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Sociologia das Artes – CSO 089

Sociologia das Artes – CSO 089. Aula 2 – 12/03/2012 dmitri.fernandes@ufjf.edu.br www.auladesociologia.wordpress.com. Modos de abordagem do fenômeno artístico. Estética ( cerca de 400 a.C ) História Social da Arte ( cerca de 1850) Sociologia da Arte ( cerca de 1960).

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Sociologia das Artes – CSO 089

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  1. Sociologia das Artes – CSO 089 Aula 2 – 12/03/2012 dmitri.fernandes@ufjf.edu.br www.auladesociologia.wordpress.com

  2. Modos de abordagem do fenômenoartístico • Estética (cerca de 400 a.C) • História Social da Arte (cerca de 1850) • Sociologia da Arte (cerca de 1960)

  3. Causalidadesqueatuamsobre a arte • Social (classes, status, divisão do trabalho etc.) • Interacional (figurações) • Econômicas • Técnicas • Visões de mundo • Formassimbólicas etc. • Cadatradiçãoteóricamovimenta a explicaçãopormeio de taisfatores.

  4. Estética Ramo da filosofiaquelida com conceitoscomo: • Beleza • Natureza e funções da arte • Avalia a experiênciaestéticaembasada no idealismo

  5. EstéticaSociológica • Surgimento no início do Século XX • Há a inserção de um terceirotermonaexplicaçãoquemedeiaosartistas e as obras: a sociedade • Atençãoassimpassaquasequetotalmenteaoliamequeata a arte à sociedade

  6. Correntes da EstéticaSociológica • 1 – TradiçãoMarxista • 2 – História da Arte Sociologizante • 3 – Escola de Frankfurt

  7. A TradiçãoMarxista • Alia heteronomia e desidealização, reduzindofatosartísticosàsdeterminações extra-estéticas • Plekhanóv (1912) e a teoria do reflexo (arte comoelemento da superestruturadeterminadapelainfraestruturamaaterial e econômica) • Lukács (1923) e Lucien Goldmann (estilo de vidamedeiacondiçõeseconômicas e produçãoartística)

  8. A História da Arte Sociologizante • Alia heteronomia e idealização, creditando à arte poderessociais. • Pierre Francastel (arte comoreveladora e nãomaisefeito de realidaadescoletivas. Arte tem poder de ordenar e prefigurar a realidade. Arte passa a serdocumentopara o desvendamento da sociedade. • Hauser (1951) – Históriageral da arte embasadaemtermosmaterialistas (macro).

  9. Escola de Frankfurt • Alia heteronomia e idealização, sendoque a “verdadeira” arte é aquelaque se coloca contra o estadoatual de barbárie da sociedade (normativismoengajado). • Theodor Adorno e Walter Benjamin (perda da aura, desritualização, arte autônoma e nãocomomeroproduto de interessessociais).

  10. Percalçosteórico-metodológicos da EstéticaSociológica • Nãoháautonomia de um projetocoerente de ciênciafrente à história da arte. • Fetichismo da obra, quesempre é o ponto de partida da análise • Substancialismo do social, considerandogeralmentedistintasdimensões (econômica, técnica, cultural) comorealidadesemsi, transcendentesaosfenômenos • Causalismoexagerado • Postulamdisjunção entre arte e sociedadeparadepoisestudarosliames

  11. EstéticaSociológica: Arte eSociedade ARTISTA - OBRA SOCIEDADE

  12. História Social da Arte • Precursores: Jacob Burckhardt, Ruskin e Morris (Século XIX) • Desejavamaveriguarrelaçõesgeral de interdependência entre umacultura e o de umaobraartística • Contextoseconômico, social, cultural, institucional, de produção e de recepção das obras.

  13. Metodologia • Maisempíricos do que a EstéticaSociológica, embasavamsuascomprovaçõesemdocumentos. • Deixavam de lado, no geral, viésideológico e normativismo. • Lidavam com termostécnicos, comodiferentestipos de constriçãopróprios à produçãopictórica (localização das obras, tamanho, tema, materiaisutilizados, cores, preços, encomendas etc.)

  14. Unidades de análise • Mecenato • Contextualização • Público (recepção) • Produtores

  15. Mecenato • Francis Haskell (1963) – história do mecenato • Realismocresce com a democratização da arte • Mecenatoqueoutorgademasiadaliberdadeartísticapodeentravar a inovação • Nikolas Pevsner (1940) – história das academias de arte • Parte da relação entre o artista e o mundoque o rodeia.

  16. Contextualização • Antal (1948) – Surgimento de classes médias e diferentesconcepções de mundonaFlorença do Século XV forjamdistinções entre formasartísticas • Peter Burke, CristophCharle, Timothy Clark, Alpers, Baxandall, Raymond Williams – mesclaminvestigações micro-sociais com unidades de análise macro. Meyer Schapiro, Ernest Gombrich – investigações micro-sociais. • Enrico Castelnuovo, Ginzburg e a micro-história (periferia-centro, espaço de concorrência).

  17. Tendência à autonomia a partir dos anos 1960 • Parâmetrosmaismaterialistascedemespaço à especificidade das determinaçõespropriamenteartísticasnaexplicação. • Relação de autor com o público, aparição de termos, emergência de autonomia do autor. • As análisessãometodologicamenterecortadas, documentadas e osfenômenosdelimitados. • Artistapassa a serconsiderado um construtor, nãoapenasobjetopassivo a serexplicado.

  18. Público (recepção) • Unidades de análise: colecionadores, gosto, percepção. • Hácertaexterioridade à explicação das obraspropriamenteditas. • Maneiras de fruir é tãointeressanteaohistoriadorquanto a significação das obras. • Tríadeprodutor-distribuidor-consumidor (Academia, imprensa, Estado etc.).

  19. Produtores • Do mecenatoaocontexto e à recepçãovai-se distanciando das obras. • Nãoháexterioridade do social emrelaçãoàsobras: produtores e produtosdevemservistosemsociedade. • O enquadramento do produtordeveserinstitucional, identitário e posicionalnasociedade. • Ex.: sacralizaçãoreservadaaos padres e profetas se desloca no seculo XVIII à figura do escritor.

  20. História Social da Arte: Arte emsociedade SOCIEDADE SOCIEDADE ARTISTA - OBRA

  21. EstéticaSociológica, História Social e Sociologia da Arte • Investigaçãoempírica, heterônoma e desidealizante vincula História Social da Arte à Sociologia da Arte (método). • Preocupação com estatutoatual da arte vincula EstéticaSociológica à Sociologia da Arte. • Afinidade entre correntesmarxistastambémestreitamEstéticaSociológica à sociologia.

  22. Falar de arte? • Há, no entanto, diferença brutal entre falar de arte e umasociologia da arte: • metodologiaprópria • problemasmetodicamenterecortados • insubmissãoaoobjeto “arte” • Tratar a arte comoapenasmais um domínio social

  23. Uma nova ciência • Sociologianasce no século XIX no bojo das perturbaçõesocasionadaspelasRevoluções Industrial e Francesanasociedadeeuropéia. • Sociologia da arte sistematizada: surge bemdepois, somenteemmeados da década de 1960. • Principaisautores: Pierre Bourdieu, Norbert Elias, Howard Becker, Nathalie Heinichetc.

  24. A explicaçãosociológica • Sociologia é o estudo da dimensão social dos fenômenoshumanospormeio da interrelação de distintasdimensõessociais (econômica, cultural, política). • Visa a umacompreensão de modo integral. • Em se tratando de arte, sociologiadesejacompreenderosfenômenosartistícos, relacionando-os a outros aspectos da realidade social.

  25. Técnicassociológicas • Estatística • Etnografia • Observaçãosistemática • Entrevistas • Análiseseconométricas • Correlações entre diversasvariáveis • Estudoconcreto de situaçõesempíricas e delimitadas

  26. Duplo movimentosociológico • Desautonomiza a arte, que antes era julgadatão-somentepelodomínioestético, isto é, auto-referido. • Desidealiza a arte, sendoque a arte deixa de serencaradacomo um valor absoluto, essencial, intangível e inacessível. • Nestachave a estéticapassa a sersinônimo de elitismo, espiritualismoe individualismo (Elias e o gótico). • “Não se admiraporque é belo; é beloporque se admira” – Charles Lalo.

  27. InteressesSociológicos Compreender o funcionamento e as regularidades: • Do meioartístico • De seusagentes • Das suasinstituições • Das interações • Da estruturaçãointerna do microcosmoartístico

  28. CiênciaDessacralizadora • Interessa-se tantopelosprocessosqueproduzem “grandes” como “pequenas” obras • Arte é uma forma dentreoutrasformas de atividade social. • Nãohámaisobrigação de se produzirteoria do social a partir da arte outeoria da arte a partir do social.

  29. Unidades de Análise • Recepção (público, colecionadores, clientes) • Mediação (críticos, marchands, forma de exposição e venda, galerias, associações, instituiçõesoficiais, grêmios, academias, Estado) • Produção (artistas, condiçõespolíticas, econômicasculturais etc.) • Obra (forma, natureza, material, t;ecnica, linguística)

  30. Exemplos de análisessociológicas • Repercussão das obrasemsociedade • Surgimento de determinadascategorias de agentes e instituições (críticos de arte) • Compreensão das relaçõespolíticas e as obrasartísticas • Surgimento de novasvisões de mundoemrelação com a arte (perspectiva, kitsch, capital cultural e social)

  31. E a obra? • Pode e deveserestudadaemseusdistintossuportes ( material, técnico e linguístico) emcorrelação com distintasdimensõessociais. • Interdependência entre artistas e meio, obra e público. • Condiçõessociais de produção, difusão e recepção das obras.

  32. Limites da análisesociológica • Teoriasgerais (mudanças de estilo, porexemplo) • Explicar a qualidade das obrasemsi (essencialismo). • Determinismo? • Ignorar a obra?

  33. Análise ideal • Que utilize formas de regionalizaçãosociológicas, comoclasse, ideologia, grupo, campo etc., emconjunção com osganhos dos estudosestéticos e históricossemignorar a obra. • Quecontenhaumamediação exemplar entre a análise dos materiaisartísticos e o seumeio.

  34. Sociologia da Arte: Arte comoSociedade Artistas Obras InstituiçõesInstituições Mediadores Público

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