista – 1912: proposta da “destruição da sintaxe, dispondo os substantivos ao acaso, como nascem”, do uso de símbolos matemáticos e musicais e o menosprezo pelo adjetivo, pelo advérbio e pela pontuação. FUTURISMO
Alemanha, 1910: herança da arte do final do século XIX, preocupada com as manifestações do mundo interior e com uma forma de expressá-la. • Importância da expressão, da materialização (numa tela ou folha de papel) de imagens nascidas no mundo interior, não importando os conceitos então vigentes de belo e feio. • “Ao contrário de outras vanguardas, que refletem otimistamente sobre a técnica e o progresso, como por exemplo os futuristas, os expressionistas são mais afetados pelo sofrimento humano do que pelo triunfo.” EXPRESSIONISMO
“Passeava pela estrada com dois amigos, olhando o pôr do sol, quando o céu de repente se tornou vermelho como sangue. Parei, recostei-me na cerca, extremamente cansado – sobre o fiorde preto azulado e a cidade estendiam-se sangue e línguas de fogo. Meus amigos foram andando e eu fiquei, tremendo de medo – podia sentir um grito infinito atravessando a paisagem.”
Desenvolveu-se inicialmente na pintura, valorizando as formas geométricas (cones, esferas, cilindros...) ao revelar um objeto em seus múltiplos ângulos. • A proposta centrava-se na liberdade que o artista deveria ter para decompor e recompor a realidade a partir de seus elementos geométricos. • Picasso: “O trabalho do artista não é cópia nem ilustração do mundo real, mas um acréscimo novo e autônomo.” • A literatura cubista valoriza a aproximação das várias manifestações artísticas (pintura, música, literatura, escultura), preocupando-se com a construção do texto e ressaltando a importância dos espaços em branco e em preto da folha de papel. CUBISMO
Suíça, 1916. Mais radical movimento de vanguarda europeia. • Nega o presente, o passado e o futuro. É a total falta de perspectiva diante da guerra. • É contra as teorias e ordenações lógicas, pouco se importando com o leitor. • Criação de palavras pela sonoridade, quebrando as barreiras do significado. • Grito contra o capitalismo burguês e o mundo em guerra. • Tzara: “Que cada homem grite: há um grande trabalho destrutivo, negativo a executar. Varrer, limpar. A propriedade do indivíduo se afirma após o estado de loucura, de loucura agressiva, completa, de um mundo abandonado entre as mãos dos bandidos que rasgam e destroem os séculos.” DADAÍSMO
Paris, 1924. Suas origens estão mais próximas do Expressionismo e da sondagem do mundo interior, em busca do homem primitivo, da liberação do inconsciente, da valorização do sonho. • “Ficaram altamente impressionados com os escritos de Freud, os quais demonstraram que, quando os nossos pensamentos em estado de vigília são entorpecidos, a criança e o selvagem que existem em nós passam a dominar. Foi essa ideia que fez os surrealistas proclamarem que a arte nunca pode ser produzida pela razão inteiramente desperta. Admitem que a razão pode dar-nos a ciência mas afirmam que só a não-razão pode dar-nos a arte.” SURREALISMO
Sonho provocado pelo voo de uma abelha em torno de uma romã, em um segundo antes do despertar. Salvador Dalí, 1944.